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quarta-feira, 18 de junho de 2025

SBT acerta com corte de "Eternamente Apaixonados"

 

Olá, internautas

O SBT já implementou a segunda etapa de alterações na programação. “Tá na Hora” sofreu redução na grade para comportar a estreia de duas atrações internacionais. O dorama sul-coreano “Meu Amor das Estrelas” e a novela mexicana “Eternamente Apaixonados” entraram entre “Fofocalizando” e o noticiário de Dani Brandi.

Com a nova estratégia, a emissora liderada por Daniela Beyruti sofreu uma queda nos índices de audiência. Isso já era esperado, principalmente com a produção da TelevisaUnivision. As telenovelas do México entraram em uma nova fase. As chamadas “novelas rosa”, que fazem sucesso no Brasil, deixaram de ser uma prioridade da nova direção do conglomerado mexicano. Com a entrada do sinal digital, as novelas mexicanas ganharam um estourado filtro na imagem. Todas essas razões ajudam a compreender o declínio das obras em nosso País.  

O SBT trilharia um caminho difícil com “Eternamente Apaixonados”. Por isso mesmo, o canal acertou em tirá-la logo do ar. E o mesmo deve acontecer com “As Filhas da Senhora Garcia”. A emissora deveria exibir apenas produções do México anteriores a 2018. Diante de tal quadro, já comentamos neste espaço que o canal tem como missão procurar opções em outros países.

Por isso mesmo, é louvável a aposta em doramas da Coreia do Sul. “Meu Amor das Estrelas” é um teste para verificar a recepção do telespectador brasileiro, em especial sbtista. A atração fica ao redor dos 2 pontos de média. Nesta semana, com o rearranjo da programação da TV Globo para encaixar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a nova aposta enfrenta a forte novela “A Viagem” da TV Globo. O ideal seria escapar do confronto direto com a faixa do “Vale a Pena Ver de Novo”.

Escrito por Park Ji-Eun e dirigido por Jang Tae-Yu, “Meu Amor das Estrelas” apresenta uma boa produção, filtro de imagem adequado e um roteiro bem construído. Na série, Min Joon vive há mais de 400 anos. É um alienígena. Nesta encarnação, ele é um professor universitário que se envolve com sua vizinha e também aluna Song-Yi.  Na dublagem, a personagem tem a mesma voz da Ceyda que horas mais tarde aparece na novela “Força de Mulher” pela Record. Isso deveria ser evitado.

Nesses primeiros episódios, não aparece com contundência uma forte discrepância entre as culturas brasileira e coreana. Mesmo assim, em um capítulo, a personagem foi criticada por usar própolis da Austrália. O telespectador brasileiro ficou sem entender tal observação. A permanência de “Meu Amor das Estrelas” no ar é um acerto.  

O mais adequado seria a entrada dos doramas após a reprise de “A Usurpadora”. Desse modo, “Fofocalizando” entraria na faixa das 16h30. “Tá na Hora”, em seguida, às 17h30.  Porém, essa observação tem prazo de validade com o retorno do “Casos de Família”.

Fabio Maksymczuk

domingo, 15 de junho de 2025

Love e Dance "moderniza" ideia de Em Nome do Amor

 

Olá, internautas

A Record estreou, recentemente, “Love & Dance” na programação dominical. O formato Flirty Dancing é da All3Media International, produzido no Brasil pela Teleimage, com direção geral de Marcelo Amiky e direção artística de Cesar Barreto. A atração apresentada por Felipe Andreoli e Rafa Brites ocupou a faixa horária destinada aos jogos do Campeonato Brasileiro e, excepcionalmente, por Quilos Mortais.

A nova aposta recordiana ficou ao redor dos 4 pontos de média. Deixou a emissora na terceira colocação na estreia e também na segunda exibição veiculada neste domingo (15/06). Não cumpriu o objetivo de garantir a segunda colocação.

“Love & Dance” reúne homens e mulheres que nunca se viram. No palco, após ensaiar a coreografia nos bastidores, encontram-se e dançam. Após a apresentação, cada um (a) revela se ficou interessado no (a) parceiro (a). Basicamente, é o mesmo mote do “Em Nome do Amor”, comandado por Silvio Santos, nos anos 90.

No programa do SBT, moças e rapazes dançavam no palco do SBT, após ficarem se bisbilhotando, através de um binóculo. Após a dança regada ao som de Julio Iglesias, o animador questionava: é namoro ou amizade?

Na terceira década do século XXI, essa ideia é embalada na estrutura de um talent show. Fica tudo grandioso em um espetáculo comentado por Marisa Orth e dois convidados. Neste domingo, a produção convidou Naldo e Mulher Moranguinho, mesmo com o retrospecto das duas personalidades midiáticas. No formato apresentado, o trio serve, basicamente, para nada. Igual à plateia que mal aparece na edição. Usam ainda um filtro exagerado na imagem que tira a naturalidade do que é visto na tela.

A grandiosidade do “Love & Dance” tira a simplicidade e a maior aproximação com o telespectador. O show camufla a ideia do “amor à primeira vista”. Menos é mais.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Leticia Colin e Eduardo Sterblitch se destacam em "Os Outros 2"

 

Olá, internautas

Na última quinta-feira (05/06), sem grande divulgação, a TV Globo exibiu o último episódio de “Os Outros 2”. Desta vez, a série criada e escrita por Lucas Paraizo com direção artística de Luisa Lima ganhou exibição dupla, a cada semana, na emissora platinada. A estratégia ajudou a impulsionar a história. No ano passado, apenas um episódio era levado ao ar por semana. Criava-se um grande hiato.

Por outro lado, a segunda temporada entrou na segunda faixa da programação, após a novela das nove. Isso redundou em perda de audiência. Não atingiu a casa dos dois dígitos. Em 2024, “Os Outros 1” sucedia “Renascer”.

Leticia Colin, que interpretou Raquel, surge como o maior ponto positivo da produção. A atriz conseguiu encarnar a figura de uma evangélica da classe média alta. Fez um retrato coerente. Eduardo Sterblitch permaneceu em ótima fase como o miliciano e agora vereador Sérgio. O ator consolida a imagem fora da comédia.

Na reta final de “Os Outros 2”, Sergio aparece assassinado. A famosa pergunta “Quem matou?” durou apenas um episódio. O roteiro não girou ao redor do mistério. A segunda temporada, basicamente, serviu de elo para uma terceira temporada. Marcinho (Antonio Haddad) continuou sendo o personagem mais inconveniente da trama.

Agora é aguardar “Os Outros 3”.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 10 de junho de 2025

Grupo Globo comete erro com fim do VIVA

 

Olá, internautas

Nesta segunda-feira (09/06), o canal VIVA deixou de existir na TV paga. Em seu lugar, o Grupo Globo resolveu criar o Globoplay Novelas. A nova estratégia da companhia irritou grande parcela dos telespectadores que já demonstra insatisfação nas redes sociais.

Em 2010, a entrada do VIVA agradou ao público que ansiava rever títulos históricos da TV Globo. O canal cumpriu sua missão ao resgatar novelas históricas, como “Pai Herói”, de 1979, séries de humor, programas infantis, como Sítio do Picapau Amarelo e Xou da Xuxa, programas de auditório, como Cassino do Chacrinha, primeiras temporadas do Big Brother Brasil, edições pioneiras do Mais Você, entre tantos outros marcos da emissora platinada. Uma programação variada e nostálgica.

O VIVA era um dos canais líderes de audiência na TV paga. Portanto, as trocas de nome e do perfil de programação não se baseiam nesses alicerces. Provavelmente, resolveram abolir o canal para fortalecer a marca do streaming. Funciona como uma filial do Globoplay. Globoplay Novelas focará somente no universo das telenovelas. Igual ao TNT Novelas que deve ter servido como inspiração. Apenas uma hipótese. Segundo informações ventiladas, as séries de humor poderão entrar no cardápio do Multishow.

Com tal pensamento (errático), sportv também poderá ser alterado para Globoplay Esportes. “Globonews” passaria a ser chamado de “Globoplay Notícias”. E assim por diante. Em um momento de transição pelo qual atravessa a televisão brasileira, a direção do Grupo Globo comete erros sucessivos. A abolição do VIVA é um deles.

A marca VIVA já estava consolidada. De acordo com alguns tuiteiros, “Globoplay Novelas” é uma “usurpadora”. O Viivinha que tinha uma atuação simpática no Twitter (sim, Twitter) já deixa saudade.

O Grupo Globo conseguiu irritar o seu assinante.

Fabio Maksymczuk

sábado, 7 de junho de 2025

Bacci estreia "estacionado" no SBT

 

Olá, internautas

Luiz Bacci se transformou em uma das apostas da direção do SBT para elevar os índices da faixa matutina. O apresentador obtinha bom desempenho no Kantar Ibope com o “Cidade Alerta”. Apesar disso, o público da Record não sentiu saudades do “menino de ouro”. O sucessor Reinaldo Gottino manteve o mesmo patamar de audiência com um estilo mais ágil e jornalístico na apresentação, conforme já descrevemos neste espaço.  

É bom lembrar que Bacci já saiu da Record em outra oportunidade para liderar o “Tá na Tela”, atração vespertina da Band, em 2014. O comunicador não conseguiu capturar o público de sua antiga emissora. A atração obteve baixos índices de audiência e ficou no ar por poucos meses. Retrospecto negativo. 

O mesmo fenômeno já aparece no “Alô Você”. Em duas semanas, Bacci sinaliza dificuldades de elevar a audiência do canal fundado por Silvio Santos. Ficou estacionado na casa de 2 a 3 pontos de média, mesmo desempenho obtido pela antecessora Dani Brandi que ocupava a faixa horária com o “Primeiro Impacto”.

Diferente do que acontece no “Balanço Geral” com o quadro específico “A Hora da Venenosa”, Felipeh Campos, nas primeiras edições do novo programa, ficou no ar o tempo todo ao lado de Bacci. O bloco dedicado ao “mundo dos famosos” deveria ser fixo em um determinado horário, não excedendo a 15 minutos no ar. “Fofocalizando” cumpre essa função na grade de programação.

O noticiário “mundo cão” não pode dominar a atração. O jornalismo de prestação de serviço com independência aos governantes locais deveria ser a linha editorial do “Alô Você”. Desse modo, há uma justificativa para o nome da atração, Alô Você. Ouvir o cidadão paulista. Esse ponto é fundamental diante da postura de Bacci, no Instagram, em postagens sobre o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

O estúdio é outro ponto que deveria ser melhor trabalhado. É amplo demais só com Bacci na tela (ou acompanhado de Felipeh e da delegada Raquel Gallinati).

“Alô Você” estreou sem impacto.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 4 de junho de 2025

"Toda Forma de Amor" ousa em cenário conservador

 

Olá, internautas

Em uma madrugada recente, tive a oportunidade de acompanhar a maratona de cinco episódios de “Toda Forma de Amor” no Canal Brasil. A série, dirigida por Bruno Barreto, traz narrativas ousadas em um país assolado pela onda conservadora.

A produção explora o universo LGBTQI+ em São Paulo. Romulo Arantes Neto interpreta Daniel, filho do pastor Alvim, vivido por Juan Alba. O religioso é um candidato a deputado federal que critica o “homossexualismo” e a “Bolsa Traveco”. Ao mesmo tempo, o rapaz é dono de uma boate voltada aos transexuais e fica envolvido com uma trans. Em uma das cenas, Romulo aparece em nu frontal numa cena de sexo anal.

A DJ Marcela (Gabrielle Joie) vive dilemas com sua mãe que não aceita a transição e também com seu namorado Jean (Gustavo Merighi) que rompe o relacionamento, após a trans decidir pela redesignação sexual. Ele deseja se casar com um rapaz.

Já Paulo (Eucir de Souza) é um homem casado com uma mulher, mas sente o desejo incontrolável por usar calcinha e roupas femininas. Durante os episódios, ele encontra coragem para viver o seu lado crossdresser. Sua esposa fica revoltada quando o vê depilado.

A história tem como um dos núcleos centrais um serial killer que mata travestis. O investigador Pedro (Alexandre Cioletti) fica responsável pelos casos, ao mesmo tempo que enfrenta uma crise conjugal com Clara (Christiana Ubach), uma mulher andrógena que sente atração sexual pela terapeuta Hannah (Guta Ruiz).

Em uma terapia de casal, a psicóloga revela o envolvimento entre elas. Cenas de masturbação no banheiro e em um restaurante ganham espaço na série. “Dizem que as lésbicas são ótimas com a língua. Ela te chupou muito? Te enfiou quantos dedinhos lá dentro?”, indaga o marido. Em outro momento, Pedro revela que só faz sexo anal com sua esposa, já que a imagina sendo uma “mulher com pau”. O texto da série é direto e sem meandros no linguajar.

Segundo informações ventiladas pela mídia, ocorreu um condensamento de sete para cinco episódios. Desse modo, o roteiro de Marcelo Pedreira fica acelerado. Rapidamente, Daniel, que tinha aversão absoluta por travestis, resolve transar com Marcela. Além disso, o último episódio deixa claramente brechas para uma segunda temporada que, desde 2019, não saiu do papel.

Em um país cada vez conservador, dificilmente o projeto será concluído. No atual cenário, "Toda Forma de Amor" não deve ganhar janela na TV aberta. Mesmo assim, o público que acompanhou a obra aguarda o desfecho da história. 

Fabio Maksymczuk

domingo, 1 de junho de 2025

Tiago Leifert fortalece SBT

 

Olá, internautas

Neste sábado (31/05), o SBT exibiu a grande final da UEFA Champions League. A goleada por 5 a zero sobre a Inter de Milão consagrou o Paris Saint-Germain do brasileiro Marquinhos. Tiago Leifert liderou a transmissão do SBT que alcançou momentos de liderança.

Para marcar o almejado topo no ranking da audiência, o jornalista imitou o som do sino. Na mesma semana, Tiago também já tinha conquistado o primeiro lugar nos índices com a eliminação do Corinthians da Copa Sul-Americana.  

Como já analisado neste espaço, jornalismo e esporte se transformaram em verdadeiros pilares de sustentação dentro do atual cenário da televisão aberta brasileira. Exatamente, as duas bases mais frágeis da história de 43 anos do SBT. Por isso mesmo, a emissora colhe agora a falta de investimento nas duas áreas.

Para reverter o quadro, a emissora presidida por Daniel Beyruti adquiriu direitos de transmissão de alguns eventos futebolísticos. Apesar disso, faltava uma equipe de profissionais que trouxesse a nova linguagem do jornalismo esportivo para o canal.

A contratação de Tiago Leifert, dentro desse contexto, é um acerto. O jornalista é um dos responsáveis diretos pela nova fase na TV aberta. Agora no papel de narrador esportivo, Leifert cumpre a missão em adotar o seu próprio estilo na condução da cobertura. Imita ninguém. Não grita. Não berra. Basicamente, ele traz a leitura jornalística sobre a partida de futebol. Narra os lances do jogo com o olhar de um jornalista.  

Leifert fortalece a imagem institucional do SBT. Um profissional que engrandece o elenco da emissora fundada por Silvio Santos.

Fabio Maksymczuk  

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Formato envelhecido compromete retorno do "Bom Dia & Cia"

 

Olá, internautas

Nesta semana, o SBT iniciou a nova programação matinal. Um dos destaques é o retorno do “Bom Dia & Cia” que estreou originalmente em 1993 com Eliana. Os programas infantis bombavam na televisão. De TV Cultura a TV Manchete. Ficou 28 anos no ar.

Após um hiato, a emissora resgatou novamente o programa em 2023. Ficou pouco tempo no ar devido aos baixos índices de audiência. Agora em 2025, “Bom Dia e Cia” volta com Patati Patatá no comando. Nas primeiras edições, a dupla de palhaços não demonstrou fôlego no Kantar Ibope. Oscila na casa de 1 a 2 pontos.

Na estreia, “Rádio Patati Patatá” com músicas, “Parque Patati Patatá” com esquete sobre a profissão de arqueólogo e brincadeiras com o público rechearam o programa que também contou com desenhos animados de uma nova geração. Na edição desta quinta (29/05), a estrutura já foi modificada.

Desenhos mais tradicionais, como Scooby Doo e Tom e Jerry, apareceram ao lado das brincadeiras que também contaram com a participação dos pais agraciados pelos produtos Jequiti. Melocoton, que estreou em 1994 ao lado de Eliana, também retornou ao “Bom Dia & Cia”. Ganhou mais espaço com as charadas durante a semana.

Na coletiva de imprensa da nova programação do SBT, Silvia Abravanel revelou que deseja que as crianças voltem a brincar de amarelinha. Daniela Beyruti ressaltou que os pequenos estão largados no digital. Essa é a visão da alta cúpula sbtista. Um desejo pelo retorno ao universo da infância de décadas atrás.

O “Bom Dia & Cia” liderado por Patati Patatá entra nesse contexto. É um formato de infantil da primeira metade dos anos 90. Só que já estamos na terceira década do século XXI. A emissora deveria dialogar com as crianças do novo milênio com um programa inserido nesse contexto. O saudosismo de uma era não dialoga com os telespectadores mirins da chamada geração alfa. Diante do cenário atual da nossa televisão, o SBT poderia criar um programa matutino voltado para essas crianças, mas que abracem todos os públicos.

Além disso, Patati e Patatá inserem uma mensagem religiosa no encerramento do infantil. “Muito obrigado, Senhor Jesus, por mais um dia de alegria” e “Agradecer a Deus com Patati Patatá” aparecem no desfecho. Isso fortalece a impressão deixada pela nova direção de se enveredar em um caminho evangelista que não integra o DNA do canal fundado por Silvio Santos.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 27 de maio de 2025

TV Globo inicia "Operação Salva Vale Tudo"

 

Olá, internautas

Como já era previsto antes mesmo da estreia (e conforme analisado meses atrás neste espaço), a nova versão de “Vale Tudo” enfrenta dificuldades para elevar os índices de audiência da TV Globo. Agora, a trama adaptada por Manuela Dias fica atrás do “Jornal Nacional”, “Dona de Mim” e até “Garota do Momento” no Kantar Ibope com frequência.

Boatos que envolvem os bastidores da produção arranham ainda mais a imagem da novela das nove. Bella Campos e Cauã Reymond teriam entrado em atrito durante as gravações da obra. Para amenizar o clima, neste fim de semana, o ator participou do “Altas Horas”. Reymond revelou as dificuldades em sua vida pessoal que enfrentou até chegar à TV Globo. Perrengues em Nova York, bullying em sua adolescência e preconceito por sua mãe ser portadora do vírus HIV entraram em suas falas com Serginho Groisman.

No dia seguinte, Bella Campos apareceu no “Domingão com Huck”. Falou sobre a sua reação com as críticas que recebe pela atuação na novela, além de seu recente passado com dificuldades financeiras. A direção da TV Globo, nitidamente, tentou humanizar os seus contratados para comover o público.

Além disso, no “SP1”, Renato Goes, que interpreta Cesar, e Malu Galli, que vive Tia Celina, participaram do telejornal paulista. Depois, Goes e Malu partiram para a Avenida Paulista e Liberdade, respectivamente, para entrar em contato com o público. É interessante notar que a TV Globo tenta atrelar o ator a São Paulo, mesmo com o acentuado sotaque pernambucano do artista. Foi assim na novela “Família É Tudo” quando interpretou um paulista e agora em “Vale Tudo” com Ivan que saiu também de São Paulo para o Rio de Janeiro.   

Já o "SP2" e rádio CBN, braço radiofônico do Grupo Globo, destacaram o crescimento expressivo de pedidos de pensão alimentícia à Defensoria Pública, após uma ação veiculada na novela com a personagem Lucimar (Ingrid Gaigher) que acionou Vasco (Thiago Martins) na instituição pública.   

A “Operação Salva Vale Tudo” entrou em ação com dois meses no ar. Vale tudo para tentar alavancar a novela das nove. Porém, é necessário lembrar que o planejamento da obra está alicerçado em bases erradas. O sinal vermelho continuará aceso.

Fabio Maksymczuk

domingo, 25 de maio de 2025

"Domingão com Huck" vive ótimo momento com Carlos Alberto de Nóbrega

 

Olá, internautas

Neste domingo (25/05), “Domingão com Huck” viveu mais um ótimo moimento na tela da TV Globo. O dominical reverenciou uma das personalidades mais longevas da TV brasileira. Carlos Alberto de Nóbrega recebeu uma bonita homenagem no palco da emissora platinada.

Moacyr Franco protagonizou o momento mais emocionante da noite. Sozinho na gravação, disse que estava ao lado de Carlos Alberto, através das fotos apresentadas de icônicos personagens do humorístico do SBT, como Velha Surda (Roni Rios), Simplício, Mendigo Nobre (Borges de Barros), entre tantos outros.

Raul Gil também participou do especial ao resgatar os primeiros passos de Carlos Alberto ao lado de Manuel de Nóbrega. “Domingão com Huck” estava mais com a cara do SBT do que o próprio SBT naquele momento. Além de “Vovô Raul” e Carlos Alberto, Livia Andrade também estava na atração. Momentos antes da homenagem, Huck ostentou uma “barra de ouro” avaliada em 1 milhão de reais no Familhão.

O apresentador revelou que planejou homenagear o apresentador de “A Praça É Nossa” durante cinco anos. Agradeceu à TV Globo por permitir o momento. No final da atração, todos os filhos de Carlos Alberto se reuniram no palco para reverenciar o pai com 89 anos.

“Domingão com Huck” acertou o tom no especial. Personalidades que construíram a televisão brasileira devem sempre ser homenageadas em vida. Luciano Huck, mais uma vez, quebra as barreiras entre as emissoras e demonstra maturidade à frente desses especiais.

Fabio Maksymczuk  

sexta-feira, 23 de maio de 2025

FABIOTV no 1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas promovido na USP

 

Olá, internautas

Nesta quinta-feira (22/05), fui à Universidade de São Paulo para acompanhar o “1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas” promovido pela Superintendência de Comunicação Social da USP com apoio da Rádio e TV Cultura e da Rede Universitária de Rádios Brasileiras (Rubra). O evento que debateu adaptação tecnológica, sustentabilidade financeira, independência política e ameaças institucionais teve a coordenação do professor da ECA-USP Eugênio Bucci com organização de Verônica Poli, da SCS, e da doutoranda da ECA Gislene Nogueira.

Elcio Ramalho, chefe da redação brasileira da RFI (Rádio França Internacional), destacou que o grupo France Médias Monde aparece numa estrutura espalhada pelo mundo em 16 línguas (especialmente africanas, como mandenkan, fulfulde, hauçá e sualli, em lugares com expressiva desinformação). Defendeu que as emissoras públicas devem ir até onde o público está e adaptar-se à linguagem de hoje em dia. A transformação digital do conglomerado é uma premissa para ampliar a difusão da informação, seja no Instagram, X, WhatsApp ou podcast, com a preocupação de informar, explicar e compartilhar experiências. “Não pode deixar o terreno para os bárbaros. Devemos conviver com as bolhas”, defendeu Ramalho.

A chefe de Desenvolvimento de Mídia e Mídia em Emergências da Unesco, Mirta Lourenço, enfatizou que as emissoras públicas devem trabalhar com a diversidade de perspectivas e incentivar a inclusão cultural para que a democracia funcione. De acordo com Mirta, há uma concorrência pelo tempo de atenção, já que o consumo de mídia é fragmentado em diferentes plataformas. Ainda dentro dessa visão, o público fica em nichos, o que fortalece crenças, preconceitos e polariza a sociedade. “Reduz o nível de conhecimento e cai a qualidade em debates”, citou.

As emissoras públicas deveriam manter a sociedade unida, trazendo diversidade de opiniões com informação correta para sustentar a democracia. “A comunicação pública deve criar conteúdo diverso em diferentes canais de divulgação e não conteúdo por afinidade. Ir à campo e ficar menos no estúdio. Difusão junto às pessoas para que elas confiem na mídia. Conexão com os cidadãos. Jornalismo de ação”, enumerou. Mirta ainda demonstrou preocupação com o financiamento das emissoras públicas oriundo do governo na América Latina. “Não tem liberdade. Afeta a credibilidade junto ao público”, frisou sobre a perda de confiança.

A representante da Unesco defendeu que é necessário ampliar a audiência com conteúdo de qualidade, verificado, com pluralidade de opinião e proximidade. A mídia pública deveria ter uma programação linear e não linear, seja em podcast ou streaming, para aumentar a distribuição do material produzido e engajar as novas gerações, até mesmo entrar em comunidades do Discord.

Já o editor público da PBS – Serviço Público de Radiodifusão (EUA), Ricardo Sandoval-Palos, diferenciou as expressões informação errada e desinformação. A primeira remete a uma falha do jornalista. Já a segunda redunda na intenção proposital para submeter o interesse de alguma notícia a algum grupo e moldar a opinião pública por autocratas e ditadores, inclusive com o uso da inteligência artificial. Sandoval defendeu que a confiança é mais importante que a objetividade. Revelou que a mídia mais confiável nos Estados Unidos é um canal de previsão de tempo.

As emissoras públicas devem ser sempre próximas ao público em um diálogo aberto e transparente. A PBS, por exemplo, produz documentários investigativos que são editados em uma mídia e, ao mesmo tempo, todo o material bruto fica disponível na plataforma online. Responde mensagens, através do Linkedin, Bluesky, Facebook e X, além de promover encontros presenciais com a audiência, até em pequenas cidades estadunidenses. “Confiança e engajamento para enfrentar os autocratas”, resumiu.  

O diretor geral do Canal 22 (Televisión Metropolitana S.A de C.V) no México, Alonso Millán Zepeda, destacou que a decisão de contar histórias não é neutra. “Contém ideologia.... Devemos politizar a cultura e culturalizar a política”, acredita. “Nossa tela é um espelho social... TV com e para o povo”, bradou. Zepeda disse que o canal deve contar as histórias dos mexicanos, especialmente das mulheres indígenas. “TV é uma fábrica de lembranças”, observou.  

A superintendente de Comunicação da Universidade Federal de Sergipe, Maíra Bittencourt, revelou que, no Brasil, existem 730 emissoras públicas (universitárias, estaduais, municipais, Empresa Brasil de Comunicação, legislativas e outras educativas). Defendeu um porcentual obrigatório de publicidade institucional de governo em emissoras de comunicação pública, além de assegurar instâncias de participação social com uma política editorial clara, valorização da comunicação hiperlocal e segmentada e promoção da curadoria de conteúdo em épocas de saturação de informações. 

Por fim, o administrador executivo da Televisão de Moçambique – TVM, Sergio Marcos David Matusse, explanou o panorama da comunicação pública em Moçambique. Disse que a Rádio Moçambique, herdada da era colonial, e a TV Moçambique, que era estatal, se transformaram em públicas na nomenclatura, mas a estrutura permanece.  “Os espaços do telejornal continuaram os mesmos dos tempos de estatal...A natureza do orçamento é a mesma da época de estatal”, observou.

Matusse revelou que, mesmo com a entrada de grupos privados na mídia televisiva nos anos 2000, a TV e Rádio Moçambique são as únicas, de fato, nacionais e presentes em todas as regiões do país. O executivo observou que, após a quebra do monopólio, a audiência migrou para a concorrência, especialmente com a aquisição de telenovelas da TV Globo pelo Grupo Soico.  

O moçambicano disse ainda que, mesmo não sendo estatais, o setor privado mantém uma estreita relação com o Estado, inclusive a mídia “comercial”. Citou que não há alternância de partido no poder, desde a independência de Moçambique em 1975, e não há uma alteração de percepção sobre comunicação pública.    

O 1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas rendeu bons debates sobre o atual ecossistema informacional que passa por profundas mudanças com a revolução tecnológica. Além disso, é um mais espaço que tenta distinguir os campos das mídias pública, governamental e estatal.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 20 de maio de 2025

FABIOTV na Coletiva de Imprensa do Lançamento da Nova Temporada do "MasterChef Brasil"

 

Olá, internautas

Nesta terça-feira (20/05), acompanhei a coletiva de imprensa do lançamento da nova temporada do “MasterChef Brasil” na sede da Band em São Paulo. O evento reuniu Henrique Fogaça, Helena Rizzo, Diego Lozano e a diretora Marisa Mestiço. Erick Jacquin encaminhou um vídeo, já que se encontra atualmente na França.

A saída de Ana Paula Padrão permeou o evento. Os jurados assumirão a missão de comandar o talent show. De acordo com Fogaça, o acesso aos participantes ficou mais facilitado pelo contato direto. Sem intermediação.

Marisa disse que teve acesso a grandes nomes da televisão e bem interessantes do meio artístico para suceder a jornalista na apresentação. Apesar disso, em outros países, não há a figura de apresentadora na atração. “Será que vale a pena?”, indagou ao pensar em uma nova comandante para o talent show. “Foi uma decisão muito acertada”, acredita sobre o novo rumo. A diretora enfatizou que a saída de Ana Paula foi planejada. 150 pessoas estão envolvidas direta e indiretamente na produção do “MasterChef Brasil”.

“Tivemos que se envolver mais com o roteiro, as dinâmicas das provas e as regas. Exige mais atenção. O nosso foco é a comida para manter a imparcialidade”, ponderou Helena. A chef ainda defendeu a ideia de que o MasterChef Brasil é um programa educativo. “Como se faz um bife direito.. um arroz... Traz soluções para a casa”, observou.

Neste ano, três versões do MasterChef Brasil ocuparão a grade da programação da emissora do Morumbi: amadores, confeiteiros e celebridades. Lozano disse que havia apenas uma edição de confeitaria da marca em outros países (Austrália).

O confeiteiro revelou que não participa da seleção dos desafiantes. “Os talentos ocultos e não ocultos dão a cara à tapa”, realçou ao defender a ideia de que o sucesso do formato é a realidade. “Mostra as fragilidades dos participantes em um clima de pressão”, frisou.  Fogaça confirmou que não participará da versão Confeitaria. Preferiu ficar com os filhos durante as férias em julho, período da gravação do talent show.  

No final da coletiva, após uma indagação se é mais fácil ficar ao lado de um cozinheiro bonzinho, mas que cozinha mal, ou de uma pessoa “encrenqueira”, mas que cozinha bem, Marisa sentenciou: “o importante é a gastronomia”. Fogaça não fugiu da pergunta e respondeu: “O MasterChef educa” sobre a personalidade “difícil” de alguns concorrentes. Em outro momento, Helena expôs que o MasterChef não “levanta bandeira”, após ser indagada sobre o ativismo animal que critica o menu proposto durante a competição.  

Além do tradicional horário das 22h30 às terças-feiras, a nova temporada ganhará reprise no horário alternativo das 16 horas aos domingos na Band. “MasterChef Brasil 12” estreará na próxima terça-feira (27/05).

Agradeço o convite da assessoria de imprensa da Band. Sempre é um prazer conhecer os bastidores da TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 16 de maio de 2025

FABIOTV na Coletiva de Imprensa da Nova Programação do SBT

 

Olá, internautas

Nesta quinta-feira (17/05), acompanhei a coletiva de imprensa da nova programação do SBT na sede da emissora em Osasco (SP). O evento, comandado brilhantemente por Gabriel Cartolano e Gaby Cabrini, apresentou as novidades da grade que entrarão no ar a partir de 26 de maio.

A presidente do SBT, Daniela Beyruti, reforçou a ideia de que o canal passará pelo processo de reposicionamento. “É colocar o SBT de volta na sua essência”, frisou. O retorno do “Bom Dia & Cia” com Patati Patatá é uma das iniciativas. Ficará na faixa das 9 horas às 11 horas. “Não é captação de verba publicitária. É um dever. As crianças estão largadas no digital”, defendeu o Superintendente de Negócios, Marketing e Comercialização da emissora, Vicente Varela. Há ainda a ideia do desenho animado “Turma do Silvinho”.


A contratação de Luiz Bacci também marca a estratégia. O apresentador, “de volta para a sua casa”, comandará o “Alô Você” das 11 horas às 13 horas. Segundo o “menino de ouro”, o título do programa surgiu da boataria na internet com a sua contratação. De acordo com tais especulações, ele apresentaria o “Alô Bacci”. Gostou da ideia e fizeram a adaptação. Originalmente, chamaria “SBT São Paulo”, mas, caso aconteça algum rearranjo, a atração poderá ser veiculada para outras praças pelo Brasil.

Mesmo com o discurso do resgate do DNA, chamou a atenção o bloco matutino de fé de cinco minutos que será protagonizado pelo evangelista Deive Leonardo no “Bom Dia Esperança”. Mensagens de cunho religioso não integram a história de 43 anos do canal. Esse caminho “evangelizador” já aparece em outras atrações do canal e será abordado brevemente neste espaço.

“A Caverna Encantada” será remanejada para a faixa das 13h45. De acordo com Daniela, a faixa das 21 horas é inadequada. “As crianças dormem cedo”, observou. Em seu lugar, entrará a mexicana “As Filhas da Senhora Garcia” no horário nobre. “Vamos dar um reset com as novas produções das produções da Televisa”, frisou a executiva. Sempre é bom lembrar que as tramas atuais do canal mexicano entraram em uma nova fase e estilo que raramente repercutem na programação sbtista, vide o que aconteceu com “Meu Caminho é Te Amar”.

Dentro da proposta de resgate, “SBT Repórter” é outro programa que reaparecerá na grade de 2025. A presidente anunciou que Silvia Abravanel será apresentadora do jornalístico quando a pauta abordar o universo do entretenimento. Ideia inusitadíssima e até absurda. Cesar Filho apresentará, a princípio, a atração com pautas jornalísticas.  

Daniela reforçou que a atual grade de programação ficou baseada na concorrência, mas agora reconstruirá os laços com o telespectador. “Programa do Ratinho” entrará mais cedo, a partir das 21h45. A linha de shows iniciará às 22h45. Às segundas-feiras, estreará “No Alvo” que receberá convidados polêmicos e ”gente que não tem medo de falar”, como Pablo Marçal e Leo Dias.

O novo “Aqui Agora”, às 18h30, com Macedão (Felipe Macedo) e Dani Brandi, ganhará uma versão repaginada com personagens irreverentes e linguagem bem-humorada. Antes, às 17h45, entrará a novela “Eternamente Apaixonados”, um “verdadeiro dramalhão mexicano”.

Ainda dentro da faixa vespertina, o SBT apostará em doramas que, durante a coletiva, foram caracterizados como voltados para as famílias brasileiras. Às 16h45, irá ao ar “Meu Amor das Estrelas”. Mais cedo, também na faixa da tarde, às 14h45, Christina Rocha reaparecerá na tela do SBT com o seu tradicional “Casos de Família”, programa que saiu do ar com baixos índices de audiência diante do desgaste do formato. A apresentadora ressaltou que será com a sua “versão raiz” e que não alcançará, nesse primeiro momento, 10 pontos nos índices de audiência. “Já estamos acostumados com a guerra... É um processo”, frisou.

Daniela Beyruti fez questão de enaltecer o programa “Fofocalizando” que, segundo a executiva, era o último programa na atual grade com o DNA legítimo do SBT. “Tirar sarro de si mesmo. Era o ponto de referência. Alegria”, observou. Permanecerá às 15h30.

O objetivo da filha de Silvio Santos é resgatar o clima do SBT do fim dos anos 80. Durante o encontro com os jornalistas, um VT histórico com a chamada “Quem Procura Acha Aqui” que apostava em um clima esfuziante liderado pelos grandes comunicadores do canal simboliza o que atual direção busca com as novas diretrizes da programação. “Quero ser uma boa companhia”, sintetizou.

Por fim, Daniela Beyruti revelou que, com o recente desencarne de seu pai e fundador do SBT, a emissora alterou o slogan de “TV mais feliz do Brasil” para “TV mais querida do Brasil”. Sua mãe, Iris Abravanel, dentro desse clima da dor do luto, dará uma pausa na criação de telenovelas.

Agradeço o convite da assessoria de imprensa do SBT. Sempre é um prazer acompanhar os bastidores da TV brasileira.  

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 13 de maio de 2025

Clara Moneke se destaca em início morno de "Dona de Mim"

 

Olá, internautas

“Dona de Mim” é a nova aposta da TV Globo para a faixa das sete e oito da noite. A novela criada por Rosane Svartman com direção artística de Allan Fiterman e direção geral de Pedro Brenelli traz um ar mais leve em comparação à antecessora “Volta por Cima”.

A história basicamente destaca Leona (Clara Moneke), que tem sua vida transformada pela relação com Sofia (Elis Cabral), de sete anos. A relação da babá com uma menina espevitada remete, de alguma forma, à novela mexicana “Meu Coração É Teu” que alcançou êxito no SBT.

Clara Moneke é o maior destaque do elenco. A atriz irradia carisma no vídeo ao protagonizar a trama. Um acerto na escalação, após ter brilhado em “Vai na Fé”. Humberto Morais, que interpreta o lutador Marlon, também chama a atenção positivamente. Mesmo sem grande experiência em telenovelas, o ator transmite segurança na produção. O personagem integra o núcleo religioso da novela que se encaixou harmonicamente, até aqui, com o restante da obra.  

Por outro lado, “Dona de Mim” estreou com um ritmo morno. Não há grandes conflitos e personagens cativantes que despertassem, nesses primeiros capítulos, um maior envolvimento do público. Abel (Tony Ramos) é um homem rabugento. Filipa (Claudia Abreu) é uma mulher em crise de identidade. Jaques (Marcello Novaes) é um empresário desprovido de escrúpulos. Davi (Rafael Vitti) e Samuel (Juan Paiva) são irmãos com personalidades antagônicas.  

O “novelo” ainda pode ser desamarrado. É apenas uma impressão inicial. Rosane Svartman é responsável por grandes êxitos na faixa horária, como “Totalmente Demais”, Bom Sucesso” e “Vai na Fé”. Pelo retrospecto da autora, “Dona de Mim” tende a crescer.

Fabio Maksymczuk  

sábado, 10 de maio de 2025

Homenagem à Gloria Menezes mostra força de "Tributo"

 

Olá, internautas

A TV Globo voltou a exibir os episódios de “Tributo”, após o “Globo Repórter”, nas noites das sextas-feiras. A mais recente edição mostrou a força da série documental que valoriza os profissionais que construíram a televisão brasileira.

Em um episódio emocionante, Gloria Menezes teve a sua história reverenciada como a primeira grande estrela das telenovelas no Brasil. Aos 90 anos, a atriz relembrou seus momentos mais marcantes na TV, teatro e cinema. Sua participação no filme O Pagador de Promessas ganhou destaque.

Tony Ramos e Claudia Raia enalteceram a importância da atriz para a teledramaturgia brasileira. Já Tarcisio Filho deu o tom mais familiar na edição, inclusive sobre o momento do desencarne do seu pai.

Sandra Annenberg também apareceu no episódio e deu o seu testemunho sobre o amor do casal que ficou junto por 60 anos. A jornalista surpreendeu ao revelar que morou com Gloria e Tarcisio Meira durante um ano. Sandra revisitou sua carreira de atriz em uma peça de teatro protagonizada pela homenageada e na série Tarcisio e Gloria.

Personagens marcantes de Gloria surgiram no especial, como a inesquecível Ana Preta, de Pai Herói. Realmente, Gloria sobressaiu na obra icônica de Janete Clair. Tive a oportunidade de assistir à novela no Viva (comentaremos em breve neste espaço sobre o encerramento equivocado do canal).

“Tributo” em homenagem à Gloria Menezes só reforça o contraste negativo com a atual renovação no quadro de atores e atrizes da TV Globo.

Fabio Maksymczuk