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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Globo vira RGB em "Nada a Perder 2"


Olá, internautas

No último sábado (17/08), fui ao Cinemark do Shopping Pátio Higienópolis e assisti “Nada a Perder 2”. O filme dirigido por Alexandre Avancini não mantém o mesmo vigor do “Nada a Perder 1”. Na realidade, a continuação da saga de Edir Macedo mais parece um telefilme.

Mesmo assim, o longa cumpre a sua missão em oferecer ao espectador a visão do bispo e da Igreja Universal do Reino de Deus sobre fatos que ganharam manchetes nos anos 90.

O famoso episódio do “chute na Santa”, que conquistou ampla repercussão na sociedade brasileira, chama a atenção. O filme tem a preocupação de retratar que o polêmico caso foi de responsabilidade única de um pastor. Edir Macedo estava nos Estados Unidos, bem longe da situação.  O desabamento da IURD em Osasco que provocou a morte de dezenas de fiéis também é relembrado.

O filme continua com a linha mestra de que a Igreja Católica e alguns políticos perseguiam a Universal.  Em conluio a eles, surge a RGB. É o momento mais interessante para este blogueiro. Macedo fica estarrecido ao ver um sutiã em cima da Bíblia e um pastor com uma mulher seminua. Muito desrespeito, bradou o líder religioso interpretado por Petronio Gontijo. O ator continua ótimo nesta continuação.

Evidentemente, em uma ilação, a RGB é a Rede Globo. E a minissérie retratada é “Decadência”, de Dias Gomes, que destacava o enriquecimento de um pastor com a exploração dos fiéis.  

“Nada a Perder 2” ainda relembra os famosos vídeos de Edir Macedo que ensinaria os pastores a conquistar dinheiro. O vazamento de tal material teria sido provocado por um ex-pastor que se rebelou contra o bispo.

Na sala de cinema, menos da metade de ocupação. No posto de venda, quase todos os assentos já estavam comercializados. No encerramento da sessão, um pastor da IURD tirou foto dos espectadores.

A guerra midiática entre Globo e Record permanece. A emissora da Barra Funda, recentemente, exibiu longas reportagens sobre a relação entre a Fundação Roberto Marinho e a Prefeitura do Rio de Janeiro, sob comando do ex-prefeito Eduardo Paes. “Nada a Perder 2” é mais uma peça dessa disputa.

Fabio Maksymczuk  

7 comentários:

  1. Eu acho que houve perseguição mesmo. O que é preciso é uma lei, separando doação pequena para as igrejas e grandes somas usadas pelo conglomerado. Se não o fazem é para proteger a igreja católica e o feitiço voltou-se contra o feiticeiro. Houve projeto de lei regulando isso mas morreu por pressão da igreja católica. Eu até acompanhei na época mas hoje não tenho mais paciência.

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  2. Nada a perder 1, Nada a perder 2! Não vi nenhum deles e nem li o primeiro que dizem ter batido record de vendagem . Mas gostaria de ter lido prá ver até onde vai a "cara de pau " do Edir prá justificar sua "riqueza. Abraços .

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  3. A Record gaba - se de promover o filme do fundador da IURD, mas não esquece essa obsessão pela Globo, coisa que a antiga TV Record não tinha, tudo coisa maluca da cabeça dos bispos.

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