Nesta segunda-feira (25/09), “Novo Mundo” chegou ao último
capítulo. A novela das seis da TV Globo, assinada por Thereza Falcão e
Alessandro Marson, com direção geral de Vinicius Coimbra, teve o grande mérito
de enaltecer a figura da Imperatriz Leopoldina. Muitos poucos brasileiros
conheciam a importância da figura histórica que permanece escondida nos livros
escolares.
Nos capítulos especiais sobre a Independência, muitos
ficaram chocados em saber que foi a então princesa regente Leopoldina que
assinou o decreto da Independência do Brasil. Na prática, ela tem a mesma
dimensão histórica de Dom Pedro I. “Novo Mundo” acrescentou repertório sobre o nosso
passado aos telespectadores.
Leticia Colin brilhou ao viver Leopoldina. Sempre destacamos
neste espaço que a TV Globo deveria catapultar atrizes que conquistam
reconhecimento em outras produções, como coadjuvantes, em protagonista das
novelas das seis. E isso aconteceu com Leticia. Ela aproveitou a oportunidade e
surgiu como a maior destaque da novela.
Caio Castro, que sempre se destacou em seus trabalhos na TV
Globo, mais uma vez chamou a atenção. O ator tinha a consciência da importância
do personagem em sua carreira e personificou Dom Pedro I com entrega total. O
sotaque português poderia ter sido menos carregado, mas isso não tirou o brilho
de sua interpretação.
Aliás, o diretor poderia ter trabalhado melhor a miscelânea
de sotaques dos personagens que povoaram “Novo Mundo”. Criou-se um grande ruído
na produção inteira.
Chay Suede, como Joaquim, e Isabelle Drummond, no papel de
Anna, traziam um ar mais leve à produção. Aparecem também como outros destaques
positivos da novela. Em contraponto ao casal, os autores construíram um texto
pesado no restante da obra. “Novo Mundo” não foi uma novela leve. Clima
soturno. Não foi uma produção “solar”, adjetivo da moda.
Mais uma vez, a TV Globo “aprontou” na escalação de atores
em determinados personagens. Na anterior “Sol Nascente”, de triste memória,
Luis Melo foi transformado em japonês. Agora, Rodrigo Simas surgiu como
“índio”. Estranhíssimo.
“Novo Mundo” agora cede espaço para “Tempo de Amar”.
Fabio Maksymczuk
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