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sexta-feira, 4 de julho de 2025

"Força de Mulher" alavanca Record com nova perspectiva

 

Olá, internautas

Nesta sexta-feira (04/07), “Força de Mulher” chegou ao fim na Record. A novela turca, baseada no drama japonês Womam, com roteiro de Hande Altaylı e direção de Merve Girgin e Nadim Güç, capturou a atenção do telespectador em seus 243 capítulos.

“Força de Mulher” abriu um novo horizonte para a emissora da Barra Funda. A produção dobrou a audiência do canal na faixa nobre. Oxigenou a imagem do canal com uma novela contemporânea. “Força de Mulher” demonstra a força da teledramaturgia da Turquia. Ótimos atores, ótima direção e ótimo texto.

Diante do sucesso, a Record conseguiu entrevistar Özge Özpirinçci (Bahar Çeşmeli), Caner Cindoruk (Sarp), Bennu Yıldırımlar (Hatice), Feyyaz Duman (Arif) e Kübra Süzgün (Nisan) no “Domingo Espetacular”. Eles frisaram a repercussão positiva da novela em suas redes sociais, especialmente no Instagram. Ocorreu uma invasão brasileira nas postagens.

“Força de Mulher” trouxe um texto delicado com diálogos bem construídos. Ao mesmo tempo, cenas de tensão permearam a obra, especialmente na segunda temporada e transição para a terceira fase.   

A seguir, segue o tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Bahar (Özge Özpirinçci): personagem muito bem construída. De fato, uma verdadeira protagonista que contou com a torcida do público. Nestes mais de 240 capítulos, sofreu. Chorou. Mostrou a força da mulher para criar os filhos em um ambiente sem recursos financeiros, mas repleto de amor. A atriz transmitiu os desafios da heroína através do olhar.  Linguagem universal. O monólogo de Bahar, após a morte de Sarp no hospital, demonstrou a potência e a intensidade da atriz em cena. Maravilhosa.

Sarp (Caner Cindoruk): o retorno de Sarp à sua família alavancou a novela. Ótimo ator que também transmitiu toda a angústia do pai de Doruk e Nisan, através do olhar e linguagem corporal. A cena no cemitério, quando cavou as “pretensas” covas de Bahar e seus filhos, é uma das mais fortes que já assisti em uma novela.  

Sirin (Seray Kaya): vilã que irritou e provocou repulsa no público, mas, ao mesmo tempo, envolveu com a sua humanidade e fraquezas. Ótima. Uma verdadeira antagonista.

Ceyda (Gökçe Eyüboğlu): a personagem que trazia um ar mais leve e descontraído à produção. Na reta final, formou um querido casal com Raif (Sinan Helvacı) que trouxe o olhar de uma pessoa com deficiência.

Arif (Feyyaz Duma): personagem mais difícil para a interpretação. Mocinho tímido que transmitia pelo olhar os seus pensamentos. Cativou o público. Missão cumprida.

Enver (Şerif Erol): personagem íntegro que sempre buscou o bem comum. Homem de valores que foi responsável direto até pela prisão de sua própria filha. Ético. Irrepreensível.

Doruk (Ali Semi Sefil): o mais querido da novela. Fofo ao extremo. No calor, adora sorvete. No inverno, fica com algodão doce.

Arda (Kerem Yozgatli): a novela trouxe o autismo através do filho de Ceyda. Muito emocionante o final do menino que conseguiu falar “mamãe e “avó” no último capítulo. História bem trabalhada com delicadeza.

PONTOS NEGATIVOS

Assassinato do Sarp: o público já tinha ficado machucado com a morte de Yeliz (Ayça Erturan). Eis que alguns capítulos para frente, Sarp morreu assassinado pelas mãos de Sirin. Exatamente em um período em que ele tinha finalmente encontrado a felicidade após conviver com a esposa e filhos que achava estarem mortos. Diante do triste desfecho, a novela até refluiu nos índices de audiência. Retomou o fôlego nas últimas semanas.

Jale: nas temporadas iniciais, uma atriz interpretou a médica. Na terceira, outra atriz entrou na produção e começou a viver a personagem. Ou será que fez cirurgia plástica? Mesmo com a troca, a personagem desapareceu da história. Estranhíssimo.

Dublagem: alguns dubladores falavam os nomes dos personagens em turco com diferente pronúncia. “Arîf” era “Hárif” na boca de outro. “Raîf” era “Rháif” para outro. Não ocorreu uma harmonização.  

Fabio Maksymczuk

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