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sábado, 30 de janeiro de 2021

"Shippados" reúne personagens atípicos em conflitos folhetinescos

 

Olá, internautas

Nesta sexta-feira (29/01), a TV Globo exibiu o último episódio de “Shippados”. A série tinha o DNA dos autores Alexandre Machado e Fernanda Young. Personagens fora do padrão em situações nonsenses. Luis Lobianco e Clarice Falcão viveram os “naturistas” Valdir e Brita. Andavam nus para lá e para cá. Os genitais apareciam camuflados no vídeo.

Eduardo Sterblicht e Tatá Werneck protagonizaram a trama com os personagens Enzo e Rita. Sterblicht demonstrou, mais uma vez, que é um ator nato. Muito além da persona de um comediante. Tatá permaneceu com sua dicção acelerada. Em determinados momentos, ficava difícil compreender as suas falas.

“Shippados” tinha como um dos ingredientes abordar o mundo virtual, redes sociais e os relacionamentos pela internet e aplicativos. No decorrer dos episódios, tal aspecto ficou como pano de fundo. Perdeu fôlego. A série poderia ter destacado mais esse ambiente e a sua linguagem peculiar.

Mesmo com os personagens “fora da caixa”, a trama, na realidade, apostava em velhos elementos dos folhetins. A busca da mocinha Rita, oprimida pela mãe, por seu pai. Na realidade, Enzo e Rita eram irmãos? “Eu te amo” selou o desfecho.

“Shippados” termina como a última obra da autora Fernanda Young.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Demissão de Mion gera rebuliço na TV brasileira

 

Olá, internautas

Nesta quarta-feira (27/01), Flavio Ricco e Keila Jimenez informaram que a cúpula da Record TV resolveu rescindir o contrato de Marcos Mion para dar “novos ares” ao reality A Fazenda. Os dois jornalistas integram o grupo da emissora da Barra Funda. Até agora, a assessoria de comunicação da emissora da Barra Funda não emitiu Comunicado Oficial sobre a saída do apresentador.

Uma verdadeira bomba que agita os bastidores da TV brasileira. Esta semana começou com a informação de Ricco sobre a saída de Fausto Silva da TV Globo após 32 anos. Na realidade, Alessandro Lo-Bianco já tinha noticiado tal especulação no programa “A Tarde É Sua” em 2020.

As duas mexidas no xadrez televisivo geraram rebuliço nos bastidores. A Record TV agora terá que garimpar um apresentador (ou apresentadora) para “A Fazenda”. Mion não é insubstituível. O dilema é encontrar um bom nome. Apostas, neste momento, são as mais variadas.  

Angélica seria um ótimo nome para apresentar A Fazenda, mas isso esbarra nas pretensões eleitorais do marido. Rodrigo Faro, que já comandou a temporada de verão, sem sucesso, é um dos mais cotados. Otaviano Costa é um nome que também circunda a boataria (seria errado também).

Há os defensores de Sabrina Sato, já que ela pertence a esse universo com sua passagem pelo BBB3. Ou Adriane Galisteu que se encontra fora da TV. Luiz Bacci e Geraldo Luis também surgem nas especulações. Há um nome, pouco ventilado, que seria uma boa aposta: Fernanda Gentil. A jornalista encontra-se desprestigiada na TV Globo, é carismática e poderia trazer, de fato, os “novos ares”.    

Já na TV Globo, há uma corrente que vê Mion como sucessor de Luciano Huck. O apresentador do Caldeirão deverá deixar a emissora platinada em julho. Outros afirmam que “Mionzera” deverá ocupar a vaga de Faustão. E alguns defendem que o apresentador assumirá o “BBB22” e Tiago Leifert será o sucessor de Fausto na guerra dominical.

Outros alardeiam que Tiago Abravanel comandará o Domingão na TV Globo. Há ainda especulações sobre Marcio Garcia e Xuxa na faixa de domingo. Ou Marcio Garcia como o novo apresentador do Caldeirão? E André Marques?

Os bastidores fervilham. Mion teve o mérito de fortalecer a propagação de “A Fazenda” na internet. Ele se transformou em um símbolo da maior interatividade das redes sociais com o reality rural. Primeira tela com segunda tela. Trouxe um público mais jovem e conectado. Porém, a função do apresentador, na realidade, é coadjuvante no desenvolvimento de “A Fazenda”. O mais importante do reality é a escalação do elenco e seus protagonistas.

Aguardemos os próximos capítulos.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

"The Voice +" apresenta desafio com jurados jovens

 

Olá, internautas

A TV Globo já estreou “The Voice +”. O talent show reúne concorrentes a partir de 60 anos. Uma boa ideia diante de um País que apresenta um número crescente de idosos na composição da sociedade. Infelizmente, muitos talentos não encontram espaço no mercado de trabalho e também na TV brasileira.

São poucos os atores e atrizes desta faixa etária que conseguem papel de destaque nas telenovelas. Cantores e cantoras, menos ainda. Por isso, é louvável que a atração valorize esses profissionais que batalham por décadas.

“The Voice +”, sob comando do competente André Marques, apresenta o desafio de reunir jurados jovens para avaliar os veteranos. Ludmilla, de 25 anos, Mumuzinho, de 37 anos, e Claudia Leitte, de 40 anos, julgam competidores com mais de 40 anos de carreira (mesmo fora do circuito do show business). Daniel, de 52 anos, retorna ao filão do “The Voice Brasil”.

O talent show da TV Globo poderia ter valorizado jurados mais experientes, como Wanderléa, Jorge Ben Jor, Alcione, Baby do Brasil, Djavan e Agnaldo Rayol. Teria sido mais interessante.

Fabio Maksymczuk

sábado, 23 de janeiro de 2021

Geraldo Luis sucede Gugu com "A Noite É Nossa"


Olá, internautas

Nesta quarta-feira (20/02), a Record TV estreou “A Noite é Nossa”. A nova atração de Geraldo Luis já iniciou na vice-liderança isolada. Derrubou o arquirrival Ratinho nos índices de audiência.

O apresentador estava afastado do vídeo, desde a eclosão da pandemia do novo Coronavírus. Retornou com um visual diferente. Com barba e calvície aparente. Geraldo ocupa a faixa horária antigamente ocupada por Gugu Liberato. Noite das quartas-feiras. E o saudoso comunicador tinha a mesma missão de derrotar o camundongo.

“A Noite é Nossa” começou com uma boa entrevista na mansão de Renato Aragão. Geraldo soube conduzir o bate-papo com o eterno trapalhão ao lado de sua esposa. Uma conversa agradável.

Depois, o apresentador recebeu, no palco de sua atração, o cantor do momento, Tierry, que entoou o hit Rita. O programa visitou Nilo Peçanha, cidade do interior baiano onde o artista morou. Mostrou sua antiga casa e entrevistou a sua mãe que, posteriormente, adentrou o estúdio da Record TV para abraçar o filho.  

“A Noite é Nossa” estreou com a premissa de resgatar elementos de outros programas de auditório. Até mesmo, um auditório com os pompons de Silvio Santos se fez presente na gravação. Desnecessário em tempos de pandemia e mais desnecessário com a participação quase nula desse público no desenvolvimento do programa. 

Há também um excesso de “personagens” no conjunto da nova aposta da Record TV. Silvio Santos cover, Rodolfo (do ET), Televizinha (assistente de palco oficial), anão Marquinhos, anã Juliana, Caroço (da dupla Caroço e Azeitona), Fabiola Gadelha e Celia Pinho (oi, meu borboletão) formam a trupe. Alguns apareceram de relance. Sem função.

Mesmo assim, “A Noite é Nossa” estreou com um bom programa. Gerou entretenimento ao telespectador.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

"Gênesis" estreia com boa perspectiva

 

Olá, internautas

Nesta terça-feira (19/01), a Record TV estreou “Gênesis”. A emissora promoveu uma intensa campanha de divulgação da nova novela assinada por Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro com direção geral de Edgard Miranda.

As produções baseadas nos textos bíblicos tiveram mais êxito no formato de minisséries e produzidas pela própria Record TV. O megassucesso “Os Dez Mandamentos“ alterou tal estratégia. Agora, as telenovelas assumiram a difusão da mensagem da Bíblia.

Após a terceirização para a Casablanca, o canal não colheu um grande sucesso nesta seara.  A visão da Igreja Universal do Reino de Deus ficou evidente nas novelas inspiradas nos textos do Novo Testamento, como Apocalipse e Jesus. Dialogou para um público específico. Evangélicos, especialmente do Neopentecostalismo. Não abarcou a grande massa de telespectadores de outras correntes religiosas.

“Gênesis” é do Velho Testamento. E o principal: a novela, na realidade, será uma junção de sete minisséries, formato que rendeu boas produções, como José do Egito e Rei Davi.  Neste primeiro capítulo, Adão (Carlo Porto) e Eva (Juliana Boller) ganharam amplo destaque. Igor Rickli já aparece como Lúcifer. O “anjo rebelde contra Deus” ganhou uma coloração semelhante ao Satanás vivido por Mayana Moura em “Jesus”.

Em tempos do “politicamente correto”, Adão poderá provocar ira nas feministas que ficarão ao lado de Eva. Os efeitos especiais apareceram dentro do contexto da obra. E não como algo espetacular. Isso é bom.

“Gênesis” começou com boa perspectiva. No entanto, a novela enfrentará o desafio de recontar histórias já exibidas recentemente pela própria emissora, como José do Egito, que agora será vivido por Juliano Laham, e o conflito entre Lia e Raquel, interpretadas anteriormente por Bruna Pazinato e Graziela Schmidt, respectivamente.

Fabio Maksymczuk   

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Melhores da TV: Confira os vencedores do Troféu APCA 2020




A APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte escolheu, em assembleia realizada nesta segunda-feira (18/01), os melhores de 2020 em dez áreas, entre elas a de Televisão.

As categorias escolhidas foram: Atriz, Ator, Dramaturgia, Programa, Humor e Destaque do Ano.

A data e formato da cerimônia de premiação serão divulgados assim que houver definição. A APCA ainda estuda a viabilidade desta entrega.  

Os ganhadores do Troféu APCA de 2020 de Televisão são: 

ATRIZ: Camila Morgado (Bom Dia, Verônica/ Zola Filmes-Netflix) e Tatiana Tiburcio (Especial Falas Negras/TV Globo) 

ATOR: Eduardo Moscovis (Bom Dia, Verônica/ Zola Filmes-Netflix) 

DRAMATURGIA: Bom Dia, Verônica (Zola Filmes-Netflix) 

PROGRAMA: Conversa com Bial (TV Globo) 

HUMOR: Marcelo Adnet - Sinta-se em Casa/Globoplay  

DESTAQUE DO ANO: CNN Brasil 

Os críticos que votaram são: Edianez Parente, Fabio Maksymczuk, Leão Lobo, Neuber Fischer, Paulo Gustavo Pereira e Tony Goes.

Fabio Maksymczuk 

sábado, 16 de janeiro de 2021

"Zeca pelo Brasil" passa despercebido na Band



Olá, internautas

A Band resolveu reeditar o “Band Verão”, mesmo durante a pandemia do novo Coronavírus. A emissora desembarcou no Rio Grande do Norte, território eleitoral do ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, Fabio Faria.

Zeca Camargo retorna ao vídeo com “Zeca pelo Brasil”. A atração destaca as belezas naturais do Estado, o linguajar típico dos potiguares, a culinária, além de musicais mais intimistas. Zeca desbrava o território nordestino ao lado, principalmente, de influenciadores digitais, muitos desconhecidos pelo telespectador da TV aberta.

“Zeca pelo Brasil” é o mais do mesmo do filão de programas de turismo. Nenhuma novidade ou reinvenção. Muito diferente do programa “O Mundo Segundo os Brasileiros”, exibido pela própria Band tempos atrás.

Um fato curioso chama a atenção. Zeca aceita mergulhar pelo litoral do Rio Grande do Norte. Porém, encara o desafio paramentado com sua camiseta. Come ostra dentro do mar ao lado de um rapaz só de bermuda (ou sunga). E ele com sua camisa. Esse visual não combina com o verão escaldante... Fica estranho no vídeo.

Glenda Kozlowski e Edu Guedes também desembarcaram no Rio Grande do Norte. Comandam quadros e reportagens especiais. “Zeca pelo Brasil” não empolga. Fica ao redor do 1 ponto no IBOPE. Além desse programa, o apresentador também lidera o “Música na Band Verão” e, evidentemente, exerce a função de diretor executivo de produção. A sua gestão, até agora, está marcada pelo imbróglio com a jornalista Mariana Godoy.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

VIVA aposta em trinca forte de novelas

 



Olá, internautas

O canal VIVA conta com três fortes novelas em sua programação. Uma da década de 2000. Outra dos anos 90. Já a terceira dos anos 80. Três grandes sucessos da história da teledramaturgia brasileira.

“Sassaricando”, de Silvio de Abreu com direção geral de Cecil Thiré e Atilio Riccó, é uma das minhas primeiras lembranças de telenovela. O interessante é compará-la com o remake “Haja Coração” que se baseou na história dos anos 80. Realmente, Claudia Raia se destacou na obra original como Tancinha. Interpretação marcante. Entregue à personagem. Nas mãos de Mariana Ximenes, a feirante recebeu uma nova coloração. Marcos Frota é Beto. E Alexandre Frota encarnava Apolo. O trio compunha o núcleo paralelo que se transformou em principal na readaptação. 

O elenco é recheado de símbolos da dramaturgia nacional, como Paulo Autran, Tonia Carrero, Eva Wilma, Irene Ravache, Edson Celulari, Maitê Proença, Cristina Pereira (que recebeu uma justa homenagem em Haja Coração), Diogo Vilela, Jandira Martini, Lolita Rodrigues, Rômulo Arantes (que interpreta Adônis), Carlos Zara, entre tantos outros. “Haja Coração” funciona como uma versão genérica. Em “Sassaricando”, também é interessante acompanhar Jorge Lafond que já aparecia em uma personagem pré-Vera Verão. Um novelão que simboliza a década oitentista.

A segunda novela da trinca é “A Viagem”, megassucesso dos anos 90. O canal já exibiu a trama de Ivani Ribeiro com direção geral de Wolf Maya. Retorna à programação. É uma obra que até hoje ecoa na Rede Globo. Histórias com teor espírita ganham espaço, principalmente na faixa das seis.

E, por fim, surge “Mulheres Apaixonadas”, última grande obra de Manoel Carlos, com núcleo de Ricardo Waddington, que engatou sucesso atrás de sucesso, desde “Felicidade”, na TV Globo. É uma novela perfeita. A história central ancorava uma série de núcleos paralelos que despertavam a atenção do telespectador. Obra que alavancou Bruna Marquezine até os dias atuais. Personagens que deixaram marcas na memória afetiva do público, como Heloisa (Giulia Gam), Doris (Regiane Alves) e Marcos (Dan Stulbach).

Sassaricando, A Viagem e Mulheres Apaixonadas simbolizam eras da televisão brasileira.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

"Conversa com Bial" e "Altas Horas" se reinventam durante pandemia




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Olá, internautas

Com a eclosão da pandemia do novo Coronavírus, muitos programas da TV brasileira tiveram que se adequar ao momento para atender os padrões de segurança e higienização estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esse é o caso do “Conversa com Bial”. A atração de Pedro Bial até ganhou impulso dentro do “novo normal”. O programa passou, de fato, a ser uma conversa entre o jornalista e o entrevistado. O talk show ficou mais intimista e agradável para o telespectador.

A temporada 2020, que está sendo reprisada agora pela GloboNews na faixa das 23h45, contou com uma série de boas entrevistas. De suas residências, atores e atrizes, como Tarcisio Meira, Gloria Menezes, Laura Cardoso, Tony Ramos, Liam Duarte, dentre outros, celebraram os 70 anos da TV brasileira. Bial até teve a oportunidade de “conversar” com o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Conversa com Bial” viveu o seu melhor momento até aqui.

Já “Altas Horas” foi uma das atrações mais afetadas pela pandemia. Serginho Groisman contava com a participação ativa do auditório que interagia com seus convidados. O público, principalmente de jovens, é a marca principal do programa. Igual a Bial, Serginho teve que comandar a sua atração de seu lar.

Agora, o apresentador retornou ao estúdio do “Altas Horas” na TV Globo. O auditório, igual ao “Caldeirão do Huck”, é virtual.  Há uma mescla entre convidados presenciais e de forma remota. Neste sábado (09/01), por exemplo, Serginho entrevistou, via internet, a atriz Susana Vieira e recebeu, no palco, a dupla Fernando e Sorocaba.

A TV Globo, finalmente, corrigiu a programação e exibe atualmente o “Altas Horas”, após o encerramento da reprise de “A Força do Querer”. O apresentador merecia mais destaque na programação há muitos anos.

“Conversa com Bial” e “Altas Horas” souberam se reinventar para informar e entreter o público.

Fabio Maksymczuk 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Mariana Godoy colhe fracasso na Band

 

Olá, internautas

Fracasso. Essa é a marca deixada por Mariana Godoy em sua passagem pelo Grupo Bandeirantes. A jornalista que desembarcou, de supetão, nos domínios do Morumbi, emitiu comunicado em seu perfil no Instagram sobre a sua saída. “A vida é feita de escolhas e eu escolhi buscar novos horizontes”, ressaltou. Agradeceu nominalmente diversos profissionais da emissora, menos o diretor executivo de produção, Zeca Camargo. Sintomático.

Mariana saiu da RedeTV!, após uma boa passagem pelo canal da exclamação, para comandar um programa matutino diário na Band. O projeto, antes mesmo de ser levado ao ar, foi engavetado.

A Rede Bandeirantes já tinha exibido uma série de chamadas sobre a nova aposta. Mariana até participou de programas dos colegas, como Catia Fonseca e José Luiz Datena. Promoveu uma enquete sobre o nome do novo matinal. Protagonizou uma live ao lado de Zeca, no Instagram, sobre a atração. E tudo isso foi para a “lata de lixo”. No final das contas, Edu Guedes assumiu a faixa matutina com o “The Chef”. Mariana ficou com a imagem enfraquecida, diante da falta de planejamento da cúpula da Band.

E a estratégia atabalhoada também marcou a estreia do semanal “Melhor Agora” às segundas-feiras. Foi jogado no ar sem o devido esmero. O cenário simbolizava tal percepção. Mariana ficou com a imagem ainda mais enfraquecida diante de um programa insosso.    

Mariana quer trilhar o caminho do entretenimento, sendo que a profissional é uma excelente jornalista. Ana Paula Padrão se transformou em uma narradora do relógio no “MasterChef Brasil”. Fátima Bernardes não brilha, desde a estreia, no “Encontro”. Patricia Poeta encontra-se escondida no “É de Casa”. Para reflexão.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

2011-2020: As 10 piores novelas da década


Olá, internautas

Já divulgamos, neste espaço, as 11 melhores novelas da década compreendida entre 2011 e 2020. Agora, chegou a vez das 10 piores que deverão repousar no fundo do baú televisivo.

1 – Máscaras

A novela de Lauro Cesar Muniz, infelizmente, é um triste capítulo no departamento de teledramaturgia da Record TV que vinha com boas produções, desde a estratégia “A caminho da liderança” lançada em 2004. Trama confusa. Personagens que não cativaram o telespectador. A partir de Máscaras, as tramas contemporâneas perderam fôlego e, com isso, as novelas inspiradas no texto bíblico ganharam espaço.  

2 – Babilônia

A novela das nove da TV Globo, de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, foi uma “bomba” jogada no colo do telespectador. A direção de Dennis Carvalho, Maria de Médicis, Giovana Machline, Pedro Peregrino, Luisa Lima e Cristiano Marques apostou ainda no clima “underground” com um roteiro que apostava no “submundo”. A novela errou na abordagem da homossexualidade e também na abordagem sobre os evangélicos.

3 – Apocalipse

Um verdadeiro apocalipse para o telespectador que acompanhou a trama inspirada no texto bíblico e com viés notadamente defendido pela Igreja Universal do Reino de Deus, mantenedora da Record TV.

4 – A Lei do Amor

A novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari apresentou seríssimos problemas na construção do enredo. Um bando de personagens que acrescentou em nada à história. Diversos núcleos paralelos poderiam ter sido perfeitamente sequer imaginados. Durante o desenrolar da trama, alguns personagens tiveram que morrer (o público nem sentiu falta) ou serem afastados da obra (o que ficou estranhíssimo).  Já outros mudaram de perfil. Entraram com ares malévolos para serem transmutados como bonzinhos.



5 - Remake Guerra dos Sexos

Mesmo com um elenco repleto de estrelas (desgastados...), o maior problema do remake de “Guerra dos Sexos” recaiu exatamente no principal ingrediente para o êxito de uma novela: o texto. O enredo dos anos 80 não ganhou uma merecida atualização. Tentou ser engraçada, mas não foi.

6 – Geração Brasil

A novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira tinha como grande preocupação a transmídia que permeou a estrutura do enredo. A trama foi construída para “bombar” nas redes sociais. Eis o erro básico. O público desfamiliarizado com as novidades da tecnologia ficou “a ver navios”. Já a “geração conectada” não ficou interessada na proposta da novela das sete. Resultado: mais um fracasso da faixa das sete na TV Globo.

7 – Além do Horizonte

A novela de Marcos Bernstein e Carlos Gregório passou despercebido pelo telespectador. O núcleo central da trama foi composto por jovens atores. Na época sem grande experiência como protagonistas, como Juliana Paiva, Vinicius Tardio, Christiana Ubach e Rodrigo Simas. Por outro lado, os “veteranos” circundavam nas histórias paralelas, como Flavia Alessandra, Marcello Novaes, Caco Ciocler, Alexandre Borges, entre outros. A obra investigava o que é a felicidade. Na realidade, o público descobriu uma trama infeliz. 

8 – Sol Nascente

A novela das seis da TV Globo, assinada por Walther Negrão, Julio Fischer e Suzana Pires com direção artística de Leonardo Nogueira, não apresentou um roteiro que despertasse a atenção do telespectador. Luis Melo travestido de japonês Kazuo Tanaka foi um dos maiores constrangimentos da teledramaturgia brasileira nesta década. Ainda teve Giovanna Antonelli que interpretou Alice, uma filha postiça do “japa”. Não deu liga. 



9 – Amor e Revolução

“Amor e Revolução” foi um dos fiascos no departamento de teledramaturgia do SBT. Isso provocou um novo rumo ao canal: apostar em tramas infantojuvenis que perduraram até o final desta década. A novela de Tiago Santiago explorou cenas de ação e espetacularização da violência, principalmente nos primeiros capítulos. Afugentou o público da emissora. Além disso, a obra não ganhou uma melhor contextualização com o quadro político e econômico dos anos 60. 

10 – O Sétimo Guardião

A novela de Aguinaldo Silva e seus colaboradores trouxe nenhuma grande expectativa para o telespectador, mesmo com a série de assassinatos dos guardiães que fizeram nenhuma falta na reta final. Desde antes da estreia, “O Sétimo Guardião” já vinha envolta de polêmica. Os alunos de Aguinaldo Silva questionavam a autoria da história. Vai para o ar? Não vai? Terá multa diária? Esse problema até foi parar na Justiça. Depois, a “fofocaiada” tomou conta dos bastidores. Um determinado ator casado teria sido visto aos beijos com outra atriz no camarim. Os bastidores sobrepuseram o texto ficcional.

Fabio Maksymczuk

sábado, 2 de janeiro de 2021

Breves pitacos sobre especiais de fim de ano da TV brasileira

 

Olá, internautas

As emissoras produziram uma série de especiais de fim de ano. Seguem breves comentários sobre algumas atrações:

1 – Final do MasterChef Brasil 2020: a Band promoveu uma grande final com os 23 vencedores da temporada 2020. Merecida a vitória da Anna Paula. O novo formato funcionou diante das limitações impostas pela pandemia. Além disso, foi um respiro para a atração.

2 – Especial 220 Volts: a TV Globo exibiu 220 Volts na terça-feira (22/12). Muito bom. Paulo Gustavo é ótimo. O estilo de humor mais popular deveria ganhar mais espaço na TV Globo. Dona Hermínia apareceu neste especial. Poderia ganhar um programa solo. Soube que isso aconteceria, mas diante da pandemia, talvez, o projeto tenha sido adiado.



3 – Especial Roberto Carlos: a TV Globo reprisou o especial do cantor exibido em 2011. Foi ao ar após “A Força do Querer”. Na realidade, 220 Volts poderia ter ocupado essa faixa horária. É controversa a permanência desse especial na grade de programação do canal. Eu, pessoalmente, jamais entendi a exibição desse programa (isso desde os anos 80).

4 – MasterChef Celebridades: Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella “amarelaram” diante de Zeca Camargo, Joel Datena, Marília Mendonça, Péricles, César Menotti e Maraisa. Não ocorreram julgamentos mais veementes. O “espírito natalino” invadiu a cozinha mais famosa do Brasil.

5 – Especial Hebe: na última quinta-feira (31/12), a Band exibiu um documentário, apresentado por Ronnie Von, com imagens de arquivo da passagem de Hebe Camargo pela emissora. Alguns trechos merecem ser destacados. Clodovil Hernandes não falava Aids em 1983, mas "Eids". Disse que a humanidade enfrentaria novas enfermidades diante da degradação do ser humano. Dercy Gonçalves já estava cansada da política em 1982, já que oposição e governo eram a mesma coisa. Ela sempre votou na oposição, mas naquele ano votou no governo representado por Moreira Franco, mas venceu Leonel Brizola. Inconformada.



6 – Especial São Silvestre: Pela primeira vez, a tradicionalíssima corrida de São Silvestre não foi realizada. A TV Gazeta exibiu um especial na quinta-feira (31/12) com apresentação de Celso Cardoso. A atração resgatou nomes importantes da competição que estão esquecidos pela mídia, como Ronaldo da Costa e Carmem de Oliveira, brasileiros vencedores na década de 90, além de Rolando Vera, equatoriano que se consagrou nos anos 80. Bem que a corrida poderia retornar para a noite...

7 – Coração de Cowboy: muito interessante a Band ter exibido o filme Coração de Cowboy na quarta-feira (30/12) no Cine Clube. A emissora deveria valorizar mais o cinema nacional. Porém, o canal aplicou cortes bruscos no longa que foram sentidos.   

8 -  Revista da Manhã: Na véspera de Natal (24/12), o programa da TV Gazeta exibiu uma interessante edição especial de Natal. Projetaram a festividade em 2070. O jornalista Gabriel Perline e a apresentadora Regiane Tápias até dançaram o balé do Quebra-Nozes.



9 – Canta Comigo All Stars: Com a apresentação de Xuxa Meneghel, os telespectadores ficaram com mais saudade de Gugu Liberato. Vitória merecida do cantor Ivan Lima. Arrebentou em suas apresentações.

10 - Feliz Natal com Catia Fonseca: de acordo com a nota encaminhada pela assessoria da Band, “a atração contará com tecnologia de última geração e ferramentas de produções hollywoodianas, como o conceito de realidade aumentada e efeitos especiais”. Na realidade, ficou estranho no vídeo tal cenário virtual.

Fabio Maksymczuk