Olá, internautas
O “Big Brother Brasil 23” chegou ao fim nesta madrugada de
terça (25/04) para quarta-feira (26/04). Amanda Meirelles consagrou-se como a
grande campeã do reality show da TV Globo com 68,9% da votação. Aline Wirley
garantiu a segunda colocação com 16,96%. Bruna Griphao ficou em terceiro lugar
com 14,14%.
A médica paranaense conquistou o maior prêmio da história do
programa: R$ 2.880.000. Diferente de todas edições anteriores, não foi
anunciado se Aline e Bruna conquistaram 150 mil e 50 mil reais, respectivamente.
Os valores permanecem desatualizados, diante da inflação que corroeu o real nos
últimos anos.
“BBB23” contou com perfis mais interessantes em relação ao
“BBB22”. Porém, a criação artificial dos grupos Deserto e Fundo do Mar,
impulsionada, principalmente, por MC Guimê, Tina, Fred Bruno e Ricardo nos
primeiros dias, comprometeu o desenvolvimento do enredo. A afinidade ficou
deixada de lado. Diante disso, a atual edição ficou sem mote.
O elenco do “Big Brother Brasil 23” contou,
majoritariamente, com participantes negros pela primeira vez na história.
Porém, principalmente após a fala de Fred Nicacio que desejava um pódio só de
pretos, o público (ou a torcida organizada) tirou um por um. Aline foi para a
final, basicamente, na cola de Amanda. O racismo estrutural pode ter aparecido
nesse momento.
Além disso, a questão da relação abusiva com mulheres também
pode ser citada como uma das marcas do “BBB23” diante da “eliminação” de Cara
de Sapato e MC Guimê, após terem sido acusados de importunação com a mexicana
Dania Mendez. A “chamada” do apresentador Tadeu Schmidt em Gabriel Fop, por sua
relação com Bruna, também ficará na memória do público.
De um modo geral, “BBB23” entrou para a galeria de edições
regulares. Isso muito por conta da torcida de Amanda que votou maciçamente na
sua favorita e distorceu a real opinião majoritária do público. O sistema de
votação precisa ser revisto com urgência. Tanto no “BBB” quanto em “A Fazenda”.
Velha demanda desse espaço.
A repescagem de Fred Nicacio e Larissa também deve ser uma
ideia abolida nas próximas edições. Injustiça com os confinados que não possuem
informações externas.
Tadeu Schmidt começou “frio”. Muito por conta de seu
afastamento do vídeo durante meses. Durante a temporada, o apresentador
“calibrou” e cumpriu a sua missão.
A seguir, uma breve análise de cada participante.
QUARTO DESERTO
Amanda: a paranaense, de fato, passou a imagem de “gente
boa”. Porém, apática demais no jogo e no confinamento. Apostou no discurso de
ser uma mulher fora dos padrões. Porém, é branca, médica e de classe média. O
que, de fato, capturou parcela do público foi o amor não correspondido de
Sapato. A relação com o lutador cativou esse telespectador que torce, até hoje,
por um final feliz do “casal”.
Aline Wirley: a cantora do Rouge foi ainda mais apática que
Amanda no jogo e no confinamento. Basicamente, entrou para lançar Igor Rickli
em sua carreira musical. Ficará marcada pelo adjetivo “omissa” proclamado por
Fred Nicacio.
Bruna Griphao: deixou uma imagem ruim no “BBB23”. A
discussão com Cezar Black transbordou a sua má educação. Agressiva. Mimada,
após uma série de reclamações, inclusive com a produção do reality. Deveria ter
sido eliminada há semanas. Porém, teve ajuda da torcida de Amanda que comandou
os resultados das votações.
Larissa: aproveitou a oportunidade. Destacou-se no reality e
deverá colher bons frutos como influenciadora digital. Errou ao se relacionar
com Fred Desimpedidos, o que contaminou, ali, seu jogo. Porém, nada que
comprometesse sua imagem.
Ricardo Alface: tentou encarnar a imagem de jogador sem
sucesso. Ficava entre os dois grupos. Ali e aqui. “Liso e sorrateiro”, como
bradavam seus colegas no confinamento. Tentou passar a imagem de articulador.
Apenas ficou na tentativa, já que o público acompanhava as suas incoerências.
Fred Desimpedidos: passou arrogância e soberba em seu jogo
quando ficou com poder. Não deixou uma imagem positiva.
MC Guimê: tentou passar a imagem de jogador racional. Porém,
ficará marcado por ter sido eliminado após a acusação de importunação com Dania
Mendez.
Cara de Sapato: a parceria com Amanda é a grande marca do
lutador no “BBB23”. Mostrou também seu lado “chato” no confinamento. A sua eliminação
após a acusação de importunação com Dania Mendez também será lembrada.
Paula: ficará lembrada pelo discurso agressivo com Cristian.
“Se eu volto, eu vou arrancar a cabeça
dele. E cachorro vai comer a cabeça dele inteira”. Desnecessário.
Tina: forçou a imagem de jogadora desde o começo do BBB23.
Passou a imagem de “chata”.
Gabriel Fop: ficará lembrado pela relação conturbada com
Bruna Griphao.
Bruno Gaga: desistente. Não iria longe no jogo. Não cativou
o público.
QUARTO FUNDO DO MAR
Cezar Black: deixou uma imagem positiva no reality. O público
o abraçou após o desvario de Bruna Griphao. Suas discussões com Ricardo Alface
e a celeuma da peruca também marcaram a sua passagem pelo confinamento. Fora o
choro ao ver o seu cachorrinho Rocco.
Sarah Aline: deixou uma imagem positiva no BBB23. Poderia
ter sido transformada em símbolo das mulheres pretas e alçada ao prêmio final,
como Thelma e Gleici. Não aconteceu. Jovem inteligente e articulada.
Gabriel Santana: também deixou imagem positiva no reality.
Não comprometeu sua imagem profissional. Jovem inteligente e sensível. Errou ao
tentar criar um relacionamento com Bruna Griphao.
Domitila Barros: foi alçada ao protagonismo do reality pela
votação persistente e constante do grupo Deserto. Quase transformaram em vítima.
Fred Nicacio: personagem mais interessante do elenco. Lados
solar e sombra, ao mesmo tempo. Em seu retorno, apostou em uma imagem neutra.
Voltou nitidamente machucado, após a acusação de “racismo religioso” protagonizado
por Cristian, Key e Gustavo.
Marvvila: a participante mais apagada do elenco. Não deixou
vestígios em sua participação.
Key Alves: a jogadora de vôlei se transformou em uma “figura”
no BBB23. O relacionamento com Gustavo Cowboy é uma marca que continua no
pós-reality. O embate com Larissa também deixou vestígios.
Gustavo Cowboy: o personagem vindo dos grotões do Brasil é
corriqueiro na história do “Big Brother Brasil”. O público já está cansado
desse perfil, o que comprometeu a sua permanência. Além disso, tentou articular
um jogo, pelas costas dos integrantes do Fundo do Mar. Pegou mal.
Cristian: na análise da semana de estreia, tinha apontado
que o gaúcho seria o primeiro eliminado. Durou algumas semanas na competição.
Não deixou uma imagem positiva. E para piorar, ficou perdido na composição forçada
dos grupos Deserto e Fundo do Mar.
Marilia: “Você tem sangue de Maria Bonita”. Primeira
eliminada do BBB23. Demonstrou, logo na primeira semana, que não trilharia um
caminho de sucesso no reality.
Fabio Maksymczuk
Queria entender por que certas emissoras insistem nesse bendito formato chamado reality. Todos eles são manjados, só devem estar no ar porque dão faturamento. Ou você acha que o público gosta disso? Parte dele não gosta. Tento o máximo de distância possível desse tipo de programa.
ResponderExcluirPedro Henrique
Rio de Janeiro (RJ)
BBB gera faturamento que sustenta a emissora....
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