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terça-feira, 26 de outubro de 2021

Clima de apreensão toma conta em encerramento do Teleton 2021

 

Olá, internautas

Neste fim de semana, o SBT promoveu a tradicional maratona beneficente do Teleton. Mais uma vez, sem a figura de Silvio Santos. Patricia Abravanel e Celso Portiolli encerraram a campanha que arrecadou pouco mais de 30 milhões de reais, a meta estabelecida neste ano.

O clima de apreensão tomou conta da reta final. A tropa do cheque, mais uma vez, se fez presente. Porém, a meta não foi alcançada, mesmo com o apoio das empresas. Patricia, Portiolli, além de Simone e Simaria, dupla que trouxe irreverência e alegria no desfecho, imploraram o apoio do telespectador que contribuiu, decisivamente, para o cumprimento do objetivo de 30 milhões.

A ausência de Silvio Santos e Hebe Camargo, evidentemente, pesa. Os dois comunicadores exploravam o prestígio junto ao público para arrecadar fundos à AACD. Agora, o quadro de sucessão é um desafio não só para o Teleton, mas para o SBT como um todo.

Patricia assumiu esse desafio e cumpriu a sua missão. Comandou a reta final com segurança e sensibilidade. Portiolli vive um dos melhores momentos em sua carreira. Formou uma boa dupla com a herdeira. A madrinha digital da campanha, Maisa Silva, reapareceu na tela do SBT e passou a imagem de não ter saído da emissora.

Nesta edição do Teleton, diante da tristeza que já assola o Brasil com a pandemia da Covid-19, as histórias de vida dos atendidos pela AACD não compuseram o recheio principal da maratona. Os números musicais permaneceram no show, como Ivete Sangalo, Joelma, Pabllo Vittar, dentre outros. Em um cenário ideal, o SBT deveria produzir programas especiais, como já aconteceu em anos anteriores. Porém, no “novo normal”, é um desafio.

Além de fortalecer a AACD, o Teleton tem o mérito de dar visibilidade às pessoas com deficiência na grande mídia. É a chamada representatividade.

Diante do atual cenário (inclusive a eclosão econômica do Brasil), Teleton 2021 cumpriu a sua missão.  

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Remake de "A Usurpadora" foge do roteiro original

 

Olá, internautas

Em comemoração aos 40 anos da emissora, o SBT exibe, atualmente, o “remake” (entre aspas) de “A Usurpadora”. A produção da Televisa sinaliza o novo caminho adotado pelo conglomerado mexicano de comunicação.

Na realidade, “A Usurpadora” versão 2.0 tem quase nada da obra original produzida por Salvador Mejía e dirigida por Beatriz Sheridan nos anos 90. É uma série que basicamente explora o nome das protagonistas, Paola e Paulina, de alguns personagens e o título da novela. Aliás, nem é Paola Bracho, mas Paola Miranda (Sandra Echeverría). Portanto, apenas xarás. Carlos Daniel é Carlos Bernal (Andrés Palacios).

O remake de “A Usurpadora” é ambientado no universo da política mexicana. Paola é a primeira-dama. O mote da usurpação é o mesmo, mas, desta vez, a vilã tenta, a todo momento, assassinar sua irmã gêmea. Paulina não é uma figura frágil e inocente. É uma mulher forte e decidida.

Carlinhos, ou Grumete para os íntimos, é Emílio. No remake, não há crianças. Ele já é um rapaz que enfrenta problemas de alcoolismo e uso de entorpecentes. Lisette já é uma adolescente que busca um namorado, através de aplicativos, redes sociais e chats na internet. Aliás, o celular e as novas tecnologias de informação ganham destaque na obra contemporânea. Há até menção de robôs no Twitter.

Há uma série de novos personagens no remake, como Facundo Nava (Arap Bethke), agente da inteligência e amigo de Carlos, e seu auxiliar que é homoafetivo, Manuel, chefe do serviço da residência presidencial, que integra a “gangue” de Paola, entre outros.

A “inocência“ da versão original cede espaço a cenas de pegação e cunho sexual. “A Usurpadora” versão 2.0, na realidade, é um suspense policial. O telespectador saudosista da versão original não se envolve com a nova produção.

Críticas nesse sentido já vinham do México. Portanto, dificilmente, arrebatariam a audiência em terras tupiniquins. “A Usurpadora 2.0”, fica entre 4 a 5 pontos de média, índice muito aquém em pleno horário nobre do SBT.

A série não é ruim. Há um cuidado na produção, texto e atuação do elenco. Porém, teria sido mais justo, em respeito à obra original, um novo título. É uma usurpação indevida.

Fabio Maksymczuk   

domingo, 17 de outubro de 2021

GloboNews celebra 25 anos com telejornalismo sem bancada

 

Olá, internautas

Nesta sexta-feira (15/10), a GloboNews celebrou 25 anos no ar. O canal que “nunca desliga” ganhou mais importância durante a eclosão da pandemia do novo Coronavírus. A emissora do Grupo Globo promoveu uma cobertura intensa sobre o momento delicado que afeta a humanidade nestes últimos dois anos.

GloboNews é marcada por uma linguagem mais leve e “informal” em comparação a sua arquirrival CNN Brasil que desembarcou em terras tupiniquins no ano passado. A bancada foi abolida nos noticiários. Em algumas oportunidades, a quebra de uma maior formalidade passa do ponto, como ocorre atualmente com a apresentadora Aline Midlej no comando do “Jornal das Dez”. Mesmo assim, é uma tendência irreversível.   

A equipe de comentaristas também marca a imagem do canal. Ganha uma identidade própria com Guga Chacra, Fernando Gabeira, Monica Waldvogel, Flavia Oliveira, Elaine Catanhede, Cristiana Lobo (afastada do vídeo), Merval Pereira, Gerson Camarotti, Natuza Neri, entre outros.

Maria Beltrão com o “Estúdio I” sobressai na programação. Erick Bang no “Jornal da GloboNews – Edição da Meia-Noite” é outro destaque. “Em Pauta” com Marcelo Cosme também alavanca o canal.

A GloboNews promoveu uma série de ações para comemorar as bodas de prata. Exibiu o Especial 25 anos, sob comando de Maria Beltrão, que resumiu, de uma forma competente, a sua história na TV paga. André Trigueiro ganhou merecido espaço.

Por outro lado, nos últimos anos, a grade de programação sofreu uma série de alterações de horários sem expressiva divulgação aos “assinantes”. Quebra de hábito que poderia ser reavaliada.

No atual quadro de desinformação que avança na sociedade brasileira, a GloboNews é mais um espaço que ajuda a amenizar essa tendência em um mundo polarizado e marcado por radicalizações.

Parabéns!

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

TV Globo acerta rumo do "Hoje" com saída de Maju Coutinho


Olá, internautas

A TV Globo vive uma fase de reformulações em sua grade de programação. As saídas de Fausto Silva e Tiago Leifert do elenco platinado contaminaram a estrutura da emissora como um todo.

No último domingo (10/10), durante o “Fantástico”, Boninho anunciou, oficialmente, que Tadeu Schmidt é o novo apresentador do “Big Brother Brasil”. Marcos Mion seria o nome mais óbvio. Porém, de acordo com Alessandro Lo-Bianco, colunista do programa “A Tarde É Sua”, o contrato do apresentador com a Record TV tem uma cláusula que impede “Mionzera” de comandar reality shows na TV aberta. Multa altíssima.

Schmidt é mais um profissional que sairá do Jornalismo para o Entretenimento. O desafio é gigante. Dessa forma, a TV Globo continuará com um jornalista à frente do BBB. Tadeu firmou raízes no Fantástico. A interação com os cavalinhos era um dos momentos mais aguardados da revista eletrônica. Com a sua migração, ainda não há um nome confirmado para sucedê-lo no quadro esportivo.

Por outro lado, Maju Coutinho, que não firmou raízes no “Jornal Hoje”, será realocada para comandar o “Fantástico” ao lado de Poliana Abritta. O estilo informal da apresentadora é mais adequado ao Fantástico.

A emissora deverá acertar o rumo do noticiário vespertino com Cesar Tralli que merece a “promoção”. Sairá do “SP1”, onde se destaca, para o telejornal que enfrentou desgaste junto ao público que não compreendeu o afastamento de Sandra Annenberg.

Alan Severiano, que chamou a atenção no SP2 ao cobrir o afastamento de Carlos Tramontina durante a pandemia da Covid-19, também merece a efetivação no “SP1”.

Decisões coerentes e acertadas.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Falta de entrosamento marca início do novo "Encrenca"

 

Olá, internautas

“Encrenca”, programa que lidera os índices de audiência na programação da RedeTV!, passa por uma nova fase. Tatola, Dennys, Ângelo e Ricardinho saíram da atração. Desembarcaram na Band. Mesmo caminho feito pela turma do Pânico que antecedeu o quarteto na emissora de Dallevo e Carvalho. Sem êxito nos domínios do Morumbi.

Durante a despedida, Tatola, líder do humorístico, preocupou-se em ressaltar o seu apoio aos funcionários da RedeTV!. A declaração entra no contexto da greve promovida por alguns trabalhadores do canal. O quarteto saiu com a missão cumprida. Iniciaram com desconfiança, mas, no decorrer dos sete anos, deram uma identidade própria ao programa.

Mesmo com a debandada de Tatola, Dennys, Ângelo e Ricardinho, a RedeTV! não tirou o “Encrenca” de sua grade de programação. Apostou em um quinteto composto por Júlio Cocielo, Victor Sarro, Viny Vieira, Fernanda Keulla e Caio Pericinoto.

Nesta nova fase, a falta de entrosamento da equipe chama a atenção no vídeo. Viny Vieira se posiciona como líder do quinteto. Adota uma postura verborrágica ao comentar os vídeos do Zap Zap. Aposta em imitações de outros comunicadores, como Faustão e Marcos Mion. Viny já apresentou a mesma performance em sua passagem pelo reality “A Fazenda 11” e ganhou expressiva rejeição dos telespectadores.

Por outro lado, Cocielo e Sarro, vindos do Galera Esporte Clube, já apresentam um tom mais adequado no humorístico. Falam na medida certa com boas “sacadas”. Caio Pericinoto é uma boa promessa. Fernanda Keulla ainda aparece desgarrada no quinteto.

Os cinco apresentadores tentam dividir o espaço de cada um dentro da atração. Evidentemente, não há um entrosamento como ocorria com o quarteto liderado por Tatola.

Na realidade, a direção da RedeTV! deveria ter escalado o humorista Marcelo Zangrandi, que já integra o elenco da emissora, para o humorístico. Humorista em um programa de humor. Obviedade que precisa ser citada.

Agora, é acompanhar como o telespectador reagirá durante o confronto entre Encrenca e Perrengue, atração dos antigos encrenqueiros na Band.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

TV Globo desperdiça "Ti-Ti-Ti"

 

Olá, internautas

Nesta sexta-feira (08/10), a reprise de “Ti-Ti-Ti” chegou ao fim. A TV Globo, na realidade, perdeu uma grande oportunidade em exibir a novela na faixa das 19 horas. Alcançaria mais êxito que Pega Pega ou Haja Coração, por exemplo. Erraram feio com a escalação da trama na faixa do Vale a Pena Ver de Novo. Uma pena. Os índices de audiência ficaram abaixo de seu potencial. Ao redor dos 15 pontos.

Com a extinção do UOL Blogs, aproveitamos a oportunidade para resgatar as nossas análises neste espaço. Portanto, segue o balanço final de “Ti-Ti-Ti” com os pontos positivos e negativos, publicado originalmente em 19 de março de 2011.

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Pontos positivos e negativos: Sucesso marca "Ti-Ti-Ti"

Olá, internautas

Nesta sexta-feira (18/03), a Rede Globo exibiu o último capítulo da inesquecível novela “Ti-Ti-Ti”, adaptada por Maria Adelaide Amaral. A obra resgatou a faixa horária que cambaleou com “Tempos Modernos”. O texto refinado de Maria Adelaide, a direção competente de Jorge Fernando e um elenco que se entregou na trama formaram o tripé do sucesso conquistado. “Ti-Ti-Ti” versão 2010-2011 fica, sem dúvida, entre as melhores novelas das sete dos últimos 15 anos (na minha opinião, a melhor).  

“Ti-Ti-Ti” não é um simples remake. Maria Adelaide costurou duas obras clássicas, a própria “Ti-Ti-Ti” e “Plumas e Paetês”, e inseriu histórias inéditas de excelente qualidade. Inegavelmente, é uma novela com o DNA de Maria Adelaide Amaral. Como já é tradição deste espaço, segue o balanço final com os pontos positivos e negativos.

Pontos positivos

Marcela e Edgar: Isis Valverde e Caio Castro foram, de fato, as grandes atrações da novela. O casal roubou a cena. Isis mostrou todo o romantismo da personagem Marcela que conquistou o carinho do público. Já Caio Castro deu conta do recado ao viver um personagem mais velho e sinalizou uma importante renovação no elenco de galãs da Globo. Também merece destaque o ator Guilherme Winter que interpretou Renato. Uma parte dos telespectadores se encantou com o rapaz e desejou que Marcela ficasse com ele no último capítulo.                                       

Jaqueline Maldonado: Claudia Raia arrebentou em “Ti-Ti-Ti”. A atriz viveu a tresloucada Jaqueline Maldonado que deixará enormes saudades. Cada cena era um “flash”! Ilariê virou hino oficial da personagem. Seu melhor momento apareceu na versão Irmã Desgosto. Impagável.

Jacques Leclair e Victor Valentim: Alexandre Borges e Murilo Benicio enfrentaram o desafio de dar vida a dois personagens ícones da história da teledramaturgia brasileira: Jacques Leclair e Victor Valentim. Borges angariou simpatia e rejeição, ao mesmo tempo, entre os telespectadores ao apostar em uma personagem mais caricatural. No final das contas, pelo menos para mim, alcançou resultado positivo. Benicio também se saiu bem no papel de Victor Valentim.

Julinho e Thales: Maria Adelaide Amaral e equipe de colaboradores escreveram com delicadeza e ao mesmo tempo com contundência a história de Julinho e Thales (Armando Babaioff). Os dois personagens já entraram para a história da teledramaturgia. André Arteche, que recentemente viveu Indra, em Caminho das Índias, conseguiu dar vida a um personagem completamente diferente. Fez o papel com dignidade.     

                         

Mabi e Lipe: Mabi deu orgulho para todos nós, blogueiros! A jovem atriz Clara Tiezzi foi muito bem. Já o “veterano” David Lucas mostrou que veio para ficar. Os diálogos dos dois personagens foram ótimos momentos dentro da trama.

Final da Stefany: Realmente a autora estava inspirada em “Ti-Ti-Ti”. Stefany terminou como vitoriosa de um reality show, após ter fingido que estava grávida, somente para conquistar espaço na mídia e detonar a imagem da prima Desiree. Ficção e realidade se misturaram?

Juliana Alves: em “Ti-Ti-Ti”, tivemos uma ex-participante do “BBB” que superou todo o preconceito que estigmatiza os ex-realities. Juliana arrasou no papel de Clotilde. Segura, decidida e muito à vontade em meio aos veteranos atores.

Cena do casamento de Thaisa e Dr. Eduardo: A cena da união matrimonial de Thaisa (Fernanda Souza) e Dr. Eduardo (Josafá Filho) com certeza inspirará mais casamentos reais. Noivos e padrinhos entraram na Igreja em ritmo de dança. Bem bolado, como diria Silvio Santos.

Final da Camila e Luti: Maria Helena Chira e Humberto Carrão também se destacaram em “Ti-Ti-Ti”. Camila e Luti mereceram o final feliz. A personagem Val, interpretada por Juliana Paiva, perdeu brilho no decorrer dos capítulos.

Participações especiais: As participações especiais funcionaram como uma homenagem ao autor Cassiano Gabus Mendes. Mario Fofoca, Divina Magda e até Rafaela Alvaray ressuscitaram no vídeo. Uma ausência sentida foi do ator Reginaldo Faria que deveria ter participado da trama. Outra participação especial que não pode ser esquecida foi da eterna rainha dos baixinhos Xuxa, ícone dos anos 80, período de exibição da original Ti-Ti-Ti.

Rony Pear (Otávio Reis) e Help (Beth Gofman): duas figuraças!

Pontos negativos

Final da Luisa (Guilhermina Guinle): Luisa aprontou todas durante a novela, tentou matar a mocinha Marcela e ainda sai bem com um garotão a tiracolo?

Rebeca Bianchi e Higino: dois experientes atores, Christiane Torloni e Marco Ricca, não brilharam em “Ti-Ti-Ti”. A história da Rebeca e Higino, amor entre uma mulher rica e um homem pobre, sobrou na novela.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Perspectiva ruim marca estreia do "Zig Zag Arena"

 

Olá, internautas

No último domingo (03/10), a TV Globo estreou “Zig Zag Arena”. A nova atração de Fernanda Gentil é o velho “game show” dos anos 90, só que embutido em uma embalagem tecnológica.

No primeiro programa, médicos e enfermeiros duelaram em velhas gincanas, como pega-pega, para conquistar 30 mil reais. Os confrontos têm narração de Everaldo Marques e comentários da ex-jogadora de basquete Hortência e do humorista Marco Luque.

Realmente, há um grandioso cenário que aparece em formato de tabuleiro de pinball, inspirado nos fliperamas dos anos 80. Porém, o excesso de efeitos e brilhos tiram a atenção do telespectador para a disputa em si. Os participantes surgem, na tela, como coadjuvantes diante da megaestrutura.

Além disso, grande parte dos telespectadores entendeu quase nada do jogo em si. Com a situação, o público não se viu envolvido nas disputas e nem criou torcida para a vitória dos médicos ou enfermeiros. Emoção zero.

Para piorar, no encerramento do “Zig Zag Arena”, Fernanda Gentil disparou: “Uma vitória histórica. Uma vitória inédita”. Mas não foi, justamente, o primeiro programa levado ao ar na guerra dominical pela TV Globo?

Diante de tal situação, o SBT até beliscou a liderança nos índices de audiência, durante alguns momentos, com o “Domingo Legal”. Celso Portiolli comandava o quadro “Comprar É Bom, Levar é Melhor” gravado nas dependências de uma loja da Havan. Zero de tecnologia e focado na emoção dos participantes em um singelo jogo de perguntas e respostas.  

‘Zig Zag Arena” iniciou com uma perspectiva ruim.

Fabio Maksymczuk  

sábado, 2 de outubro de 2021

TV Globo acerta com "Falas da Vida"

 

Olá, internautas

A representatividade ganha cada vez mais espaço na programação da TV Globo. Na última sexta-feira (01/10), a emissora exibiu “Falas da Vida” em celebração ao Dia Internacional dos Direitos da Pessoa Idosa.

A elegante Zezé Motta comandou o especial que retratou cinco histórias de vida. Gracinda Mendes da Silva Senna, Regina Maria Leite Pereira e Albertina Silva Rocha são de regiões distintas do nosso País - Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão, respectivamente –, têm idades diferentes – 72, 62 e 75 – mas trabalharam a vida toda e continuam ativas. Elas se posicionam como base financeira e emocional em suas famílias.

A atração também destacou Chicão, 89 anos, que vive em uma ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos) e escolheu o trabalho como o seu grande objetivo e meta de vida. Joãozinho Carnavalesco foi o quinto personagem do especial. O músico tem 74 anos e quatro filhos, cada um de uma mãe diferente. A relação com os herdeiros não foi solidificada em sua vida. No palco do especial, ele teve a oportunidade de conhecer, pessoalmente, uma de suas filhas. Retrato, cada vez, mais frequente na sociedade brasileira com as mães solo.

A TV Globo trouxe a visão de cada idoso que não se vê representado na programação da TV brasileira, como um todo. Os dilemas do baixo valor da aposentadoria permearam o discurso do quinteto. Porém, o especial teve a preocupação em trazer um olhar mais solar sobre essa fase da vida.

A TV Globo acerta com os especiais que se iniciaram com Falas Negras no ano passado. É uma oportunidade do telespectador (fora do padrão imposto pela indústria cultural) se reconhecer à frente da televisão.

Fabio Maksymczuk