Olá, internautas
Um dos pilares da teledramaturgia é o conflito entre os
personagens. Regra básica para o sucesso dos folhetins. Como sempre ressaltamos
neste espaço, o “Big Brother Brasil” aposta, há quase 20 anos, na edição
telenovelizada.
Porém, desta vez, a turma do “BBB19” fugiu dos confrontos, o
que tirou fôlego da atração nestes longos três meses. Isso se deve,
basicamente, às últimas duas edições “barulhentas” de realities de
confinamento. No “BBB18”, ex-brothers e ex-sisters saíram chamuscados, com
rejeição elevadíssima e, por consequência, não conseguiram bons trabalhos do
lado de fora da casa. Já em “A Fazenda 10”, o clima de nitroglicerina imperou
no confinamento em Itapecerica da Serra. Desse modo, muitos também saíram
rejeitados, principalmente do elenco feminino, como Ana Paula Renault, Gabi
Prado e Luane Dias.
Com esse recente retrospecto, o elenco do “BBB19” fugiu dos
confrontos e de uma possível rejeição. Porém, o tiro saiu pela culatra. Muitos
participantes desta edição do reality da TV Globo decepcionaram. Saíram sem deixar algum rastro e lembrança no telespectador.
Não aproveitaram a oportunidade.
Claramente, a direção do “BBB19” apostou no confronto entre dois
grupos. Durante o confinamento, um se autointitulou “gaiola”. O outro ficou com
a pecha de “Villa Mix”. Porém, Danrley, Elana, Rodrigo, Gabi, Rizia e Alan “amarelaram”.
Acovardaram-se no jogo. Não partiram para cima sobre frases infelizes ditas, majoritariamente,
por Paula. Eles foram selecionados justamente para representar os “militantes” que
defendem seus ideais. Decepcionante. Postura omissa.
A turma do “Villa Mix” conquistou rejeição por atitudes
próprias. Gustavo e Diego são dois baluartes dessa equipe. Velhos perfis que já
passaram pelo reality e não deixaram saudade. Em meio aos dois grupos, ficaram Paula
e Hariany. A amizade das duas passou verdade no vídeo. Fenômeno semelhante ao
que aconteceu no “BBB9” com Ana Carolina Madeira e Naná, a “neta” e a “vovó”,
neste caso.
Além disso, a vitória de Paula surge em meio a um processo
que vem desde o “BBB16”. Munik, Emilly, Gleici e agora Paula representam moças
de 20 e poucos anos com ar frágil e doce no vídeo. Neste caso, a torcida de Paula
é muito semelhante à de Emilly. Elas convenceram parte do público que estavam
em meio a jogadores “inescrupulosos” e que eram “ingênuas” dentro da estrutura
do jogo. “Precisamos ajudá-las. Estão sendo atacadas”.
Além disso, a questão “ariana” já tinha aparecido com Diego
Alemão no “BBB7” (valorização do homem loiro “garanhão”) e com o próprio Marcelo
Dourado que proferiu impropérios no “BBB10”. Não é um fenômeno isolado.
O “BBB19” fortalece o desgaste do formato do reality da TV
Globo que vem desde o “BBB10”. O “BBB18” foi um ponto fora da curva nesta
década que já apresentou edições opacas, como o “BBB14”, “BBB15” e agora o “BBB19”.
Porém, o “BBB6” continua sendo a pior edição da história do reality.
Fabio Maksymczuk
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