Olá, internautas
Nesta sexta-feira (04/07), “Força de Mulher” chegou ao fim
na Record. A novela turca, baseada no drama japonês Womam, com roteiro de Hande
Altaylı e direção de Merve Girgin e Nadim Güç, capturou a atenção do
telespectador em seus 243 capítulos.
“Força de Mulher” abriu um novo horizonte para a emissora da
Barra Funda. A produção dobrou a audiência do canal na faixa nobre. Oxigenou a
imagem do canal com uma novela contemporânea. “Força de Mulher” demonstra a
força da teledramaturgia da Turquia. Ótimos atores, ótima direção e ótimo
texto.
Diante do sucesso, a Record conseguiu entrevistar Özge
Özpirinçci (Bahar Çeşmeli), Caner Cindoruk (Sarp), Bennu Yıldırımlar (Hatice), Feyyaz
Duman (Arif) e Kübra Süzgün (Nisan) no “Domingo Espetacular”. Eles frisaram a
repercussão positiva da novela em suas redes sociais, especialmente no
Instagram. Ocorreu uma invasão brasileira nas postagens.
“Força de Mulher” trouxe um texto delicado com diálogos bem
construídos. Ao mesmo tempo, cenas de tensão permearam a obra, especialmente na
segunda temporada e transição para a terceira fase.
A seguir, segue o tradicional balanço com os pontos
positivos e negativos.
PONTOS POSITIVOS
Bahar (Özge Özpirinçci): personagem muito bem construída. De
fato, uma verdadeira protagonista que contou com a torcida do público. Nestes
mais de 240 capítulos, sofreu. Chorou. Mostrou a força da mulher para criar os
filhos em um ambiente sem recursos financeiros, mas repleto de amor. A atriz
transmitiu os desafios da heroína através do olhar. Linguagem universal. O monólogo de Bahar, após
a morte de Sarp no hospital, demonstrou a potência e a intensidade da atriz em
cena. Maravilhosa.
Sarp (Caner Cindoruk): o retorno de Sarp à sua família alavancou
a novela. Ótimo ator que também transmitiu toda a angústia do pai de Doruk e Nisan,
através do olhar e linguagem corporal. A cena no cemitério, quando cavou as “pretensas”
covas de Bahar e seus filhos, é uma das mais fortes que já assisti em uma
novela.
Sirin (Seray Kaya): vilã que irritou e provocou repulsa no
público, mas, ao mesmo tempo, envolveu com a sua humanidade e fraquezas. Ótima.
Uma verdadeira antagonista.
Ceyda (Gökçe Eyüboğlu): a personagem que trazia um ar mais
leve e descontraído à produção. Na reta final, formou um querido casal com Raif
(Sinan Helvacı) que trouxe o olhar de uma pessoa com deficiência.
Arif (Feyyaz Duma): personagem mais difícil para a
interpretação. Mocinho tímido que transmitia pelo olhar os seus pensamentos. Cativou
o público. Missão cumprida.
Enver (Şerif Erol): personagem íntegro que sempre buscou o
bem comum. Homem de valores que foi responsável direto até pela prisão de sua
própria filha. Ético. Irrepreensível.
Doruk (Ali Semi Sefil): o mais querido da novela. Fofo ao
extremo. No calor, adora sorvete. No inverno, fica com algodão doce.
Arda (Kerem Yozgatli): a novela trouxe o autismo através do
filho de Ceyda. Muito emocionante o final do menino que conseguiu falar “mamãe
e “avó” no último capítulo. História bem trabalhada com delicadeza.
PONTOS NEGATIVOS
Assassinato do Sarp: o público já tinha ficado machucado com a morte de Yeliz (Ayça Erturan). Eis que alguns capítulos para frente, Sarp morreu assassinado pelas mãos de Sirin. Exatamente em um período em que ele tinha finalmente encontrado a felicidade após conviver com a esposa e filhos que achava estarem mortos. Diante do triste desfecho, a novela até refluiu nos índices de audiência. Retomou o fôlego nas últimas semanas.
Jale: nas temporadas iniciais, uma atriz interpretou a
médica. Na terceira, outra atriz entrou na produção e começou a viver a
personagem. Ou será que fez cirurgia plástica? Mesmo com a troca, a personagem
desapareceu da história. Estranhíssimo.
Dublagem: alguns dubladores falavam os nomes dos personagens
em turco com diferente pronúncia. “Arîf” era “Hárif” na boca de outro. “Raîf”
era “Rháif” para outro. Não ocorreu uma harmonização.
Fabio Maksymczuk
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