Olá, internautas
Nesta quinta-feira (16/08), acompanhei a mesa redonda sobre
a série Carcereiros no “XIII Seminário Internacional do Observatório
Ibero-Americano de Ficção Televisiva (OBITEL)” promovido na Universidade de São
Paulo (USP). Os autores da trama, Fernando Bonassi e Marçal Aquino, apresentaram
o case ao lado da Head de Curadoria de Conteúdo da Globo, Leonora Bardini, em
debate mediado pela jornalista e roteirista Bianca Ramoneda.
Logo no início, Leonora explicou que Carcereiros foi
lançada, originalmente, no Globo Play, antes mesmo da estreia na TV Globo. O
Grupo busca expandir o conteúdo televisivo nas diferentes telas. De acordo com a
executiva, as plataformas se retroalimentam. “É um grande ecossistema, diversas
janelas. Primeira tela. Segunda tela”, ponderou.
Ela ressaltou que não ocorre uma canibalização ou diminuição
da atratividade e da audiência com o lançamento das séries em outros veículos, antes
da TV aberta. “Isso é mito que já foi quebrado”, frisou. “A história pode
impactar mais gente. Há um público que rejeita a TV aberta e a série encontra esse
público em outras plataformas”, explicou. “Nunca se assistiu tanta TV como agora.
Não é só TV em tubo ou LED. Está em todo lugar”, salientou.
Aquino ressaltou que “Carcereiros” é uma obra inspirada livremente
no livro de Drauzio Varella, mas que a série foi criada do zero. “O livro é composto
de esquetes”, explicou. Bonassi completou ao comentar que o seriado foi criado
com cada episódio independente do outro com início, meio e fim. “É diferente da minissérie com um capítulo interligado
ao outro”, disse.
Aquino revelou que a duração de “Carcereiros” foi o maior
desafio dos roteiristas. “É igual jogar futebol de salão com anões”, brincou. O
roteirista salientou que tinha que apresentar o problema, desenvolvê-lo e
solucioná-lo em apenas 20 minutos. E ainda havia os depoimentos reais que foram
inseridos na produção.
Aquino aproveitou a oportunidade para analisar a figura do
roteirista. Ele explicou que agora o profissional deve acompanhar a edição dos
episódios. “Antes, nós apenas íamos ao set para tirar foto com os atores e
mostrar para a mãe”, zombou. “A figura do roteirista hoje é muito valorizado”, comentou.
Aquino revelou que a segunda temporada de “Carcereiros” não
previa a inclusão dos depoimentos reais dos agentes penitenciários, mas que
isso foi modificado diante da repercussão positiva dos telespectadores.
No encerramento do debate, Bonassi traçou um paralelo entre
novelas e séries. “Nós vivemos com a sombra negra das novelas”, disparou. O
roteirista explicitou que defende a inserção de novas linguagens na
teledramaturgia da TV Globo ao fugir do melodrama, elemento característico das
telenovelas, carro-chefe da emissora. “Nós continuaremos a disputar com
Venezuela, México e Turquia ou ampliar novos mercados externos?”, indagou.
Agradeço o convite do Centro de Estudos de Telenovela da
USP. É um prazer acompanhar as discussões no meio acadêmico.
Fabio Maksymczuk
Que legal, Fabio!
ResponderExcluirFoi legal! Abs
ExcluirCrio que deve ser bem interessante!
ResponderExcluirVotos de feliz findi!
Bjs no core amigo!
Bjs, Diná. Visitarei o blog
Excluir