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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Balanço final com pontos positivos e negativos de "O Tempo Não Para"


Olá, internautas

Nesta segunda-feira (28/01), a TV Globo exibiu o último capítulo de “O Tempo Não Para”. A novela de Mario Teixeira teve um início arrebatador. Envolveu o telespectador com a história dos congelados vindos do século XIX. Apesar disso, a trama perdeu fôlego em seu desenvolvimento e “parou” na última terça parte da obra.

As histórias paralelas naufragaram. Diversos personagens desapareceram. O autor concentrou os seus esforços no núcleo central, o que inviabilizou a irrigação dos núcleos paralelos para os protagonistas. O ritmo ficou truncado.

Consequência: os índices de audiência, que começaram em alta, decaíram até o fim. Uma pena. Mesmo assim, o saldo de “O Tempo Não Para” é positivo. O argumento da novela das sete trouxe novidade para a faixa horária. E isso é bom. A seguir, o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.



PONTOS POSITIVOS

Edson Celulari (Dom Sabino): o ator sobressaiu em “O Tempo Não Para”. Dom Sabino foi o personagem mais bem trabalhado na novela das sete. O ator demonstrou força com sua interpretação magistral. O patriarca da família entrou na galeria de personagens inesquecíveis da teledramaturgia brasileira.

Juliana Paiva (Marocas): a atriz foi muito feliz ao interpretar uma mocinha do século XIX em uma trama ambientada no século XXI. Além disso, Juliana conquistou uma ótima parceria com Nicolas Prattes que interpretou Samuca.  Um casal que caiu no gosto popular.

Maria Eduarda de Carvalho (Miss Celine): a atriz também chamou a atenção do telespectador com os dilemas da professora que trouxe discussões interessantes sobre a educação dos tempos atuais. Maria Eduarda passou um toque especial e características singulares à personagem. Miss Celine, também sou contra os anglicismos.  

Questão negra: a novela foi muito feliz ao abordar a temática da escravidão no século XIX e o posicionamento dos negros neste novo milênio.  

Rosi Campos (Dona Agustina): a atriz viveu um bom momento em sua extensa carreira ao interpretar a “carola” Dona Agustina.



Lucy Ramos (Vanda): a atriz ganhou força em “O Tempo Não Para” ao interpretar a advogada Vanda. Uma mulher negra e empoderada. A personagem fugiu dos velhos estereótipos que marcam muitas negras nas telenovelas. Um passo adiante foi dado com a bela atuação de Lucy.

Milton Gonçalves (Eliseu): o veterano ator é outro ponto positivo de “O Tempo Não Para”. Gonçalves passou toda a sua experiência em um elenco recheado de jovens atores. Um pilar de sustentação da novela.

Bruno Montaleone (Bento): o ator emendou um trabalho ao outro em “O Tempo Não Para”. Trouxe nenhum vestígio de sua participação em “O Outro Lado do Paraíso”. Interpretou, de uma forma bem-humorada, o intrépido Bento.

Olivia Araújo (Cesaria): outra atriz que aproveitou a oportunidade na novela das sete da TV Globo. Interpretou Cesaria, uma das mais queridas personagens da trama. Suas caras e bocas em diferentes situações marcaram sua passagem na produção.

Ingrid Klug (Belém): a atriz aproveitou a oportunidade ao interpretar a advogada e sócia do escritório de Emilio (João Baldasserini). Em todas as suas participações, Ingrid demonstrou solidez em cena.



PONTOS NEGATIVOS

Luiz Fernando Guimarães (Amadeu): o ator destoou, desde o início, da trama. A atuação do ator, que interpretou o então milionário Amadeu, provocou rejeição. Por isso mesmo, o sumiço do personagem não fez falta à história.

Rafaela Mandelli (Helen): a atriz foi subaproveitada em “O Tempo Não Para”. Sua personagem, literalmente, desapareceu da novela durante muitos capítulos. Reapareceu com falas breves apenas nesta reta final.  

Marcos Pasquim (Marino): o ator foi símbolo das novelas das sete da TV Globo na década passada. Apesar disso, passou totalmente despercebido em “O Tempo Não Para”. Marino acrescentou em nada à trama. Pasquim deveria ser mais valorizado pela TV Globo.

Wagner Santisteban (Pedro Parede): desde o início, o jornalista ficou solto em todo o enredo de “O Tempo Não Para”. Do início ao fim. Acrescentou em nada na história.  

Adriane Galisteu (Zelda Larocque): Adriane desapareceu da novela em sua metade final. A personagem foi engolida pelo “poc” Igor (Leo Bahia). Zelda reapareceu sem brilho algum no último capítulo. A personagem foi congelada.

Fabio Maksymczuk

6 comentários:

  1. foi uma pena q estragaram essa novela. adorava no começo. depois ficou uma embromação só. girava em círculos. sempre o mesmo texto. uma pena. realmente todos esses atores nos pontos positivos estavam incríveis. tb foi incrível como tratou a questão do racismo. tinha ex-escravo que tinha uma maior consciência das diferentes q muitos negros da atualidade e estudados. ótimos textos nesse segmento. chato mesmo o personagem do luiz fernando guimaraes.

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  2. Não vejo novelas da Globo nem com revólver na cabeça. Antigamente eu zapeava mas hoje nem isso. Não gosto da iluminação, da direção frenética, mulheres muito artificiais, homens com olhar arrogante. gente que ao final e ao cabo tem a certeza que moldam um Brasil particular. São muito agressivos eu não tenho ânimo, mais, para isso.

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  3. A novela começou excelente e se perdeu no meio...pena.

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