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sábado, 13 de abril de 2019

Turma da gaiola acovarda no "BBB19"


Olá, internautas

Um dos pilares da teledramaturgia é o conflito entre os personagens. Regra básica para o sucesso dos folhetins. Como sempre ressaltamos neste espaço, o “Big Brother Brasil” aposta, há quase 20 anos, na edição telenovelizada.

Porém, desta vez, a turma do “BBB19” fugiu dos confrontos, o que tirou fôlego da atração nestes longos três meses. Isso se deve, basicamente, às últimas duas edições “barulhentas” de realities de confinamento. No “BBB18”, ex-brothers e ex-sisters saíram chamuscados, com rejeição elevadíssima e, por consequência, não conseguiram bons trabalhos do lado de fora da casa. Já em “A Fazenda 10”, o clima de nitroglicerina imperou no confinamento em Itapecerica da Serra. Desse modo, muitos também saíram rejeitados, principalmente do elenco feminino, como Ana Paula Renault, Gabi Prado e Luane Dias.

Com esse recente retrospecto, o elenco do “BBB19” fugiu dos confrontos e de uma possível rejeição. Porém, o tiro saiu pela culatra. Muitos participantes desta edição do reality da TV Globo decepcionaram.  Saíram sem deixar algum rastro e lembrança no telespectador. Não aproveitaram a oportunidade.

Claramente, a direção do “BBB19” apostou no confronto entre dois grupos. Durante o confinamento, um se autointitulou “gaiola”. O outro ficou com a pecha de “Villa Mix”. Porém, Danrley, Elana, Rodrigo, Gabi, Rizia e Alan “amarelaram”. Acovardaram-se no jogo. Não partiram para cima sobre frases infelizes ditas, majoritariamente, por Paula. Eles foram selecionados justamente para representar os “militantes” que defendem seus ideais. Decepcionante. Postura omissa.

A turma do “Villa Mix” conquistou rejeição por atitudes próprias. Gustavo e Diego são dois baluartes dessa equipe. Velhos perfis que já passaram pelo reality e não deixaram saudade. Em meio aos dois grupos, ficaram Paula e Hariany. A amizade das duas passou verdade no vídeo. Fenômeno semelhante ao que aconteceu no “BBB9” com Ana Carolina Madeira e Naná, a “neta” e a “vovó”, neste caso.

Além disso, a vitória de Paula surge em meio a um processo que vem desde o “BBB16”. Munik, Emilly, Gleici e agora Paula representam moças de 20 e poucos anos com ar frágil e doce no vídeo. Neste caso, a torcida de Paula é muito semelhante à de Emilly. Elas convenceram parte do público que estavam em meio a jogadores “inescrupulosos” e que eram “ingênuas” dentro da estrutura do jogo. “Precisamos ajudá-las. Estão sendo atacadas”.

Além disso, a questão “ariana” já tinha aparecido com Diego Alemão no “BBB7” (valorização do homem loiro “garanhão”) e com o próprio Marcelo Dourado que proferiu impropérios no “BBB10”. Não é um fenômeno isolado.

O “BBB19” fortalece o desgaste do formato do reality da TV Globo que vem desde o “BBB10”. O “BBB18” foi um ponto fora da curva nesta década que já apresentou edições opacas, como o “BBB14”, “BBB15” e agora o “BBB19”. Porém, o “BBB6” continua sendo a pior edição da história do reality.

Fabio Maksymczuk

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