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segunda-feira, 25 de junho de 2018

"Apocalipse" termina como grande decepção



Olá, internautas

Nesta segunda-feira (25/06), “Apocalipse” chegou ao fim. A novela começou com uma ótima expectativa. Boa história. Uma trama contemporânea com gravações internacionais, incluindo Estados Unidos e Israel. Elenco com novos nomes, como Joana Fomm, Bia Seidl e Emilio Orciollo Netto. Primeiro capítulo muito bem produzido.

Porém, a novela logo nas primeiras semanas mostrou a que veio. A Igreja da Sagrada Luz, inspirada nitidamente na Igreja Católica, incomodou profundamente parte dos telespectadores. Os índices de audiência começaram a minguar.

Graças ao rearranjo na grade de programação, o efeito cascata oriundo da reprise de “Os Dez Mandamentos” ajudou a não transformar em um verdadeiro apocalipse a faixa das 20h30. A novela ficou ao redor dos 9 pontos de média. Poderia ter sido pior.

Sergio Marone não viveu seus melhores momentos na teledramaturgia. A entonação da voz de Ricardo Montana ficou idêntica ao faraó Ramsés. E a comparação ficou ainda mais perceptível com a nova exibição da novela de Moisés e companhia.

Por outro lado, os atores mais experientes conseguiram um bom desempenho, como Flavio Galvão, que interpretou Stefano Nicolazzi, e Jussara Freire no papel de Tamar Koheg. Aliás, o núcleo judaico foi o melhor desenvolvido na trama.

A “interferência” da cúpula da Record foi confirmada por um dos roteiristas em entrevista ao “Programa do Porchat” exibido na última semana.  Emilio Boechat confidenciou que a direção do canal (ou melhor, IURD) sinalizava os momentos certos para a entrada das passagens e profecias do texto bíblico. O roteirista ainda falou que havia cinco caminhos que poderiam ser adotados na novela, mas eles escolheram apenas um.

A novela foi dirigida claramente aos evangélicos. Não abarcou todos os telespectadores. “Apocalipse” foi a trama, dentre todas (inclusive minisséries), que mais segmentou uma trilha religiosa. E o resultado ficou ruim. Até mesmo os efeitos especiais não despertaram repercussão, como ocorreu em “Os Dez Mandamentos”.

Aliás, a Record deveria repensar a terceirização do departamento de teledramaturgia. Desde a entrada da Casablanca, as produções exibidas pela emissora perderam público.  E isso não é coincidência. Tive a oportunidade de conversar com um ator sobre o assunto. Ele revelou que é diferente trabalhar para a Record e Casablanca. Na produtora terceirizada, há prazos (mais exíguos) a serem cumpridos que comprometem o melhor resultado artístico.  E isso é visível no vídeo.

“Apocalipse” não deixará saudades. O último capítulo simbolizou a má condução da novela. Uma pena.

Fabio Maksymczuk

14 comentários:

  1. Uma completa desgraça... Fez jus ao título.

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  2. A trama acho que ficou panfletária demais e esqueceu que a uma novela....aí desanda mesmo justamente essa que era pra levantar as bíblicas

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  3. Olá Fábio, tudo bem? E pensar que "Apocalipse" tinha tudo para ser um grande sucesso! Acho bom a IURD não se meter mais no que não é da alçada deles. Novela é pra ser escrita e supervisionada por quem entende e se preparou para tais funções. Que a lição tenha sido aprendida.

    Abraços!
    Cristiano Ferrer
    www.primetelenovelas.com

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  4. Não assisti , pois não gostei desde o início . Hoje começo a assistir a série " LIA" . Estou com grande expectativa. Veremos o rumo que vai tomar . Abraços .

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  5. finalmente falei da novela no meu blog e agora vou ler o seu post. meu título seria apocalipse termina como a melhor novela do ano. acho que audiência não teve a ver com as críticas a igreja católica já q o público da record é majoritariamente evangélico. adorei o marone e o fato de ser sarcástico. acho que foi excelente a entrada da casablanca fazendo as novelas ficarem profissionais. beijos, pedrita

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    1. Como eu escrevi, até um ator que trabalhou para a Record e Casablanca comentou as dificuldades com a terceirização...

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  6. acho que nas mãos de um otimo autor e diretor o livro de apocalipse gerava uma otima produção acho que o problema foi a filha do macedo dando palpites no texto isto afetou a obra

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  7. Desisti de assisti logo na primeira semana

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