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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Leticia Colin e Caio Castro brilham em "Novo Mundo"



Nesta segunda-feira (25/09), “Novo Mundo” chegou ao último capítulo. A novela das seis da TV Globo, assinada por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com direção geral de Vinicius Coimbra, teve o grande mérito de enaltecer a figura da Imperatriz Leopoldina. Muitos poucos brasileiros conheciam a importância da figura histórica que permanece escondida nos livros escolares.

Nos capítulos especiais sobre a Independência, muitos ficaram chocados em saber que foi a então princesa regente Leopoldina que assinou o decreto da Independência do Brasil. Na prática, ela tem a mesma dimensão histórica de Dom Pedro I. “Novo Mundo” acrescentou repertório sobre o nosso passado aos telespectadores.

Leticia Colin brilhou ao viver Leopoldina. Sempre destacamos neste espaço que a TV Globo deveria catapultar atrizes que conquistam reconhecimento em outras produções, como coadjuvantes, em protagonista das novelas das seis. E isso aconteceu com Leticia. Ela aproveitou a oportunidade e surgiu como a maior destaque da novela.

Caio Castro, que sempre se destacou em seus trabalhos na TV Globo, mais uma vez chamou a atenção. O ator tinha a consciência da importância do personagem em sua carreira e personificou Dom Pedro I com entrega total. O sotaque português poderia ter sido menos carregado, mas isso não tirou o brilho de sua interpretação.

Aliás, o diretor poderia ter trabalhado melhor a miscelânea de sotaques dos personagens que povoaram “Novo Mundo”. Criou-se um grande ruído na produção inteira.

Chay Suede, como Joaquim, e Isabelle Drummond, no papel de Anna, traziam um ar mais leve à produção. Aparecem também como outros destaques positivos da novela. Em contraponto ao casal, os autores construíram um texto pesado no restante da obra. “Novo Mundo” não foi uma novela leve. Clima soturno. Não foi uma produção “solar”, adjetivo da moda.

Mais uma vez, a TV Globo “aprontou” na escalação de atores em determinados personagens. Na anterior “Sol Nascente”, de triste memória, Luis Melo foi transformado em japonês. Agora, Rodrigo Simas surgiu como “índio”. Estranhíssimo.

“Novo Mundo” agora cede espaço para “Tempo de Amar”.


Fabio Maksymczuk

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