"Mar do Sertão" aposta em trama política em período eleitoral

 

Olá, internautas

Nesta semana, a TV Globo estreou “Mar do Sertão”. A nova novela das seis, obra criada e escrita por Mario Teixeira com direção artística de Allan Fiterman, apostou, nos primeiros capítulos, em uma trama política em pleno período de campanha das Eleições 2022.

O ator Welder Rodrigues interpreta Sabá Bodó, prefeito de Canta Pedra. O político do sertão nordestino sonha em construir um açude para marcar a sua gestão. A obra já foi prometida em outras oportunidades. A mocinha da novela é a professora Candoca (Isadora Cruz) que já se indispôs com o mandatário.

Demitida por um entrevero, surgiu, nestas cenas, com um vestido vermelho. Linguagem simbólica evidente. Zé Paulino (Sergio Guizé), namorado de Candoca, também já enfrentou Bodó. Nos primeiros capítulos, Welder Rodrigues não desencarnou de sua persona do humorístico “Tá no Ar: a TV na TV”. A qualquer momento, o telespectador fica com a impressão que ouvirá “Foca em mim”.

Nesta semana de estreia, Renato Goes, que interpreta o antagonista Tertulinho, se destacou na nova novela das seis. Seguro e muito à vontade em cena. O sotaque do ator é natural, igual ao que acontece com Isadora Cruz. Dá para notar a contraposição com o sotaque artificial entoado pelo elenco não-nordestino. Choque de sonoridade. 

No desfecho, há uma novidade com as “cenas do próximo capítulo”. Dois repentistas entram e comentam o desenrolar do folhetim. Porém, há uma quebra do clímax e do gancho final. Entram sem contexto com o clima de apreensão que normalmente marca o fim. O ideal seria a aparição da dupla na abertura com "no capítulo anterior".

Agora é acompanhar o desenvolvimento de “Mar do Sertão”.

Fabio Maksymczuk