Olá, internautas
Na última sexta-feira (27/06), a TV Globo exibiu “Falas de
Orgulho”. O programa foi ao ar na faixa ocupada por “Tributo”. Após o “Globo
Repórter”. Um bom horário. Apesar disso, o especial ficou bem abaixo da
expectativa.
Neste ano, tentaram inserir humor na construção do roteiro. Em
um tempo diminuto de meia hora de arte, “Falas de Orgulho” bateu todas as
siglas em um liquidificador. Ritmo picotado sem aprofundamento algum. Esquetes
compuseram a atração. Ceia de Natal com o tio do pavê. Cover de Xuxa tentando
explicar o significado de cada letra da expressão LGBTQIAPN+. Um homem com o
manual de heterotop. Falas em stand-up também entraram no especial.
Uma tentativa de brincar com os estereótipos, mas, no final,
o especial ficou marcado justamente por todos esses estereótipos, como uma
comunidade “colorida”, “alegre” e “feliz”. Até mesmo, usaram o verbo “assumir”
que deveria ser evitado, pois detém uma conotação negativa. Normalmente, “assumir”
é associado a algum crime.
E, por fim, o especial revelou, em uma “brincadeirinha”, que
não teve tempo para destacar os assexuais. Deixaram de lado. Uma contradição
com a própria programação da TV Globo que aborda a temática com o personagem Poliana,
interpretado por Matheus Nachtergaele na nova versão de “Vale Tudo”.
A edição 2025 de “Falas de Orgulho” aparece como a pior de
todas as franquias da série “Falas” iniciada em 2020. O programa não transmitiu
alguma conscientização, novidade, emoção, nova perspectiva ou mudança na
mentalidade do público que não faz parte da comunidade.
Fabio Maksymczuk
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