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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

"A Fazenda 12" mistura sucesso com turbulência

 

Olá, internautas

A Record TV vibra com os índices de audiência conquistados pela décima segunda edição de “A Fazenda”. O reality show já garante a liderança isolada na média geral para a emissora da Barra Funda.

Fabio Porchat, que deixou a Record TV, sofre surras no IBOPE, de sua antiga casa, com o “Que História É Essa, Porchat?. Nesta mais recente edição, a atração recordiana registrou 16 a 9 pontos. É válido lembrar que o humorista garantia seu melhor desempenho no IBOPE com o efeito cascata vindo da “atração rural”. Sofre agora do efeito bumerangue. O que ajudou em um momento, agora volta contra. Renata Lo Prete sofre derrotas consecutivas com o “Jornal da Globo. ”A Fazenda 12” chega a conquistar o placar de 19 pontos a 7.  

Porém, há um outro lado da moeda que atormenta produção e direção do programa. Nesta semana, em especial, fatos negativos tiraram o brilho das conquistas. Um carro de som invadiu a vizinhança do sítio em Itapecerica da Serra onde ocorre as gravações. Os peões confinados ouviram a mensagem direcionada a MC Mirella que arranhou a sua imagem durante o reality. Segundo o conclama, a funkeira deveria se afastar de Biel e Juliano e confiar apenas em Stéfani Bays. E ela já emite sinais que atenderá tal solicitação.  Uma interferência externa que altera o jogo.  

Em sequência, Biel infringiu a orientação de Marcos Mion que pediu nenhum gesto ou comentário sobre o “poder da chama”. Durante a exibição ao vivo, o apresentador minimizou o comportamento do cantor durante a “formação da roça”. A gritaria foi gigante nas redes sociais. O programa teve que recuar e cancelou o poder dado pelo rapaz a Victoria Villarim.  

No dia seguinte, mais confusão. A prova que escolheria o novo fazendeiro da semana e a formação do trio que encararia a votação popular para eliminação enfrentou percalços. Um erro grave na soma dos pontos obtidos por Tays Reis, Jakelyne Oliveira e Lipe Ribeiro azedou de vez a relação com o telespectador. A votação teve que ser suspensa e a prova refeita ao vivo na noite desta quinta.   

Mion, visivelmente, ficou perturbado com as críticas e os erros da produção. Emocionou-se à frente das câmeras na noite da eliminação de “Vic”. O reality enfrenta sucesso com turbulência em meio aos cuidados gerados pela pandemia do novo Coronavírus.

Diante de tal situação, a emissora veio a público pedir desculpas em um Comunicado Oficial. “A produção de A Fazenda 12, o apresentador Marcos Mion e a Record TV pedem desculpas aos telespectadores, a quem acompanha o programa pela internet, por streaming e pelas redes sociais e também a todos que votaram pelo ocorrido”, ressaltou o informe.

Jojo Todynho e Biel continuam a polarizar o reality. O jogo flui com o olhar atento do telespectador. Erros primários de uma equipe que já experimentou 12 vezes o reality não serão minimizados.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

"Arena SBT" estreia com ar envelhecido

 

Olá, internautas

Nesta semana, a emissora de Silvio Santos estreou “Arena SBT”. O novo programa esportivo substituiu “Conexão Repórter”. O jornalístico de Roberto Cabrini era uma das melhores atrações da grade de programação. O veterano jornalista agora desembarca na Record TV para reforçar o “Domingo Espetacular”. SBT perde sua referência no jornalismo.

Logo na estreia, “Arena SBT” derrubou os índices de audiência. Garantiu singelos 3 pontos de média. Cabrini chegava a registrar o dobro O mau desempenho do esportivo contaminou até “The Noite” que amargou 2 pontos. Normalmente, Danilo Gentili fica ao redor dos 5 pontos.

“Arena SBT” surgiu na tela com ar envelhecido. É a velha mesa redonda que reúne os ex-jogadores Emerson Sheik e Cicinho, além do comentarista Mauricio Borges, o Mano,e  contou coma  presença do narrador veterano Téo José. Benjamin Back comanda a nova atração.

O estilo de apresentação de Benja relembrou Roberto Avallone em seu programa da TV Gazeta nos anos 90. Estilo ultrapassado. A TV Globo, em especial, descontruiu os esportivos e adota uma nova linguagem. Renovou o estilo. As outras emissoras, idem.

A mesa redonda “quadrada” com o roteiro que explora as polêmicas dos jogos em plena faixa da madrugada de segunda para terça enfrentará dificuldades para chamar a atenção do telespectador.

“Arena SBT” deveria ser exibido após a transmissão dos jogos da Libertadores. Além disso, seria necessário trazer uma nova geração de jornalistas esportivos que debata futebol com uma linguagem mais irreverente e menos engessada.   

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Suspenses empobrecem "A Tarde É Sua"


Olá, internautas

“A Tarde É Sua” é uma das atrações mais assistidas da RedeTV!. Porém, nas últimas semanas, o vespertino comandado por Sonia Abrão mais irrita que agrada o telespectador.

A apresentadora e seus auxiliares agora apostam nos “suspenses” que se arrastam por cerca de duas horas diárias. Nesta segunda-feira (26/10), por exemplo, o programa sugeriu o mistério “qual ator foi acusado de ter levado o novo coronavírus para Fernando de Noronha?”.

A ladainha fica misturada com as outras pautas do programa e os “merchans” comprimidos em uma duração menor do programa diante da propaganda política. Em plena era da instantaneidade das informações, “A Tarde É Sua” estica mistérios solucionáveis em poucos segundos.

O telespectador perde a paciência. O programa fica confuso com o roteiro desorganizado. Fala do mistério. Comenta algum “fuxico”. Volta para o mistério. Entra merchan. Outra notícia. Mistério. Merchan. Felipeh Campos, Vladimir Alves e Thiago Rocha tentam inflar o suspense. E Sonia insiste em atiçar a “curiosidade” do público com o enigma até o fim. Ar arrastado. Conteúdo empobrecido.  

Em plena temporada de sucesso de “A Fazenda 12”, a apresentadora, que sempre se notabiliza por comentar os realities, erra o foco. Além disso, cada vez mais, Sonia deixa a posição de apresentadora para se tornar uma mediadora do debate com o trio e os repórteres que aparecem em videochamadas.

O público gosta de acompanhar os posicionamentos da jornalista sobre o noticiário. Ela é a figura central do vespertino. E isso se esvai com o posicionamento equivocado da direção.

Fabio Maksymczuk

sábado, 24 de outubro de 2020

Huck segue rastro de Silvio Santos no Caldeirão

 

Olá, internautas

“Caldeirão do Huck” é uma das atrações da TV Globo que oferece conteúdo inédito de entretenimento. Agora, a atração conta com “Tem ou Não Tem o Jogo”, quadro importado e adaptado do formato Family Feud.

Huck bradou que a nova atração é “diferente de tudo que já foi feito durante os 20 anos” no programa da TV Globo. Basicamente, o game show conta com a participação de duas famílias que devem acertar as respostas mais populares dos brasileiros sobre determinado assunto, como “o que você guarda da infância do seu filho?” ou “quando você está sem fio dental, você substitui por qual item?”. A família vitoriosa sai com 30 mil reais. Não em barras de ouro....

Esse quadro “totalmente diferente” é um dos clássicos dos programas de Silvio Santos, pelo menos desde os anos 80. O animador sempre questionava as colegas de trabalho sobre as respostas que lideravam a preferência dos entrevistados. Já nos anos 2000, com os direitos legalmente adquiridos, comandou o “Family Feud” sem grande repercussão.

Na realidade, Luciano Huck segue o rastro do dono do SBT. Além do Family Feud, o apresentador da TV Globo comanda, no “Caldeirão”, o game “Quem Quer Ser um Milionário?” que nada mais é que o próprio “Show do Milhão”, ou seja, o paulistano comanda duas atrações que passaram pelos domínios sbtistas na emissora platinada.   

Huck não cai na armadilha de valorizar o sobrenome da família na competição. E isso é bom. Não faz parte da nossa cultura. Ele sempre ressalta a família de Belo Horizonte contra a família do Rio de Janeiro, por exemplo.

Mesmo com uma disputa amplamente conhecida pelo telespectador e sem novidade alguma, é louvável o esforço do “Caldeirão do Huck” em trazer conteúdo inédito ao público.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Jacquin aparece duplicado com "Minha Receita" na Band

 

Olá, internautas

A Band estreou, recentemente, “Minha Receita”. O novo programa é mais um esforço da emissora em oferecer conteúdo inédito ao telespectador em tempos da pandemia do novo Coronavírus.

A nova aposta do canal do Morumbi é mais uma atração do segmento de culinária na grade. Além do recente “The Chef”, matinal diário comandado por Edu Guedes, “Melhor da Tarde” com Catia Fonseca que também apresenta receitas nas tardes, e do próprio “MasterChef”, “Minha Receita” duplica a presença de Erick Jacquin na programação noturna. Ele já é figura proeminente na competição culinária às terças-feiras.  É bom lembrar que o francês já tem o seu programa solo, “Pesadelo na Cozinha”.

Em “Minha Receita”, o chef apresenta a atração que, na realidade, é um documentário sobre os pratos típicos da culinária brasileira. Na última quinta-feira (15/10), a boa edição resgatou aspectos históricos da galinhada. A criação do prato ainda no Brasil Colônia e as diferenças da guarnição em diferentes Estados no Brasil, como Minas Gerais, São Paulo e Goiás, ganharam destaque.  

Jacquin é o apresentador e fica confinado no estúdio. Ele dialoga com os repórteres por videochamada que descobrem as peculiaridades regionais. No final, cada galinhada preparada em cidades diferentes é degustada pelo chef que tem a missão de eleger o melhor. Por fim, Jacquin ensina o seu preparo.

Em “tempos normais”, “Minha Receita” poderia servir como substituto do “MasterChef”, até mesmo apresentado por Paola Carosella ou Henrique Fogaça. Porém, dentro do atual panorama, é válido o esforço em produzir uma atração inédita, mesmo que repita o filão já abundante na programação. 

Fabio Maksymczuk

domingo, 18 de outubro de 2020

Reprise de "Haja Coração" reedita dobradinha com "Totalmente Demais"

 

Olá, internautas

Na última segunda-feira (12/10), “Haja Coração” retornou à programação da TV Globo. A novela adaptada por Daniel Ortiz com direção artística de Fred Mayrink e direção geral de Teresa Lampreia sucede a reprise de “Totalmente Demais” que terminou, mais uma vez, como grande sucesso.

A emissora reedita a dobradinha original. Em 2016, após o encerramento da trama de Eliza (Marina Ruy Barbosa) e Jonatas (Felipe Simas), o canal apostou em “Haja Coração”.  Naquela oportunidade, funcionou. A nova trama, inspirada em Sassaricando, manteve os índices de audiência da antecessora. Porém, sem a mesma repercussão.

Neste ano, o VIVA resgatou Sassaricando. O telespectador poderá acompanhar, ao mesmo tempo, a obra original e o “remake”. Uma rara oportunidade. Sassaricando é uma das minhas primeiras lembranças concretas de telenovela. Um autêntico sucesso em 1987.

“Haja Coração” terminou com as histórias paralelas sobressaindo ao núcleo central liderado por Mariana Ximenes e Malvino Salvador. No final da reprise, publicaremos o balanço final divulgado em nosso antigo espaço no UOL.

A TV Globo, mais uma vez, deixou de lado a reprise de “Ti Ti Ti” que alcançou significativos índices de audiência e repercussão junto ao público. Perdeu essa oportunidade. E até ocorreu uma campanha pelo Twitter para sensibilizar a cúpula da emissora que não atendeu a esse pedido.

“Haja Coração” não é uma das novelas de destaque da década, mas também não aparece entre as piores, como o remake de “Guerra dos Sexos”. É o mesmo caso de “Flor do Caribe”. Novelas “solares” que alcançaram êxito no IBOPE em suas exibições originais, mas sem deixarem profundas marcas no imaginário afetivo do grande público.

Fabio Maksymczuk  

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

TV Brasil entra na guerra midiática

 

Olá, internautas

Nesta semana, um fato inusitado remexeu a TV brasileira. A TV Globo não exibiu a vitória do Brasil por 4 a 2 sobre o Peru em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de futebol masculino. A emissora sofre alguns reveses em direitos de transmissão de eventos esportivos.

A partida com o selecionado liderado por Neymar não teria espaço na televisão. Seria apenas exibido por streaming e na internet. Eis que a TV Brasil apareceu na jogada. Meia hora antes do início do jogo, a assessoria de comunicação da emissora pública divulgou comunicado sobre a transmissão pelo canal.

A TV Brasil começa a sinalizar que também buscará a alcunha de “canal do esporte”. Já transmite jogos da Liga Nacional de Futsal e partidas da Série D do Brasileirão, além de contar com esportivos na grade de programação.

Durante a transmissão, a postura do narrador André Marques chamou a atenção. Ele fez questão de mandar um abraço especial ao presidente Jair Bolsonaro. O locutor frisou que o mandatário da Nação estava assistindo ao jogo pela TV Brasil. O comentarista Marcio Guedes lembrou, nesta cobertura, que Bolsonaro torce pelo Palmeiras em São Paulo e Botafogo no Rio.

E não parou por aí. No intervalo do confronto entre brasileiros e peruanos, a TV Brasil exibiu o bloco “Governo Agora” com o noticiário sobre o presidente Bolsonaro e do ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, em tom positivo.

No segundo tempo, André Marques mandou outros abraços especiais ao secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, presidente da CBF, Rogério Caboclo, secretário-geral da CBF, Walter Feldman (ex-deputado do PSDB) e novamente a Bolsonaro.  

O futebol agora está sendo usado na guerra midiática que aparece como pano de fundo (ou de frente) durante o governo Bolsonaro. Na Argentina, o esporte dos boleiros foi usado no governo Cristina Kirchner para fins políticos. Reflexão. 

A transmissão registrou 3 pontos de média, índice recorde de audiência conquistado pela TV Brasil, mas muito abaixo dos 30 pontos que seria o padrão alcançado pela TV Globo.  

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

"Sob Pressão - Plantão Covid" humaniza estatísticas da pandemia


Olá, internautas

Nesta terça-feira (13/10), a TV Globo exibiu o último episódio de “Sob Pressão – Plantão Covid”, escrita por Lucas Paraizo e dirigida por Andrucha Waddington. A série é a melhor produção de teledramaturgia exibida pela TV Globo nesta década. Texto primoroso. Direção impecável. Elenco brilhante.

O especial que retratou os desafios encarados pelos profissionais de saúde em plena pandemia do novo Coronavírus humanizou as frias estatísticas lidas diariamente nos telejornais. Marcio Gomes sempre informa o “placar” de mortos, curvas ascendentes ou descendentes de infectados, além de dados por Estados no “Jornal Nacional”. O telespectador, já anestesiado com o bombardeio desse noticiário, acompanha 1000 mortes por dia, mas fica distante do real sofrimento espalhado pelos hospitais do nosso País.  

“Sob Pressão – Plantão Covid”, através da teledramaturgia, capturou esses índices e trouxe para a tela o drama encarado por médicos, enfermeiros e demais profissionais que lutam pela vida.

Além disso, os pacientes infectados pela enfermidade, retratados na série, sensibilizaram também o telespectador. Neste segundo episódio, um rapaz, que curtia as festinhas em plena pandemia, contraiu a Covid-19 e contagiou sua irmã. Ela morreu nas mãos da doutora Carolina (Marjorie Estiano) que ficou desolada.  

Marjorie, mais uma vez, sobressaiu na série. A cena emblemática que misturou, em sua face, o sorriso para tirar a foto do crachá e o olhar desolador com o drama vivido pelo seu companheiro, doutor Evandro (Julio Andrade), e de toda a situação enfrentada na unidade hospitalar, demonstra a magnitude da atriz.

“Sob Pressão – Plantão Covid” conscientizou o público sobre o que ocorre nos hospitais pelo mundo afora. Missão cumprida.

Fabio Maksymczuk  

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Ar blasé marca estreia de "Simples Assim"


Olá, internautas

No último sábado (10/10), a TV Globo estreou “Simples Assim”. Angélica retorna, após alguns anos fora da programação, em seu antigo horário. O afastamento da apresentadora ainda provoca indagações no telespectador que por décadas acompanhou a trajetória da loira no vídeo. 

“Estrelas” era um programa agradável. Sem grandes pretensões filosóficas. Um bom bate-papo entre a apresentadora e o artista. Esse programa poderia ter sido “retocado” e permanecido na grade.  

Já o “Simples Assim” segue a cartilha dos livros de “autoajuda”. Reflexões. No início da nova aposta da emissora platinada, Angélica entrevistou pessoas de 15 a 80 anos sobre a trajetória de vida de cada fase. 

Depois, a apresentadora tentou solucionar o conflito de um casal que há 25 anos mora um distante do outro. O marido vive em São Paulo. Já a esposa fica em Franca. A pandemia da Covid-19 resolveu o imbróglio. Moram agora em Franca. 

Por fim, surgiu o melhor momento da estreia. Diversas pessoas de diferentes perfis deram conselhos a si próprios quando se visualizavam mais jovens em fotos no telão. 

No geral, o ar blasé tomou conta do programa. O objetivo é esse mesmo. Passar um momento suave ao telespectador. Dentro desse contexto, “Estrelas” não deveria ter saído do ar. 

Fabio Maksymczuk 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

"Hora do Faro" sofre reestruturação em guerra dominical


Olá, internautas

A guerra dominical ocorre atualmente com a disputa pela vice-liderança entre Eliana e Rodrigo Faro. Neste ano, a atração do SBT tem levado a melhor com certa regularidade. Diante de tal quadro, Faro, que conquistava a almejada segunda colocação, reestruturou totalmente o seu programa.

Quadros que abusavam do “chororô” foram extintos. Em seu lugar, os peões eliminados de “A Fazenda 12” ficam por cerca de três horas em “A Fazenda – Última Chance”. Uma trupe de jornalistas e ex-participantes do reality sabatina o eliminado. O jornalista Leo Dias lidera os entrevistadores.

O quadro é longo, principalmente com peões que apenas passaram por Itapecerica da Serra, como Fernandinho BeatBox, JP Gadêlha e Rodrigo Moraes, este último com menos tempo com o quadro por conta da cobertura do enésimo casamento de Gretchen.

Um fato grave ocorre dentro desse contexto. As opiniões do entrevistado, que já toma ciência da repercussão do público, entram no confinamento. Faro informa os adjetivos nada lisonjeiros ditos pelo ex-companheiro de confinamento. Uma clara interferência externa no jogo.

Faro também transformou o programa “Canta Comigo”, sob batuta do saudoso Gugu Liberato, em novo quadro de seu dominical. Agora com participantes entre 9 e 16 anos. “Canta Comigo Teen” reúne 100 jurados naquele mesmo painel das duas temporadas anteriores. A aglomeração incomoda visualmente no vídeo em tempos de pandemia da Covid-19. Ticiane Pinheiro cobre os bastidores da disputa musical. A apresentadora reencontra o seu antigo colega de trabalho dos anos 80 no “Canta Comigo Teen”. Os dois cantavam no grupo Ultraleve.  

Mesmo com a reformulação do dominical, Rodrigo Faro permanece com a mesma postura à frente das câmeras. O apresentador não passa naturalidade no palco. Deveria se preocupar menos em transmitir a imagem de “bom moço”. Ficar mais solto e descontraído. Até aqui, Eliana continua na segunda colocação isolada.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Claudete Troiano estreia com ar desgastado na RedeTV!

 

Olá, internautas

Nesta segunda-feira (05/10), “Vou Te Contar” estreou na RedeTV!. Claudete Troiano encaixotou o “Tricotando” que se transformou em quadro da nova atração, ainda com Ligia Mendes.

O novo programa das manhãs de Dallevo e Carvalho oscila entre 0,2 e 0,3 ponto nos índices de audiência. Claudete disputa décimo a décimo com suas antigas casas, TV Gazeta e TV Aparecida. Começou mal.

“Vou Te Contar” já surge com ar desgastado no vídeo. É o mais do mesmo. Quadro de culinária misturado com entrevistas de médicos e fofocas embolado em uma série de “merchans”. Os produtos Sidney Oliveira aparecem a todo instante na atração. Ao contrário do pretendido, o empresário fica com imagem arranhada junto ao público por “interromper” o andamento dos quadros.

Claudete interage ainda com Luis Ernesto Lacombe que traz ao vivo as chamadas do “Opinião No Ar”. A veterana apresentadora já percebeu que o momento é uma verdadeira “casca de banana”.

Na estreia, Clau tinha comentado que, nas escolas públicas, os alunos precisam levar até papel higiênico e indagou como essas escolas vão disponibilizar álcool em gel. Logo em seguida, Lacombe defendeu ardorosamente o retorno das aulas presenciais nos estabelecimentos de ensino. Claudete fugiu da polêmica.

“Vou Te Contar” deveria reinventar o esquema-padrão dos programas femininos. Trazer algum elemento novo ou embalado como novidade. Uma inversão de horários entre o “Vou Te Contar” e “Opinião No Ar” poderia ser estudada.

Fabio Maksymczuk

domingo, 4 de outubro de 2020

"Os Campeões de Audiência" enaltece 70 anos da TV brasileira

 

Olá, internautas

Neste domingo (04/10), a TV Cultura exibiu o terceiro e último episódio de “Os Campeões de Audiência”, atração dirigida por Henrique Bacana que celebrou os 70 anos da TV brasileira.

A produção reuniu ícones que construíram a história do veículo que diverte, emociona e informa o brasileiro. Regina Duarte, Tony Ramos, Lima Duarte, Betty Faria, Susana Vieira, Lucelia Santos, Malu Mader, Boni, Silvio de Abreu, Aguinaldo Silva, Pedro Bial, Tais Araújo, Carlos Alberto de Nóbrega, Tiago Leifert, Cassio Scapin, entre outros, concederam entrevistas que interligavam com as imagens dos arquivos televisivos.

Alguns momentos chamaram a atenção. Aguinaldo Silva defendeu que remake não faz sucesso. Por outro lado, Silvio de Abreu destacou o sucesso do remake de Éramos Seis. Visões antagônicas que evidenciam os bastidores da TV Globo.

Já Marcelo Tas ressaltou que “Rá Tim Bum” foi produzido numa época em que todas as apresentadoras infantis eram loiras e incluíram Eliana nesse momento. Ledo engano. Mara Maravilha já fazia sucesso no SBT e a “musa dos dedinhos” apareceu depois do Rá Tim Bum na programação infantojuvenil do “canal 4 de São Paulo”. Aliás, Mara poderia ter sido uma das entrevistadas do especial.

Em outro momento, Boni cutucou a TV Manchete, especialmente pelos direitos de transmissão do Carnaval do Rio de Janeiro adquiridos pela emissora de Adolpho Bloch. Com um olhar e fala sarcástica, comentou sobre o encerramento das atividades do canal que deixou saudades no telespectador. Desnecessário.

Boni jogou ainda a responsabilidade da não produção de Pantanal pela TV Globo nas costas do diretor Herval Rossano. Disse que o ex-diretor reprovou o projeto com a justificativa da temporada de “cheia” na região, o que impossibilitava as gravações.  E o ex-todo poderoso platinado não parou por aí.  “Eu acho programas de culinária um saco... Tiraria Ana Maria Braga da cozinha”, disparou o executivo.

A parte dos realities deveria ter ganho mais espaço na edição. É o filão que agita os telespectadores nestes últimos 20 anos. O programa poderia ter valorizado a primeira edição histórica da “Casa dos Artistas” e ter entrevistado a campeã Barbara Paz. O insosso PopStars com Tais Araújo ganhou até destaque neste pequeno bloco.  

No segmento esportivo, Cleber Machado foi muito feliz ao comentar que Silvio Luiz é muito mais que um narrador esportivo. Ele é um animador esportivo. A edição acertou ao destacar mais Luciano do Valle que Galvão Bueno.

Produzida de forma remota, “Os Campeões De Audiência” soube condensar o espírito da nossa televisão nestas sete décadas. Parabéns a todos os envolvidos nesta produção da TV Cultura.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

"Hebe" termina com missão cumprida

 

Olá, internautas

Nesta quinta-feira (01/10), a TV Globo exibiu o último episódio de “Hebe”. A série que homenageou a “madrinha da TV brasileira” terminou com a missão cumprida. A emissora platinada valorizou a comunicadora que por décadas entrou nos lares brasileiros.

O símbolo do SBT estourou na tela da TV Globo. A emissora não se preocupou em omitir a trajetória da estrela na concorrente. Até mesmo, o Grupo Globo inseriu chamadas da série nos intervalos comerciais em domínios de Silvio Santos. E o dono do SBT retribuiu a “gentileza” ao conclamar seus telespectadores a assistirem ao último episódio da produção na TV Globo.

Como já dito neste espaço, Andrea Beltrão construiu a sua própria Hebe. A interpretação superou as expectativas, já que a sua escalação fugiu do óbvio. Já Valentina Herszage sobressaiu ao interpretar a fase jovem da protagonista. Trabalho irretocável. Aliás, a série ganhou fôlego ao resgatar o passado de Hebe. Tal aspecto não apareceu no filme.

Aliás, o consumo de bebida alcoólica que ficou concentrado no longa-metragem diluiu-se no decorrer dos 10 episódios. A série também foi feliz ao não demonizar a figura do ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf, e a ligação da apresentadora com o malufismo. O ator Daniel de Oliveira também merece menção positiva ao ter interpretado Luis Ramos, um dos amores de Hebe.

Um ponto que poderia ter ganhado espaço na série foi a luta de Hebe pela maratona beneficente do Teleton. Além disso, a sua saída do SBT também foi omitida.

Mesmo assim, a série teve o mérito de valorizar uma das principais estrelas que ajudou a construir a história de 70 anos da televisão brasileira, desde o seu nascimento.

Fabio Maksymczuk