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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

"Dança dos Famosos" surpreende com Catia Fonseca e Rodrigo Faro

 

Olá, internautas

No último domingo (03/08), Luciano Huck anunciou oficialmente o elenco do “Dança dos Famosos 2025”. Um dos quadros mais importantes do “Domingão”, a nova temporada conta com um elenco de peso.

A ex-apresentadora da TV Gazeta, Record e Band, Catia Fonseca, abriu a relação dos desafiantes. Segundo especulações divulgadas pela mídia especializada, a comunicadora pode ser uma das novas contratadas da emissora platinada para comandar o ´”E de Casa”. Caso se confirme, é um ótimo nome. Dividiria o programa matinal ao lado de Thiago Oliveira, também egresso da TV Gazeta. Para quem acompanhava o “Mulheres”, já sabe que Catia dançava às sextas-feiras, principalmente no ritmo do axé music.

Rodrigo Faro, outro nome que vem da concorrência, surpreendeu na lista do “Dança 2025”. O apresentador até concorria com o quadro pela Record. Na faixa, Faro recebia os eliminados de “A Fazenda”. Segundo especulações, o Grupo Globo também pretende contratá-lo posteriormente. Seria um cartão de visita junto ao telespectador do canal platinado. Neste caso, a persona “apresentador” não deixou saudades no telespectador da Record. Até mesmo, Tom Cavalcante elevou a audiência recordiana com o “Acerte ou Caia!”. Faro possui maior potencial como ator.

A ex-Fazenda e vencedora do Power Couple Brasil, Nicole Bahls, aparece entre as desafiantes. Silvero Pereira, outro vencedor de reality (The Masked Singer Brasil), surge na relação.

Outros nomes também ganham destaque. Richarlyson e Allan Souza Lima participaram do concorrente “Dancing Brasil” pela Record. O ator, inclusive, foi um dos finalistas da atração de Xuxa Meneghel. O mesmo já tinha ocorrido com a cantora Lexa.

Wanessa Camargo e Gracyanne Barbosa, que não tiveram uma boa passagem no “Big Brother Brasil”, ganham mais uma oportunidade da TV Globo, agora no “Dança dos Famosos”. Álvaro cumpre a cota de influenciador digital. Duda Reis, que protagonizou Garota do Momento, David Junior, que ganhou destaque em Mania de Você, e Fernanda Paes Leme representam os atores no elenco. MC Livinho cumpre a cota dos funkeiros. Manu Bahtidão e Luan Pereira entram na cota dos músicos.  

“Dança dos Famosos” estreia com boa perspectiva. Ótima seleção.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Blog FABIOTV festeja 21 anos

Olá, internautas

1º de agosto sempre é uma data especial. O blog FABIOTV chega ao vigésimo primeiro aniversário. Somos um dos blogues mais antigos em atividade. Passamos pelo Orkut e UOL até chegarmos neste atual espaço ao lado das redes sociais, especialmente o Twitter.

Nesses 21 anos, sempre tivemos a preocupação em comentar, com independência, o universo televisivo brasileiro. A TV aberta passa por um intenso processo de readaptação com as novas mídias que eclodem.

Mesmo assim, ainda permanece com um peso fundamental dentro do ecossistema comunicacional no Brasil. O telejornalismo ganha atenção especial, diante da profusão das famigeradas “Fake News” que pululam nas mídias digitais.

Agradecemos a sua presença por aqui. E permanecemos a emanar a nossa visão sobre a transmutação da televisão brasileira, agora irradiada em diferentes telas.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 31 de julho de 2025

FABIOTV no Ateliê da Caravana do Silvinho

 

Olá, internautas

Nesta quinta-feira (31/07), tive a oportunidade de acompanhar o último dia do Ateliê da Caravana do Silvinho na estação Barra Funda do Metrô-SP/CPTM.

O projeto é capitaneado pela “filha número 1” de Silvio Santos, Cintia Abravanel, que fez um périplo em diferentes atrações do SBT. A herdeira mais discreta de SS fez questão de visitar Celso Portiolli, Danilo Gentili e a trupe do Fofocalizando para divulgar a ação.

“Artistas selecionados usarão a escultura do personagem Silvinho, em fibra de vidro, como suporte para expressar seu talento e criatividade. 45 obras de 1,6 m de altura, sendo 20 cm de base, serão espalhadas por shoppings e lugares públicos, como estações de trem, com intuito de tornar a exposição acessível a todos”, informa a página oficial.

Entre 14 de agosto a 14 de setembro, a exposição das esculturas ganhará destaque em locais com grande circulação de pessoas na cidade de São Paulo.

Não tinha a informação do lugar exato do ateliê dentro da enorme estação. Fica no vão interno da CPTM. Ao fundo. Próximo do banheiro masculino. O local fica em uma área sem grande circulação. Os artistas tiveram a oportunidade de produzir suas criações em um ambiente tranquilo.

Fiz alguns registros da visita que compartilho neste espaço. O animador Silvio Santos sempre precisa ser lembrado e homenageado. Faz parte da família brasileira.  






Fabio Maksymczuk

domingo, 27 de julho de 2025

"Game dos 100" funciona na Record

 

Olá, internautas

“Game dos 100” é a nova aposta da Record em sua programação dominical. Com Felipe Andreoli, Rafa Brites e Marcia Fu no comando da competição, a atração reúne 100 participantes em uma série de provas.  

A cada edição, 10 deixam o programa. A campeã do BBB14, Vanessa Mesquita, foi surpreendentemente uma das primeiras eliminadas em plena estreia. O ritmo da atração é ágil. O telespectador fica envolvido com os desafios.

Felipe Andreoli se destaca na condução. Ele narra o desenrolar das atividades. O apresentador foge da isenção e até torce pela permanência de alguns da equipe, como Vovó Janete, Ovelha e os trigêmeos. Neste domingo (27/07), o comunicador lamentou a saída de dois irmãos gêmeos. Marcia Fu traz o bom toque de humor. Rafa, diferente do “Power Couple Brasil”, aparece mais discreta na apresentação.  

No conjunto dos 100 desafiantes, há diferentes perfis. Pessoas anônimas e famosas. Egressos de outros realities ganham nova oportunidade na Record, como João Zoli, João Paulo Mantovani e Kamila Simioni. Há também ex-BBBs, como Renan Oliveira e Janaina do Mar. Antes da estreia, ocorreu um “atrito” entre Fernando Presto e Fabio Gontijo que ecoou pelas redes sociais. Até aqui, os dois aparecem com discrição na edição.

Em um primeiro momento, a profusão de 100 participantes na tela lembrou os realities A Casa e A Grande Conquista. Depois, a proposta da nova atração ficou clara. É um game show com estrutura gigantesca.

O programa de estreia ficou ao redor dos 4 pontos. Mesmo na terceira colocação na guerra dominical, “Game dos 100” funciona como um bom programa de entretenimento.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 24 de julho de 2025

"Aberto ao Público" rende boas risadas na TV Globo

 

Olá, internautas

A faixa horária, após o “Fantástico”, aparece como um dos maiores desafios dentro da programação da TV Globo. Sem o “Big Brother Brasil”, o canal realiza uma sucessão de testes que, na maioria das vezes, não vinga. No ano passado, por exemplo, Regina Casé protagonizou o sitcom “Tô Nessa!”. Sem repercussão.

Agora, o canal platinado apostas suas fichas no “Aberto ao Público”, liderado por Maurício Meirelles. O comediante recebe uma celebridade que aceita entrar no clima das brincadeiras propostas pelo programa. Meirelles não está sozinho no palco. Conta com o auxílio de outros humoristas que se revezam no elenco, como o ótimo Murilo Couto, Bruna Louise, Fabio Rabin, Thiago Ventura, dentre outros.

“Aberto ao Público” é gravado em um teatro em São Paulo. O humor paulistano marca a atração. O quadro “Passa o telefone” é fixo. Domina metade do humorístico e rende os melhores momentos. Como já fazia no programa “Foi Mau”, da RedeTV!, Meirelles “sequestra” o celular do convidado e invade as redes sociais.

No episódio de estreia, a “notícia” de que Denilson Show seria o técnico interino da Seleção Brasileira provocou uma balbúrdia na internet. Até enganou o experiente repórter Nivaldo de Cillo, ex-colega do ex-jogador em seus tempos de Band.

A edição mais divertida aconteceu com o ator Marcos Pasquin. O quadro Pergunta pro Famoso rendeu bons momentos. Igual ao “Hora da Paquera”.

Menções a outras emissoras, como a RedeTV!, e profissionais das “coirmãs”, como Leo Dias (até apareceu no desfecho do programa protagonizado por Deborah Secco no último domingo), Leão Lobo e João Kleber, marcam os diálogos. Passa a imagem de liberdade na construção do roteiro.

As “mensagens” fictícias do Twitter de Andressa Urach, Susana Vieira, Romario, Alok, Benito di Paula, dentre tantos outros, ganham espaço no rodapé da tela e dialogam com o que está sendo narrado no palco. Como diria Silvio Santos, sempre “bem bolado”. É outra herança do “Foi Mau” que agora aparece na TV Globo.

“Aberto ao Público” é um programa com humor. Leve. Rende boas risadas no fim da noite. Merece uma segunda temporada.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 22 de julho de 2025

"No Alvo" aparece como versão genérica do "Nada Além da Verdade"

 

Olá, internautas

Dentro do pacote de novidades anunciado na coletiva de imprensa do SBT, “No Alvo” se confirmou na grade de programação há duas semanas. A emissora garantiu a vice-liderança com as edições protagonizadas por Pablo Marçal e Leo Dias.

A nova aposta ocupou a faixa das 23 horas, após o “Programa do Ratinho”. Também ganhou o horário alternativo aos domingos, após o “Programa Silvio Santos com patrícia Abravanel”. O SBT acertou nos dias e horários e, principalmente, por ter aguardado o encerramento do “Power Couple Brasil” na Record.

Até aqui, “No Alvo” aparece como versão genérica do “Nada Além da Verdade”, comandado por Silvio Santos no final dos anos 2000. O antigo programa também fazia uma pesquisa sobre as notícias que envolviam os convidados. A nova atração não tem um grande cenário, auditório, máquina da verdade e nem um apresentador.

Um locutor aguça o entrevistado a soltar declarações que causem repercussão. Pablo Marçal não fugiu de seu receituário. A fala que mais causou reboliço surgiu quando relembrou a “cadeirada” de José Luiz Datena em um debate com candidatos a prefeito de São Paulo no ano passado. Pediu desculpas ao jornalista por tê-lo instigado.

Já Leo Dias revelou fatos de sua vida pessoal, como sua entrada no mundo das drogas aos 25 anos em outro país e quando resolveu se internar em uma clínica de dependência química, após o Carnaval de 2012. Enfatizou que aceitou a participar da atração, exclusivamente por ser funcionário do SBT.  

“No Alvo” agrega uma produção nacional à grade de programação. Não faz feio em um momento delicado da emissora.

Fabio Maksymczuk

sábado, 19 de julho de 2025

SBT acerta e erra com "As Filhas da Senhora Garcia"

 

Olá, internautas

O SBT continua a reformular a sua programação. Na semana passada, a emissora descartou “A Caverna Encantada” do horário nobre e deslocou para a faixa das 14 horas. Faixas com públicos diferentes. A novela de Iris Abravanel, que aparece como maior fracasso do canal desde 2012, deveria ter sido encurtada e encerrada no horário original.

Em seu lugar, “As Filhas da Senhora Garcia” ficou com a missão de capturar o público órfão de “Força de Mulher”, sucesso exibido na Record. A emissora da Barra Funda, como adiantado por aqui, ajudou a impulsionar “Vale Tudo” ao exibir mais uma produção bíblica.

Até aqui, a novela mexicana fica na casa dos 3 pontos de média. Manteve o patamar tradicional do SBT no horário, mas a expectativa é que consiga abocanhar mais telespectadores, diferente do que acontecia com as desgastadas novelas infantis.

O SBT iniciou a exibir a nova novela às 20h45. Depois, migrou para 21 horas. Na realidade, “As Filhas da Senhora Garcia” deve ser levada ao ar a partir das 20h30 para abocanhar o efeito zapping, após o término de “Dona de Mim”, novela das sete da TV Globo. É o público noveleiro que precisa ser capturado. Desse modo, evitaria o confronto direto com a novela das nove da TV Globo. Ao mesmo tempo, anteciparia todo o restante da grade. Na atual configuração, “A Praça É Nossa”, por exemplo, inicia próximo da meia-noite.

Diferente das recentes produções da Televisa exibidas pelo SBT, o filtro de imagem da nova novela é adequado. Não há um estouro de cores na tela. Além disso, a linguagem da obra remete aos clássicos mexicanos (mesmo sendo adaptação de uma novela turca, como bradado nas chamadas dos intervalos comerciais).

Há personagens bem marcados. Ofélia Garcia (Maria Sorté) é uma mulher que “sonha com luxo e riquezas”. Ambiciosa. Usa as filhas para atingir a meta. Sair da pobreza. Uma espécie de Teresa “mais madura”. Uma das filhas é Valeria (Oka Giner) que contrapõe à mãe. É uma moça batalhadora que se envolve com o galã da história, Arturo Portilla, vivido pelo ator Brandon Peniche que chama a atenção pela beleza no vídeo.  

Mar é outra filha de Ofelia. A matriarca aposta todas as fichas na moça que, na realidade, é apaixonada por um homem pobre da vila. O contraste da mansão da família milionária dos Portilla com a residência humilde de Ofelia apareceu com ênfase nos capítulos iniciais.

“As Filhas da Senhora Garcia” é uma novela realmente com tempero mexicano. Agora, é acompanhar se a trama superará a rejeição do público brasileiro com as produções contemporâneas da Televisa.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 16 de julho de 2025

"Chef de Alto Nível" enfrenta desgaste do formato

 

Olá, internautas

Na última terça-feira (15/07), a TV Globo estreou “Chef de Alto Nível”. A nova atração contou com uma expressiva campanha de divulgação nos intervalos comerciais da emissora. Ana Maria Braga, após 25 anos, finalmente entra no horário nobre do canal. A apresentadora lidera a competição com os mentores Alex Atala, Renata Vanzetto e Jefferson Rueda.

O trio de chefs já demonstrou entrosamento logo na edição inaugural. Cada um carrega sua personalidade. Um complementa o outro. Atala chamou a atenção pelo rigor em suas ponderações. Tende a ser responsável pela maior pressão aos competidores na disputa.

O primeiro programa iniciou a fase de seletivas com o grupo de cozinheiros amadores. O cenário busca garantir uma personalidade em relação aos correlatos. Há três cozinhas. Uma empilhada sobre a outra. “Porão” a “profissional”. Sobe de nível.

A edição ficou marcada por um ritmo acelerado. Um tom acima do ideal, mas garantiu uma identidade própria. Ana Maria Braga empresta sua credibilidade ao talent show. Ela apenas costura os momentos. Não figura como protagonista, igual ao que acontecia com Ana Paula Padrão no “MasterChef Brasil” que, aliás, não faz falta alguma na atual temporada.   

Mesmo “mais temperado” que o insosso “Mestre do Sabor”, “Chef de Alto Nível” enfrenta o forte desgaste do formato de competições gastronômicas na televisão brasileira. No final das contas, é o mais do mesmo. Comida sem tempero. Sem sal. Carne fora do ponto. E assim por diante.

Agora é acompanhar o elenco dos cozinheiros influenciadores e profissionais, além da mistura com os amadores.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 14 de julho de 2025

"O Século do Globo" aparece como produção institucional do Grupo Globo

 

Olá, internautas

Na última semana, a TV Globo exibiu “O Século do Globo” com criação de Pedro Bial. A atração celebrou, em quatro episódios, os 100 anos do jornal O Globo que serão completados em 29 de julho.

“O Século do Globo” trilhou o caminho de produção institucional do Grupo Globo com ares de documentário. A dramaturgia pincelou a série com a participação de Tony Ramos e Eduardo Sterblitch que interpretaram Roberto Marinho em distintas fases da vida.

As entrevistas surgiram como principal atrativo, principalmente dos filhos de Roberto Marinho, João Roberto Marinho, José Roberto Marinho e Roberto Irineu Marinho. O momento mais revelador da produção já tinha sido veiculado na programação da TV Globo. Roberto Irineu Marinho narrou a presença de um helicóptero que rodeava as janelas da sala onde era comandada a transmissão das manifestações a favor da queda do Regime Militar, em meados dos anos 80, pela emissora platinada.

“O Século do Globo” não fugiu de suas chagas, como a cobertura do jornal O Globo durante o governo Vargas nos anos 50. A publicação atuava como veículo de oposição estridente ao presidente com a participação atuante de Carlos Lacerda. Após a morte do líder político, a população do Rio de Janeiro se revoltou contra o periódico, depredando os bens da marca. Um dos filhos de Roberto Marinho tentou defender que, após tal episódio, o jornal abandonou a postura “de radicalidade oposicionista”.

Anos mais tarde, “O Globo”, mais uma vez, em uma continuidade histórica, sujou a sua imagem ao apoiar o Golpe Militar de 1964, denominado naquela ocasião de “Revolução de 64”.  Tentaram argumentar que todos os jornais adotaram tal postura. “O Século do Globo” não fugiu do momento e ressaltou o importante editorial do jornal publicado em 2014 que confessou o erro naquela oportunidade.

Os bastidores da política ganharam espaço no documentário, especialmente sobre a relação de Roberto Marinho com Leonel Brizola (segundo um dos filhos, era amistosa nos bastidores), Paulo Maluf, Dilma Rousseff, Lula e Antonio Carlos Magalhães. Neste caso, apenas citaram o apoio a ACM sem aprofundamento.  

Em um dos momentos mais importantes da produção, Pedro Bial frisou que Roberto Marinho ampliou seus domínios durante os anos da redemocratização e não no Regime Militar. Até influenciou na decisão de transformar ACM em ministro das Comunicações no governo José Sarney. Esse ponto é primordial, já que Marinho controlava jornal, rádio e televisão. Concentração midiática nas mãos de uma família que percorreu os anos 80 e 90.

Em outro momento revelador, Roberto Irineu Marinho enfatizou que seu pai não admirava Fernando Colllor. Teria defendido Mario Covas no primeiro turno nas eleições de 1989. No segundo turno, apoiou o ex-governador de Alagoas para evitar a vitória de Lula. Lily Marinho, apavorada com uma possível vitória lulista, até teria comentado que sairia do Brasil.

No último episódio, jornalistas de O Globo conquistaram espaço. Flavia Oliveira retratou os desafios da solitudade de uma mulher negra no universo do jornalismo econômico e a ampliação da diversidade nos veículos de comunicação do grupo O Globo. Já Vera Araújo confidenciou os dramas pessoais advindos da cobertura do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Torres. Já Miriam Leitão encerrou o documentário com o seu depoimento diante das falas do presidente Jair Bolsonaro.

Por fim, o futuro do jornal impresso ganhou uma perspectiva de 10 anos. Enfatizaram que a marca ocupou outras mídias, principalmente o digital. Durante muitos anos, tive a oportunidade de ler diariamente “O Globo”. De fato, a publicação se notabilizava por um excelente texto. Havia uma maior profundidade em relação ao material da Folha de S. Paulo, por exemplo. Apesar disso, a postura do periódico em momentos decisivos da nossa História (até mesmo na cobertura recente do impeachment da presidente Dilma Rousseff) precisa ser alvo de muitos questionamentos e criticidade.

Fabio Maksymczuk

sábado, 12 de julho de 2025

Inteligência de Carol marca "Power Couple Brasil 7"

 

Olá, internautas

Na última quinta-feira (10/07), chegou ao fim a sétima temporada do “Power Couple Brasil”. Com 54,24% da votação, Carol e Radamés venceram o reality da Record. Faturaram cerca de 440 mil reais. A atração obteve melhores índices de audiência em comparação com “A Grande Conquista”. Garantia a vice-liderança com maior facilidade.

Rafa Brites e Felipe Andreoli conseguiram oxigenar a imagem do reality show. A ideia de um casal comandar um programa de casais funcionou muito bem. Rafa, especialmente, se destacou na apresentação com sua vibração e carisma. Na reta final, Felipe tentou criar um desnecessário clima de “suspense”. Enfatizou nos últimos dias que a decisão estava aberta. Chegou até mesmo a comentar que ocorreu uma alternância no dia de votação sobre quem seriam os vitoriosos. Na prática, isso não foi visto. Mais de 10% de distância entre o casal Furlan e Dhomini e Adriana.

Carol e Radamés já eram franco favoritos há dois meses. Muito dificilmente, o prêmio sairia das mãos deles. Carol demonstrou perspicácia no jogo. Inteligente. Utilizava argumentos coerentes. Derrubava os adversários com astúcia. Radamés compreendeu a visão de um reality show no pós-Fazenda. Evoluiu no “Power Couple”. Apareceu no jogo para ganhar espaço na edição. O clima festivo com Marcia Fu na grande final também merece ser destacada. “A Fazenda 15 “ vive.

Por outro lado, Dhomini demonstrou instabilidade emocional, especialmente no confronto com Carol em plena votação ao vivo. Palavras de baixo calão foram proferidas contra uma mulher em rede nacional. Pegou muitíssimo mal. De lá para cá, Adriana, basicamente, ficou com a missão de amenizar a imagem. Reverter a má impressão com as atitudes do marido que já tinha deixado uma imagem ruim no “BBB13”. Buscar uma rota mais apaziguadora. Nesse momento, Dhomini praticamente deixou até de falar. Adriana ficava com a palavra. Eles jamais foram os favoritos a vencer o reality. Isso precisa ser frisado, já que tentam construir essa narrativa em entrevistas pós-Power.

A sétima edição ficou marcada pelo confronto entre Carol e Radamés e Adriana e Dhomini. Os outros casais, basicamente, orbitavam ao redor dos dois casais. Talira e Pessina deixaram uma boa imagem. Casal harmônico.

Já Everton foi extremamente infeliz ao trazer considerações extrajogo sobre Victor Pecoraro e Rayanne Morais. Pecoraro é um ator que está há 20 anos na televisão brasileira. Passou muito do ponto em chamá-lo de “fracassado”. No último Quebra Power, insistiu em atacar o casal com narrativas que fogem das quatro paredes da mansão Power. Desperdiçou a oportunidade.

O público da Record emite sinais claros de cansaço com participantes que buscam “conflitos” e “barracos”. Ana Paula e Antony tentaram entrar em um caminho conflituoso com Carol e Radamés. Naufragaram na tentativa. Nat e Eike demoraram demais para saírem do programa. O ator não deixou uma imagem leve e descontraída no jogo.

Francine aparece como uma das decepções no “Power Couple Brasil 7”. Passou a imagem de “enferrujada” com a dinâmica dos realities ao ficar ao redor de Dhomini. A jovialidade de Bia e Gui pesou contra o casal. Faltou experiência. Já os mais “vividos” Cris e Kadu, Gi e Eros e Silvia e André passaram apenas pelo reality. Por fim, Gretchen e Esdras ficaram com a pecha de desistentes e Giovanna e Diego como os primeiros eliminados.

“Power Couple Brasil 7” agora passa o bastão para “A Fazenda 17”.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Televisão aparece em filme "Homem com H"

 

Olá, internautas

Nesta semana, fui ao Cine REAG Belas Artes e assisti Homem com H. O filme dirigido por Esmir Filho é uma cinebiografia de Ney Matogrosso. Da infância aos dias atuais. Em duas horas, o roteiro retrata diversas décadas do artista. Tarefa árdua.

A linha mestra, basicamente, é a relação conflituosa entre Ney e seu pai. Jesuita Barbosa, um dos principais atores da nova geração do cinema brasileiro, encarna o protagonista. Boa escalação.

O ator cresce com o desenvolvimento da história retratada. “Homem com H” reverencia um dos nossos principais artistas. Na realidade, toda a sua trajetória poderia ser contada em uma série. Muitas narrativas. Cazuza, Forças Armadas, a relação com o marido Marco de Maria, cenas de “amor intenso” e epidemia da AIDS ganham espaço no longa.

Dentro do nosso universo, o impacto de Ney Matogrosso aparece na televisão. Em suas inúmeras entrevistas, o artista sempre ressalta a enorme repercussão de seu videoclipe com o grupo Secos & Molhados exibido no “Fantástico” em 1973. Ele lamenta que tal momento foi apagado nos arquivos em um incêndio que acometeu a TV Globo anos mais tarde.

No filme, aparece a gravação do clipe, mas não há citação clara do “Show da Vida”. Em outro momento, o jovem Ney foi repreendido por um diretor que o orientou a não olhar para a câmera. O cantor tentou argumentar que olhava para o telespectador. Nesse bloco, a voz de Sergio Chapelin ecoou, provavelmente em uma edição do “Globo Repórter” que indagava o surgimento dos andróginos representado por Matogrosso. 

“Homem com H” é uma justa homenagem a Ney Matogrosso. Continuamos a valorizar o cinema brasileiro.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 7 de julho de 2025

"Guerreiros do Sol" mostra força em capítulo de estreia

 

Olá, internautas

Na última quarta-feira (02/07), a TV Globo exibiu o primeiro capítulo de “Guerreiros do Sol” no Espiadinha Globoplay. A novela escrita por George Moura e Sergio Goldenberg, com direção de João Gomez e Thomaz Cividanes, sob a direção geral e artística de Rogério Gomes, já está sendo veiculada no Globoplay Novelas, o antigo canal VIVA.

A trama demonstrou sua força no episódio de estreia. A produção, ambientada no sertão nordestino das décadas de 1920 e 1930, gira em torno do romance entre Rosa (Isadora Cruz) e Josué (Thomás Aquino). O clima do cangaço marca a produção. A trama inicia com cenas de forte intensidade. A morte de Idálio Bandeira (Daniel de Oliveira), pelas mãos de Rosa, dá o pontapé para a história retratada em 45 capítulos.

O primeiro capítulo, exibido pela TV Globo, envolve o telespectador com boa direção, boas atuações e bom texto. Três bases fundamentais para o êxito de uma telenovela. Passou, muito bem, o cartão de visita para o público.

Acompanho a produção no VIVA e tais características continuam no desenvolvimento da novela. Thomás Aquino, que vive o protagonista Josué, se destaca no ótimo elenco composto por nomes conhecidos, como Isadora Cruz, Alinne Moraes, Alice Carvalho, Nathalia Dill, Irandhir Santos e José de Abreu.

Segundo informações veiculadas pela imprensa especializada, “Guerreiros do Sol” ganhará ainda janela na TV Globo. Na realidade, poderia ser exibida neste segundo semestre na faixa que será ocupada pelo reality insosso “Estrela da Casa”.

“Guerreiros do Sol” é um verdadeiro oásis diante das produções recentes de teledramaturgia do canal.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 4 de julho de 2025

"Força de Mulher" alavanca Record com nova perspectiva

 

Olá, internautas

Nesta sexta-feira (04/07), “Força de Mulher” chegou ao fim na Record. A novela turca, baseada no drama japonês Womam, com roteiro de Hande Altaylı e direção de Merve Girgin e Nadim Güç, capturou a atenção do telespectador em seus 243 capítulos.

“Força de Mulher” abriu um novo horizonte para a emissora da Barra Funda. A produção dobrou a audiência do canal na faixa nobre. Oxigenou a imagem do canal com uma novela contemporânea. “Força de Mulher” demonstra a força da teledramaturgia da Turquia. Ótimos atores, ótima direção e ótimo texto. O sucesso da produção abriu a perspectiva de trazer outras obras turcas na programação recordiana.  

Diante do sucesso, a Record conseguiu entrevistar Özge Özpirinçci (Bahar Çeşmeli), Caner Cindoruk (Sarp), Bennu Yıldırımlar (Hatice), Feyyaz Duman (Arif) e Kübra Süzgün (Nisan) no “Domingo Espetacular”. Eles frisaram a repercussão positiva da novela em suas redes sociais, especialmente no Instagram. Ocorreu uma invasão brasileira nas postagens.

“Força de Mulher” trouxe um texto delicado com diálogos bem construídos. Ao mesmo tempo, cenas de tensão permearam a obra, especialmente na segunda temporada e transição para a terceira fase.   

A seguir, o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Bahar (Özge Özpirinçci): personagem muito bem construída. De fato, uma verdadeira protagonista que contou com a torcida do público. Nestes mais de 240 capítulos, sofreu. Chorou. Mostrou a força da mulher para criar os filhos em um ambiente sem recursos financeiros, mas repleto de amor. A atriz transmitiu os desafios da heroína através do olhar.  Linguagem universal. O monólogo de Bahar, após a morte de Sarp no hospital, demonstrou a potência e a intensidade da atriz em cena. Maravilhosa.

Sarp (Caner Cindoruk): o retorno de Sarp à sua família alavancou a novela. Ótimo ator que também transmitiu toda a angústia do pai de Doruk e Nisan, através do olhar e linguagem corporal. A cena no cemitério, quando cavou as “pretensas” covas de Bahar e seus filhos, é uma das mais fortes que já assisti em uma novela.  

Sirin (Seray Kaya): vilã que irritou e provocou repulsa no público, mas, ao mesmo tempo, envolveu com a sua humanidade e fraquezas. Ótima. Uma verdadeira antagonista.

Ceyda (Gökçe Eyüboğlu): a personagem que trazia um ar mais leve e descontraído à produção. Na reta final, formou um querido casal com Raif (Sinan Helvacı) que trouxe o olhar de uma pessoa com deficiência.

Arif (Feyyaz Duma): personagem mais difícil para a interpretação. Mocinho tímido que transmitia pelo olhar os seus pensamentos. Cativou o público. Missão cumprida.

Enver (Şerif Erol): personagem íntegro que sempre buscou o bem comum. Homem de valores que foi responsável direto até pela prisão de sua própria filha. Ético. Irrepreensível.

Doruk (Ali Semi Sefil): o mais querido da novela. Fofo ao extremo. No calor, adora sorvete. No inverno, fica com algodão doce.

Arda (Kerem Yozgatli): a novela trouxe o autismo através do filho de Ceyda. Muito emocionante o final do menino que conseguiu falar “mamãe e “avó” no último capítulo. História bem trabalhada com delicadeza.

PONTOS NEGATIVOS

Assassinato do Sarp: o público já tinha ficado machucado com a morte de Yeliz (Ayça Erturan). Eis que alguns capítulos para frente, Sarp morreu assassinado pelas mãos de Sirin. Exatamente em um período em que ele tinha finalmente encontrado a felicidade após conviver com a esposa e filhos que achava estarem mortos. Diante do triste desfecho, a novela até refluiu nos índices de audiência. Retomou o fôlego nas últimas semanas.

Jale: nas temporadas iniciais, uma atriz interpretou a médica. Na terceira, outra atriz entrou na produção e começou a viver a personagem. Ou será que fez cirurgia plástica? Mesmo com a troca, a personagem desapareceu da história. Estranhíssimo.

Dublagem: alguns dubladores falavam os nomes dos personagens em turco com diferente pronúncia. “Arîf” era “Hárif” na boca de outro. “Raîf” era “Rháif” para outro. Não ocorreu uma harmonização.  

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Encontro de Leda Nagle e Cissa Guimarães marca celebração de 40 anos do "Sem Censura"

 

Olá, internautas

Nesta terça-feira (01/07), “Sem Censura” festejou 40 anos na TV Brasil. A edição ficou marcada pelo encontro entre a atual apresentadora Cissa Guimarães e a icônica Lega Nagle que ficou por mais de 20 anos no comando da atração. Bruno Barros e Katy Navarro, que já lideraram o vespertino, também compuseram a mesa ao lado da jornalista Cristina Padiglione.

Leda revelou os entreveros que aconteciam nos bastidores com a ausência dos entrevistados até então confirmados. A apresentadora comentou que, nesses casos urgentes, sempre recorria aos atores que estavam em cartaz no Teatro Rival, próximo dos estúdios do canal no Rio de Janeiro. Katy ainda evocou que o “Sem Censura”, em seus primórdios, tinha quatro horas de duração.

Leda rememorou as constantes mudanças na cúpula da emissora pública que, em cada gestão, tinha uma percepção sobre os rumos do “Sem Censura” e lamentou que o programa não contava com uma expressiva divulgação pela então TVE.

“TV pública tem que viralizar”, defendeu Barros sobre os atuais cortes da atração nas redes sociais. Desde a retomada do formato original do “Sem Censura”, o programa reverbera e ganha repercussão expressiva nas mídias digitais.  

Bruno Barros e Katy Navarro relembraram ainda a fase da atração na pandemia do novo Coronavírus. Nesse período, as entrevistas ocorriam de forma remota. Os perrengues que aconteciam nas casas dos entrevistadores foram relembrados no bate-papo. “Resistência”, resumiu Katy.

Bruno recordou seu primeiro contato profissional com Leda. Disse que sonhava em trabalhar no “Sem Censura”, programa carro-chefe da TV Brasil, e conversou com a então apresentadora. Logo de cara, foi indagado sobre o seu signo e time. Leonino e flamenguista, foi contratado. O atual diretor do vespertino ainda imitou a voz de Leda Nagle e revelou que tinha trauma com a trilha do programa. Em sua infância, adorava Castelo Rá-Tim-Bum e, após o término do infantojuvenil, entrava o “Sem Censura” na programação e sua trilha de abertura. “Agora é hora dos adultos”, pensava.

Durante o programa que contou com uma plateia, a radialista Fabiana Cardoso, que era a telefonista do vespertino, relembrou os causos que aconteciam nas gravações. O contato com o público ocorria pelo telefone. Ela atendia, ao mesmo tempo, três aparelhos e anotava as perguntas e recados do público.

“Sem Censura” é um dos poucos programas diários que resiste na TV brasileira por décadas. Criou uma ligação afetiva com gerações diferentes de telespectadores. Nossos cumprimentos a todos os profissionais que construíram esse espaço democrático televisivo.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 30 de junho de 2025

"Falas de Orgulho" decepciona na TV Globo

 

Olá, internautas

Na última sexta-feira (27/06), a TV Globo exibiu “Falas de Orgulho”. O programa foi ao ar na faixa ocupada por “Tributo”. Após o “Globo Repórter”. Um bom horário. Apesar disso, o especial ficou bem abaixo da expectativa.

Neste ano, tentaram inserir humor na construção do roteiro. Em um tempo diminuto de meia hora de arte, “Falas de Orgulho” bateu todas as siglas em um liquidificador. Ritmo picotado sem aprofundamento algum. Esquetes compuseram a atração. Ceia de Natal com o tio do pavê. Cover de Xuxa tentando explicar o significado de cada letra da expressão LGBTQIAPN+. Um homem com o manual de heterotop. Falas em stand-up também entraram no especial.

Uma tentativa de brincar com os estereótipos, mas, no final, o especial ficou marcado justamente por todos esses estereótipos, como uma comunidade “colorida”, “alegre” e “feliz”. Até mesmo, usaram o verbo “assumir” que deveria ser evitado, pois detém uma conotação negativa. Normalmente, “assumir” é associado a algum crime.

E, por fim, o especial revelou, em uma “brincadeirinha”, que não teve tempo para destacar os assexuais. Deixaram de lado. Uma contradição com a própria programação da TV Globo que aborda a temática com o personagem Poliana, interpretado por Matheus Nachtergaele na nova versão de “Vale Tudo”.

O especial poderia ter abordado o envelhecimento da comunidade LGBT, tema que, aliás, pautou a edição deste ano da Parada realizada em São Paulo. 

A edição 2025 de “Falas de Orgulho” aparece como a pior de todas as franquias da série “Falas” iniciada em 2020. O programa não transmitiu alguma conscientização, novidade, emoção, nova perspectiva ou mudança na mentalidade do público que não faz parte da comunidade.

Fabio Maksymczuk