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domingo, 20 de outubro de 2024

Remake de "Vale Tudo" inicia com perspectiva ruim

 

Olá, internautas

Nesta quarta-feira (16/10), a TV Globo promoveu um grande evento para destacar as novidades da programação do ano que vem. O remake de “Vale Tudo” ganhará destaque dentro dos festejos de 60 anos da emissora platinada.

As readaptações, em via de regra, não repetem o sucesso das obras originais. Algumas produções resultam em grandes fracassos, como ocorreu com “Elas por Elas”. A definição do elenco é um dos maiores motivos para o mau êxito.

O remake da novela oitentista inicia com sinal de preocupação. Com pompa e circunstância, Debora Bloch foi anunciada como a intérprete de Odete Roitman. A atriz está no ar com amplo destaque em “No Rancho Fundo”. Emendará um trabalho ao outro sem respiro algum. O mau planejamento na escalação de atores e atrizes se transformou em uma tônica na atual fase da teledramaturgia da TV Globo. Debora não é um nome óbvio para incorporar a personagem eternizada por Beatriz Segall. A conferir.

O maior equívoco aparece na aposta em Bella Campos para viver Maria de Fatima. A jovem atriz não conquistou destaque algum no remake de Pantanal e nem em Vai na Fé. Já Tais Araújo ficou com o papel de Raquel. Outro erro. A atriz está a quilômetros de distância da força de Regina Duarte na teledramaturgia brasileira. O papel poderia ter ficado nas mãos de Juliana Paes, Giovanna Antonelli ou até mesmo Grazi Massafera que incorpora a imagem da nova namoradinha do Brasil. É bom lembrar que Tais não brilhou nas novelas da faixa horária, como Viver a Vida, atual reprise no Viva, e nem em Amor de Mãe.

Renato Góes, que mal saiu do ar ao protagonizar Família É Tudo (aliás, integrou a relação de pontos negativos da obra), ganhou uma “promoção”. Viverá Ivan, personagem de Antonio Fagundes. Outro sinal de mau planejamento na escalação do elenco.

Um dos pontos positivos (teoricamente) é a aposta em Cauã Reymond no papel de Cesar, vivido por Carlos Alberto Riccelli. Há uma coerência. Humberto Carrão, como Afonso, também é uma boa escalação. Paolla Oliveira foi anunciada para interpretar a icônica Heleninha. Na realidade, Carolina Dieckmann teria sido um melhor nome.

Manuela Dias ficará responsável pelo remake de “Vale Tudo”. Outro erro grosseiro. O autor Aguinaldo Silva deveria ter ficado com a missão. A novela nas mãos de Manuela tende a trilhar o caminho do “politicamente correto”.

A readaptação de “Vale Tudo” inicia com perspectiva ruim. É bom lembrar que também fizemos tal sinalização, meses antes da estreia, com o remake de “Elas por Elas”.

Fabio Maksymczuk

Um comentário:

  1. Embora em 1988 não houvesse internet, redes sociais e nem o politicamente correto existem coisas do Brasil daquela época que continuam tão atuais como corrupção e desonestidade! Fazer o remake de Vale Tudo, sei não viu! Se a Globo fosse ousada teria reprisado a versão original da novela em 2022 na sequência da re-reprise de O Clone (2001/2002) no Vale a Pena Ver de Novo! A Regina Duarte apesar de nos tempos recentes ter se queimado feio com o bolsonarismo, ela é uma das grandes atrizes da história da dramaturgia brasileira e em 1988 ninguém conhecia aquele cidadão que anos e décadas mais tarde foi presidente da república de 2019 à 2022! Eu preferia reprise da versão original de 1988 da novela Vale Tudo do que remake.

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