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sábado, 27 de setembro de 2025

Mamma Bruschetta pede emprego em especial de 45 anos do Mulheres

 

Olá, internautas

Nesta quarta-feira (24/09), ‘Mulheres’ celebrou 45 anos no ar. O mais tradicional programa feminino da TV brasileira contou com convidados especiais para comemorar a data.

Mamma Bruschetta reapareceu na tela da TV Gazeta. A eterna parceira de Catia Fonseca relembrou sua passagem de 15 anos no vespertino. Durante o encerramento da conversa mediada por Camila Galetti e Pamela Rodrigues, Mamma pediu emprego. Gostaria de retornar ao Mulheres, mesmo que seja uma vez por semana. Seria uma ótima contratação. Possui elo afetivo com o telespectador.

O especial ainda prestou uma bela homenagem à inesquecível Palmirinha Onofre. A culinarista Sandra Nogueira, a Sandrinha, ao lado de Guinho, refez a receita de um bolo de chocolate, apresentado décadas atrás pela “vovó”. Nesse momento, Anderson Clayton, o artista que dava vida ao boneco, apareceu no vídeo e relembrou a parceria.

Musicais com Jorge Vercillo, aula com o confeiteiro Lucas Corazza que ensinou a receita do bolo de aniversário e um bate-papo com Suzy Rêgo, Cristiana Oliveira e Eduardo Martini que protagonizam a peça Cá Entre Nós completaram a relação de convidados do especial.

Felipe Vidal, José Armando Vannucci, Tia (Guilherme Uzeda) e Thiago Rocha ainda disputaram uma gincana de 10 minutos que contemplava a melhor decoração de um bolo. Vitória da Tia. Sylvio Rezende comandou mais uma edição quadro da transformação. O programa também contou com inserção de bloco do jornalismo. Um acerto. Agrega mais conteúdo. Ainda teve um desfile que rememorou as raízes do ‘Mulheres em Desfile’ com Ione Borges e Claudete Troiano. Nesse momento, mulheres 60+ poderiam ter ganhado espaço na passarela.

Nos últimos tempos, Mulheres enfrenta momentos de instabilidade com as saídas de Regina Volpato, Regiane Tápias, Arthur Pires, o Tutu, e mais recentemente a passagem relâmpago de Fefito. Sem falar do noticiário sobre a Tia (Guilherme Uzeda) que agora não aparece todos os dias na atração. Mesmo longe de uma fase alvissareira, chegar aos 45 anos é motivo de comemoração. Parabéns a todos os profissionais que construíram a trajetória de um dos programas mais longevos da história da TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Correspondente FABIOTV acompanha gravação do Altas Horas na TV Globo

 

Olá, internautas

Recebi um convite para acompanhar as gravações do Altas Horas nos estúdios da TV Globo aqui em São Paulo. Entrei em uma nova fase na minha carreira profissional e não pude comparecer. Por isso mesmo, estou com menos tempo para atualizar esse espaço e as redes sociais.

Repassei o chamamento para minha “correspondente” (ou minha pulguinha, como diria Leão Lobo) que acompanhou a movimentação televisiva na última terça-feira (17/09). O ônibus da TV Globo sairia por volta das 15 horas em frente ao prédio da UNESP (Universidade Estadual Paulista) no centro histórico da cidade. E assim foi feito.

A sede paulista do canal platinado fica no Brooklin Novo, zona sul da capital paulista. Todos tiveram que passar por um detector de metais. A produção encaminhou diversas orientações para a caravana.

Basicamente, poderia levar somente o celular. Bolsas e demais apetrechos seriam guardados em um guarda-volumes compartilhado (não teria para todos). Além disso, a vestimenta não deveria ostentar marcas, logotipos, símbolos, desenhos ou números.

Antes de adentrar o estúdio, todos ficariam em uma sala de espera por mais de duas horas. Um lanchinho (refrigerante, pão de batata e sanduíche com queijo e presunto) foi servido. Por lá, há objetos e símbolos que remetem ao passado da emissora. Figurinos de personagens (novela O Astro) e logotipos do passado do canal permeiam o ambiente.

A gravação iniciou por volta das 18 horas. Três horas depois do ponto inicial da jornada. A edição, que será exibida em outubro, contou com as participações de Catia Fonseca, Barbara Reis, Toquinho e do grupo Cidade Negra. Terminou por volta das 22 horas. Quatro horas de gravação, no total. O telespectador acompanha cerca de duas horas, ou seja, a metade do material editado. Nos intervalos, uma maquiadora sempre retocava os convidados. 

A gravação de um programa demanda uma estrutura ao redor que grande parte do público desconhece. Esses são os bastidores da TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

domingo, 21 de setembro de 2025

Game dos 100 chega ao fim com morte de JP Mantovani

 

Olá, internautas

Neste domingo (21/09), uma notícia pegou de surpresa, especialmente o público que acompanha os reality shows da Record. João Paulo Mantovani desencarnou nesta madrugada após um acidente que envolveu a sua moto em São Paulo. JP ganhou destaque em suas participações em A Fazenda 8, Power Couple Brasil e, mais recentemente, no Game dos 100 que justamente chegou hoje ao fim.

No encerramento do game show, o apresentador Felipe Andreoli leu uma nota de condolência em virtude da morte do modelo. No reality rural, JP recebeu espaço na edição pela amizade com Marcelo Bimbi, o sentimento que eclodiu por Li Martins no confinamento e os entreveros com Mara Maravilha.

Mantovani era uma figura sempre presente em atrações da TV brasileira. Do Domingo Legal, pelo SBT, ao De Papo com Amanda Françozo na TV Aparecida. Ele até se aventurou em campanha eleitoral para vereador na cidade de São Paulo. Nossos sinceros pêsames aos familiares, amigos e fãs.

Game dos 100

JP era um dos famosos que compuseram o elenco do Game dos 100. Contava com a simpatia do público que já o conhecia. Saiu alguns domingos atrás. O programa focou exclusivamente nas disputas. Por isso mesmo, os mais conhecidos, que já tinham uma ligação com o telespectador, recebiam maior torcida.

A edição deveria ter apresentado a história dos competidores “anônimos”. Pouquíssimos receberam algum espaço, como os gêmeos Vinicius e Venancio que chegaram até a grande final, vovó Janete e sua filha, além de Ricardo que foi o que mais avançou entre os trigêmeos. Michele foi a última mulher que saiu da competição. O motoboy João venceu os 100 desafios e conquistou 300 mil reais. Foi, de fato, uma grande conquista. Uma curiosidade envolve o vice-campeão Marcio Câmara. Ele já participou do The Wall no concorrente direto Domingão com Huck que exibia o quadro no confronto da guerra dominical.    

Felipe Andreoli sobressaiu na apresentação do game show. Não escondia as suas impressões e torcida. Apesar de ter ficado abaixo da meta nos índices de audiência, Game dos 100 cumpriu a sua missão de levar uma proposta inédita ao público de domingo da Record.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Dona de Mim ganha impulso com morte de Abel

 

Olá, internautas

Dona de Mim, assinada por Rosane Svartman com direção artística de Allan Fiterman, viveu, recentemente, um momento de reviravolta com o objetivo de chacoalhar a trama. Abel (Tony Ramos, um dos principais personagens da história, morreu por uma artimanha de seu irmão Jaques (Marcello Novaes).

A novela das sete, até então, tinha empacado na audiência. Em alguns capítulos, chamou a atenção por não conseguir sustentar os índices herdados do SP2, telejornal regional de São Paulo que antecede na grade de programação.

Mesmo sendo interpretado pelo medalhão Tony Ramos, Abel era um personagem que não transmitia leveza à obra. Além disso, havia traços que remetiam a Alberto Monteiro, vivido por Antonio Fagundes, em Bom Sucesso. Imersos no universo literário. O pai de Sofia, Samuel, Davi e Ayla adorava poesia.

Com o falecimento do personagem (caso não aconteça a ressurreição), Dona de Mim ganhou impulso. A trama ficou mais clara e com melhor arredondamento das histórias. Leona e Samuel ocupam, nitidamente, o campo da mocinha e mocinho do enredo. É o casal da novela. Clara Moneke e Juan Paiva se destacam na obra. Vivem ótima fase. Por outro lado, Jaques encarna as agruras do vilão. Agora, o personagem ganha uma maior humanização com seus dilemas pessoais.

Os índices reagiram. A produção consegue elevar a audiência do canal, o que beneficiou Jornal Nacional e Vale Tudo. A reviravolta funcionou.

Fabio Maksymczuk

domingo, 14 de setembro de 2025

TV Globo deixa vôlei de lado

 

Olá, internautas

A programação esportiva na TV aberta concentra, historicamente, os seus esforços no futebol. O monopólio futebolístico sempre foi uma marca dos chamados “esportivos”. A TV Globo não escapa dessa armadilha.

Um dos poucos espaços de maior variedade ocorre no Esporte Espetacular, agora sob comando de Fernando Fernandes e Karine Alves. Apesar disso, com as novas diretrizes do Grupo Globo, o futebol feminino ganhou espaço na grade de programação. Em uma tentativa de equiparar com o futebol masculino.

Nas últimas semanas, a TV Globo exibiu jogos da modalidade feminina nas manhãs de domingos. À tarde, mais jogos de futebol com os homens. Como efeito colateral, o monopólio futebolístico fica ainda muito mais acentuado.

Enquanto isso, o vôlei, esporte que, de fato, trouxe melhores resultados para o Brasil nos últimos anos, foi deixado de lado pela emissora platinada. Em pleno Mundial de Vôlei Feminino, a TV Globo preferiu não exibir o confronto entre as jogadoras lideradas por José Roberto Guimarães contra a República Dominicana pelas oitavas de final da Copa do Mundo para exibir uma partida de times de futebol feminino.   

Nesta manhã de domingo (14/09), o mesmo aconteceu. A TV Globo não transmitiu a vitória da seleção brasileira de vôlei masculino contra a China pelo Mundial. Exibiu mais um jogo de clubes de futebol feminino.

Bola fora da TV Globo. O vôlei merece o seu espaço. Isso sem falar da cobertura da Mundial de Atletismo. A histórica medalha de prata conquistada por Caio Bonfim na marcha atlética ficou em terceiro plano.

Fabio Maksymczuk  

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Topa Tudo por Dinheiro ativa memória afetiva com Patricia Abravanel

 

Olá, internautas

A onda nostálgica dominou a programação do SBT. A comemoração de 44 anos serviu como justificativa para o resgate de atrações que integram a história da emissora, como o Porta dos Desesperados com Sergio Mallandro. A iniciativa contou com quatro episódios na faixa das 18 horas. Não alavancou os índices de audiência.

É válido destacar que o canal retomou também o Aqui Agora, já alvo de comentários neste espaço, o Casos de Família que retornou ao ar com Christina Rocha, além do Bom Dia & Cia, já discutido por aqui.

O clima nostálgico agora adentrou o domingo. Patricia Abravanel comanda agora a volta do Topa Tudo por Dinheiro, uma das atrações mais clássicas de Silvio Santos. Diversas brincadeiras ativam a memória afetiva do telespectador, como as clássicas do ovo no cabelo e do pote com algum mistério ‘tenebroso” quando a colega de auditório enfia a mão.  A interação com o auditório fica mais consolidada. Suas parceiras, como acontecia com Silvio Santos, surgem fantasiadas. Há até um concurso pala eleger a mais interessante, como ocorria nos anos 90.

Patricia ainda apresenta as trolagens no palco. As pegadinhas com os participantes (marido “pego” em um motel por uma equipe de reportagem) agora contextualizam o espírito das Câmeras Escondidas que vão ao ar logo em seguida. Sem o intervalo comercial que acontecia anteriormente.

Patricia já alcançou a almejada liderança com o Topa Tudo por Dinheiro. Além da nostalgia, a TV Globo também contribuiu com a errática edição do Estrela da Casa aos domingos.

Programa Silvio Santos é todo costurado com quadros que evocam a memória do fundador da emissora. Inicia com o Show de Calouros, passa pelo Qual é a Música, mensalmente revive o Porta da Esperança, já passou pelo Show do Milhão e agora adentra o Topa Tudo por Dinheiro. Patricia lidera todos os quadros com a sua própria personalidade e, em nenhum instante, copia o seu pai. As releituras ganham uma identidade própria. O público agradece em ritmo de festa.  

Fabio Maksymczuk

sábado, 6 de setembro de 2025

E Agora, Quem Vai Ficar com a Mamãe? entra em horário errado no SBT

 

Olá, internautas

Nesta semana, o SBT exibiu a minissérie E Agora, Quem Vai Ficar com a Mamãe?. A trama com argumento de Cristianne Fridman, escrita por Alexandre Teixeira, com direção de João Batista e direção-geral de Rica Mantoanelli, entrou na complicada faixa das 17h45 às 18h30, após os últimos capítulos de A Caverna Encantada.

A novela assinada por Iris Abravanel terminou com uma mensagem sobre Deus. Os diálogos entre Paulo Salvatore (Elam Lima) e professor Gabriel (Miguel Coelho) lembraram as produções bíblicas exibidas na Record. Na realidade, o SBT deveria ter encerrado o folhetim em sua faixa original das 21 horas. Pulou de horário em plena reta final. Mais uma vez, o canal errou ao esticar demasiadamente a história com mais de 280 capítulos. Deveria ter, no máximo, 200.

É válido destacar que o horário das 21 horas também já era equivocado. “A Caverna Encantada” deveria ter sido exibida às 19 horas, independentemente se a faixa é nacional ou regional. Dentre os destaques positivos da produção, aparecem o ator Miguel Coelho que, na minha visão, se emocionou de verdade na cena final ao lado das crianças, Isabela Souza, que viveu a professora Pilar, a pequena Anna vivida pela atriz mirim Mel Summers e o ator Elam Lima que chamou a atenção em sua participação especial ao interpretar o pai da protagonista. O lado negativo fica por conta da atmosfera extremamente infantil com fantoches e assemelhados. Isso não dialoga com a criança do século XXI.

Como o telespectador da faixa das 17 horas não acompanhou a história liderada por Anna, A Caverna Encantada derrubava os índices herdados do Fofocalizando. Públicos diferentes. Dentro desse contexto, o canal estreou E Agora, Quem Vai Ficar com a Mamãe?. Audiência também diferente do universo infantil. O efeito cascata era sistematicamente negativo.

A minissérie apresentou o DNA de Cristianne Fridman. A autora, que fez sucesso em produções na Record, explorou, desta vez, a demência, através de Dona Maria, bem interpretada pela atriz Stella Miranda que sustentou a obra. Os efeitos da doença degenerativa ao seu redor apareceram em cinco capítulos. A história apresentou potencial para mais capítulos. Provavelmente, o planejamento contemplasse mais temporadas.

O elenco contou com nomes conhecidos do público. Ju Knust, Joaquim Lopes, Juliano Laham, Lidi Lisboa, além da própria Stella Miranda, estrelaram a produção. Além da demência, a minissérie também abordou a síndrome de Down, através de Lucinha e João. Valentina Borlenghi e João Vitor de Paiva que interpretaram os personagens aparecem como ponto positivo da obra. Carismáticos e competentes no vídeo. O desfecho do namoro ficou em aberto.

Juliano Laham também chamou a atenção. Ator carismático e seguro na tela. Vitor, o neto de Dona Maria e influenciador digital, vivido por João Pessanha, também surge como destaque.  Muito desenvolto na história. Além da demência e Down, o racismo também foi abordado, através da médica Fabiana (Lid Lisboa) que teve a sua profissão questionada por uma paciente. Acreditou que exercesse outra atividade profissional.

E Agora, Quem Vai Ficar com a Mamãe? teria mais potencial em outro horário. Além disso, estampar na tela que pertence ao “Núcleo Iris Abravanel” é desnecessário.  A imagem da autora se desgastou em uma sucessão de novelas que não alcançou significativos índices de audiência. É necessário buscar novos autores.

O maior acerto de E Agora, Quem Vai Ficar com a Mamãe? é desbravar o universo dos 70+ em um veículo de comunicação que conta, cada vez mais, com uma audiência mais envelhecida, além do acentuado envelhecimento da sociedade brasileira.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Globo adota coerência em remexidas no jornalismo

 

Olá, internautas

Na última segunda-feira (01/09), William Bonner anunciou, oficialmente, sua saída da bancada do Jornal Nacional. O apresentador que comanda há 29 anos o noticiário da TV Globo formará uma nova dupla com Sandra Annenberg no Globo Repórter em 2026.

Bonner enfatizou que o jornalístico do 'Onde Vivem? O que comem?' é o único do departamento por onde ainda não passou. Frisou que a sucessão está sendo trabalhada há cinco anos. Justificou que busca maior contato com sua família, desde a eclosão da pandemia da Covid-19.

Na realidade, o apresentador começou a se afastar do JN mais acentuadamente desde o ano passado. Até mesmo, Cesar Tralli, anunciado oficialmente como sucessor, já apareceu ao lado de Renata Vasconcellos. Diversos outros jornalistas cobriam a ausência de Bonner, como Heraldo Pereira (o meu preferido), Flavio Fachel, Helder Duarte, entre outros.

Tralli construiu uma carreira sólida no telejornalismo da TV Globo. Transmite credibilidade em um estilo menos engessado no vídeo. Há uma coerência na escolha. A saída de Bonner provocou um efeito dominó em outros telejornais.

Roberto Kovalick, que já substituía Tralli no Jornal Hoje, foi efetivado agora como titular. Ótima escolha. Já o Hora Um será conduzido por Tiago Scheuer. Merece a oportunidade. Nome já conhecido pelo telespectador. A saída de Bonner até impactou a GloboNews. Natuza Nery assumirá a apresentação do Edição das 18. Ótima escolha.  

A coerência apareceu nas decisões do Grupo Globo. Mudanças que não devem assustar o público.

Fabio Maksymczuk

domingo, 31 de agosto de 2025

Aqui Agora empaca no SBT

 


Olá, internautas

O SBT celebrou 44 anos na última terça-feira (19/08). “Aqui Agora” é um dos marcos na história da emissora fundada por Silvio Santos. Referência de sucesso que até hoje serve como modelo de jornalismo popular para o canal.

E isso é um problema. O noticiário comandado por Ivo Morganti e Christina Rocha funcionou no início dos anos 90. Anos mais tarde, ainda nessa década, o programa sucumbiu. A Record avançou com o “Cidade Alerta”. Até hoje, agora sob comando de Reinaldo Gottino, funciona como um dos pilares na programação da emissora da Barra Funda.

Já na TV do século XXI, o SBT tentou reavivar o “Aqui Agora”. Em 2008, Luiz Bacci, Joyce Ribeiro, Herberth de Souza e Christina Rocha apresentaram a nova versão sem êxito. Sem repercussão. 17 anos depois, o canal redobra a aposta. Até aqui, com índices modestos. Fica corriqueiramente atrás da Band em pleno início do horário nobre. A televisão passa por um momento de transformação. O receituário dos anos 90 não é o mesmo dos tempos atuais.

Às vésperas da estreia, o SBT anunciou uma “arma secreta” para “bombar” o telejornal. Geraldo Luis apareceu de supetão ao lado de Dani Brandi e Marco Pagetti. A emissora acertou na contratação do “contador de histórias”. Comunicador nato que dialoga com o público tradicional sbtista. O trio aparece harmônico no vídeo. Um respeita o outro na tela. Não ocorre atropelamento na condução do noticiário.

Nas recentes edições, “Aqui Agora” ganhou um novo rumo com os causos apresentados por Geraldo Luis. O jornalista conta as histórias, como fazia em seus programas na Record. Traz o lado humano para a tela. O noticiário focado exclusivamente na criminalidade começou a arrefecer com a nova direção.  

Apesar disso, há um congestionamento de atrações similares na faixa horária. “Cidade Alerta”, pela Record, Brasil Urgente, pela Band, Brasil do Povo, na RedeTV!, e agora “Aqui Agora”, no SBT, disputam o mesmo público. É válido destacar que José Luiz Datena também busca novos caminhos em seu novo programa. Pautas sobre comida ganham espaço.

Além disso, “Aqui Agora” sucedia, nas primeiras edições, a dupla A Caverna Encantada e Chaves. Público teoricamente destoante do noticiário. O efeito cascata não engrenou.

Desde o “Tá na Hora” com Marcão do Povo e Christina Rocha, os índices de audiência do SBT encontram-se abaixo em comparação à anterior grade ocupada pelas telenovelas mexicanas.
O SBT acerta na contratação de Geraldo Luis e erra na insistência com um telejornal focado no universo da criminalidade. Tá na hora de encontrar um novo caminho na programação.  

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

"Estrela da Casa" busca novo caminho em segunda temporada

 

Olá, internautas

Nesta semana, a TV Globo estreou a segunda temporada do “Estrela da Casa”. O reality show inicia nitidamente com uma mudança de rota. A tônica musical imperou nos primeiros episódios.

Na estreia, os cantores Juceir Jr e Daniel Sobral ganharam imunidade, após votação popular. Realmente, foram os melhores da noite. Nenhum vestígio do “Big Brother Brasil“ surgiu até aqui. Os catorze participantes protagonizaram um show musical. Conflitos no confinamento ou personalidade dos cantores não apareceram como elemento primordial na edição.

A apresentadora Ana Clara ganha a companhia de Michel Teló. O cantor surge como mentor do elenco. O técnico mais vitorioso da história do The Voice Brasil fortalece a busca de um novo caminho para o programa que enfrentou rejeição na primeira temporada.

“Estrela da Casa” deverá trilhar o caminho do “Fama”. Mesmo assim, logo nesse início, fica claro que o reality não possui força para ser exibido diariamente. Na terça-feira (24/08), ganhou uma edição menor. Com isso, “Profissão Repórter” foi antecipado na programação. Iniciou por volta das 23 horas. Poderia ser veiculado duas vezes por semana. Empurrará para mais tarde o interessante “Globo Repórter”.

“Estrela da Casa” terá a missão de envolver o público que não guarda uma boa lembrança da temporada inaugural.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

"Pequenos Gênios" necessita de ajuste em última prova

 

Olá, internautas

Neste domingo (24/08), “Pequenos Gênios” chegou ao fim no “Domingão com Huck”. O quadro que valoriza o conhecimento terminou com a vitória do grupo Globogênios. Nicolas, Helena e Isabela demonstraram dedicação durante a disputa.

Na semifinal, Nicolas foi fundamental para a consagração do trio. Garantiu ótima pontuação nos cálculos aritméticos. Já na grande final, Helena e Isabela, de Irecê (BA), arrasaram na soletração ao contrário. Desempenho impressionante.

Apesar disso, na última prova chamada de Córtex, Nicolas pulou diversas perguntas para selecionar as mais fáceis, como da bandeira. Resolução fácil em menor duração de tempo. Esse ponto marcou toda a temporada.

Praticamente, todos os grupos adotaram a mesma estratégia. Isso precisa ser revisto em uma possível nova temporada. A proibição do “pulo” e a punição pelo erro deveriam entrar no cômputo geral.

Neste ano, algumas crianças chamaram a atenção, como o menino carismático Vinicius que apareceu com um esparadrapo na testa; Bia, do Newtonianos, que esbanjou simpatia no palco, além do pequeno Aron, do Invencríveis, gigante na soletração ao contrário.

Pequenos Gênios é um acerto no Domingão com Huck.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

"Chef de Alto Nível" garante boa primeira temporada

 

Olá, internautas

Nesta quinta-feira (21/08), ‘Chef de Alto Nível’ chegou à grande final. Luiz Lira consagrou-se o grande vencedor da primeira temporada com a anuência de Alex Atala, Jefferson Rueda e Renata Vanzetto.

Como já era esperado, os profissionais confirmaram o favoritismo. Na decisão, dois deles (Lira e Arika Messa) duelaram contra um representante da internet (Allan Mamede). Os amadores ficaram nitidamente em desvantagem.

O formato do talent show apresentou algumas peculiaridades. Cada mentor formou a sua equipe. Passava orientações. Defendia o avanço da equipe. Ao mesmo tempo, eles próprios avaliavam os pratos da sua turma e dos concorrentes. Estranho. O ideal seria que convidados (ou até mesmo Ana Maria Braga) avaliassem os melhores e piores pratos.

E por falar em Ana Maria Braga, muitos questionaram a pouca influência da apresentadora na atração. É uma questão do formato que também atingia Ana Paula Padrão no MasterChef Brasil. Isso, nitidamente, foi modificado na grande final. A veterana apareceu com destaque no último episódio.

A edição ficou marcada pelo ritmo acelerado. Com a duração de uma hora e quinze participantes, inicialmente, as avaliações e a performance de cada competidor passavam rapidamente na tela. Com as eliminações e a diminuição do elenco, isso ficou menos acentuado.

Lira, neto de Quitéria, ex-assistente da cozinha de Ana Maria Braga no ‘Note e Anote’, apareceu, durante a competição, como um dos favoritos. O ‘triunvirato’ escolheu o melhor profissional e não a melhor história de vida que poderia envolver o telespectador em votação popular.

‘Chef de Alto Nível’ trouxe provas com duração curta. Cerca de 50 minutos com pratos que fugiam da sofisticação. Mesmo remetendo a outros programas, a atração conquistou uma identidade própria. Atala, Rueda e Renata deram um tempero especial ao programa.

Diferente do insosso Mestre do Sabor, ‘Chef de Alto Nível’ merece uma segunda temporada que já está confirmada em 2026.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Band enfraquece SBT com contratação de Leo Dias no "Melhor da Tarde"

 

Olá, internautas

Nesta segunda-feira (18/08), “Melhor da Tarde” entrou em nova fase na Band. O vespertino, inicialmente idealizado para Catia Fonseca, agora é formado por um quinteto (ou sexteto).

Pamela Lucciola, que assumiu o posto de apresentadora após a saía de Catia, agora aparece mais discreta na atração. Leo Dias surge como o comandante da trupe que ainda conta com JP Vergueiro, Fernanda Brande, Ana Paula Renault e Alexia Alcantarino, repórter que ganha link direto da redação Leo Dias TV.

De acordo com especulações da imprensa especializada, esse ponto foi determinante para a saída do jornalista do SBT. A emissora da Anhanguera teria criado restrições para a exposição da marca no “Fofocalizando”. Agora no “Melhor da Tarde”, o material veiculado na internet ganha janela na TV aberta. No programa de estreia, uma entrevista exclusiva de Leo com o cantor Leonardo dominou grande parte da edição.

O vespertino da Band sofreu uma mudança na linha editorial. A primeira edição focou exclusivamente no noticiário dos famosos em uma hora e meia de duração. Quadros de astrologia, culinária, vídeos que chamam a atenção na internet, previsão do tempo e jornalismo factual perderam espaço.

Leo Dias simboliza atualmente o jornalismo de celebridades. É o maior nome da editoria. Diante disso, “Melhor da Tarde” sinaliza que se enveredará agora na estrutura do “Fofocalizando” e “A Tarde É Sua”.

Com a duração de uma hora e meia, não há necessidade de cinco colaboradores no palco, sendo que Leo atrai, para si, os holofotes. Neste primeiro programa, as ex-BBBs Nanda e Ana Paula ficaram à margem. A dona do bordão “Olha, Ela!” basicamente falou sobre a repercussão do Twitter.

Durante o papo de Janela, Joel Datena cometeu “sincericídio” ao afirmar que “fazia tempo que não assistia ao programa tão atentamente” com a presença, na tela, de Pamela que comandava anteriormente o vespertino.

Além do reforço para a própria Band, a emissora enfraqueceu o SBT com a contratação de Leo Dias. “Fofocalizando” perdeu o seu principal nome. A disputa entre as duas emissoras ganha um novo capítulo.

Aproveito a oportunidade para agradecer o convite da assessoria da Band para acompanhar a gravação do novo “Melhor da Tarde”. Entrei em um novo momento na minha carreira profissional e, diante disso, fiquei impossibilitado de visitar ontem a emissora do Morumbi.

Fabio Maksymczuk

sábado, 16 de agosto de 2025

Tolice proposital marca "Êta Mundo Melhor!"

 

Olá, internautas

Com a exitosa “No Rancho Fundo” na faixa das seis da tarde, a TV Globo encontrou um novo caminho em sua teledramaturgia. Advinda da bem-sucedida “Mar do Sertão”, a trama protagonizada por Andrea Beltrão garantiu bons índices de audiência. O intervalo entre as duas produções foi relativamente curto. A trama “original” terminou em 2023. Já a “segunda temporada” entrou no ar em 2024. A memória afetiva do público ainda estava aguçada. Além disso, a produção contou com o mesmo autor e direção.

Agora, a emissora platinada resolveu criar a continuação de “Êta Mundo Bom!”.  A novela foi originalmente exibida em 2016 com reprise em 2020 durante a pandemia da Covid-19. Neste caso, o intervalo é maior para a produção de “Êta Mundo Melhor!”. Além disso, Jorge Fernando, diretor da “primeira temporada”, faleceu em 2019. Amora Mautner, que pertence a uma “outra escola”, assumiu o posto nos primeiros capítulos. A diferença na direção ficou evidente. A “mão pesada” da diretora se fez presente. Até mesmo, a escolha do filtro envelhecido de imagem evidenciou a troca.

Nos primeiros capítulos, a marca de Walcyr Carrasco no texto ficou explícito. Diálogos simples e diretos apareceram como uma verdadeira continuação de sua obra anterior. Agora, a missão ficará com Mauro Wilson, já que Carrasco está envolvido em sua próxima novela das nove. Diante de tal fato, poderá ocorrer uma mudança de linguagem.

Para interligar as duas tramas, Walcyr dizimou o final feliz de “Êta Mundo Bom!”. Matou Anastácia (Eliane Giardini) e Filomena (Debora Nascimento), além de Maria (Bianca Bin), uma das personagens mais queridas da obra original nos primeiros capítulos de “Êta Mundo Melhor!”. Candinho (Sergio Guizé) ainda perdeu o seu filho.

A “segunda temporada” garante, até aqui, bons índices de audiência. Fica na casa dos 20 pontos com frequência. A trama aposta em personagens caricatos com uma história despretensiosa. Propositalmente boba. Voltada para o público que deseja se divertir com situações tolas. Desestressar após um dia de trabalho ou das agruras do cotidiano.

Dentro do pacote de novidades, Larissa Manoela ganha amplo espaço na trama ao viver Estela que vive um relacionamento com Celso (Rainer Cadete). Luis Miranda vive o professor Asdrúbal que ocupa o vácuo deixado por Marco Nanini que interpretou Pancrácio em “Êta Mundo Bom”. Como seu amigo, também gosta de se travestir. Já Heloisa Perissè incorpora a vilâ Zulma.

Personagens vindos da “trama-mãe” reaparecem na tela, como Zé dos Porcos (Anderson di Rizi), Cunegundes (Elizabeth Savala) e Quinzinho (Ary Fontoura). Todos com os mesmos trejeitos de nove anos atrás.

“Êta Mundo Melhor!” tende a reforçar a nova rota para as telenovelas da TV Globo. Remakes deverão perder espaço.

Fabio Maksymczuk  

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Entrevista com Neymar aparece como ponto alto em estreia de João Silva no SBT

 

Olá, internautas

Na última madrugada de sábado (09/08) para domingo (10/08), “Programa do João” estreou no SBT. A atração saiu da Band para os domínios da Anhanguera.

Em território do Morumbi, João Silva não cumpriu o planejamento inicial. Na coletiva de imprensa do lançamento no Teatro Itália, a direção, naquela oportunidade, traçou como perspectiva a gravação da atração pelo Brasil afora, especialmente em teatros. O programa saiu dos sábados. Migrou para o domingo. Basicamente, com externas.

Agora no SBT, a entrevista de João fora do estúdio apareceu como o ponto alto. O jovem apresentador entrevistou Neymar Jr. Bom bate-papo. Leve e descontraído. Perguntas de crianças deram um tempero especial.

Já no primeiro bloco, um game entre a turma Raiz com Sonia Abrão e Bola do Pânico e a dupla Enzo representada por Gkay e Lucas Guimarães demonstraram diferenças entre as gerações. Os dois jovens desconheceram Marilia Pêra, Taffarel e Boris Casoy em fotos que apareceram no telão. Já Sonia e Bola não reconheceram Luna e Gloria Groove.

“Programa do João” ainda contou com dois quadros patrocinados. Em um deles, João ajudou uma família de Grajaú, extremo sul da cidade de São Paulo. No final da atração, o apresentador entrevistou um médico.

A nova aposta sbtista não reinventa a roda. A estratégia é herdar o efeito cascata de Virginia Fonseca com o “Sabadou”. O SBT acerta em testar jovens comunicadores aos sábados. Dia da semana que serve para lapidar seus talentos. João Silva entra nesse contexto. A nova geração precisa assumir seus postos na televisão brasileira.

Fabio Maksymczuk