Olá, internautas
Neste domingo (09/04), o SBT transmitiu a 59ª edição do “Troféu
Imprensa”. O evento, comandado por Silvio Santos, transformou-se em uma grande
festa do SBT. Infelizmente, a premiação acentuou a sua “crise existencial”.
Neste ano, tivemos uma boa novidade. Hugo Gloss representou
os blogueiros no júri. Patricia Abravanel reconheceu a importância do “influenciador
digital”. Silvio Santos disse que jamais tinha ouvido falar no rapaz. Por outro
lado, a bancada perdeu Leão Lobo e José Armando Vannucci, dois nomes importantíssimos
da crítica de TV.
O “Troféu Imprensa” perdeu seu rumo, principalmente a partir
dos anos 2000. O “Troféu Internet” destruiu as indicações dos finalistas. Os três
mais votados pela internet entram direto no “Imprensa”. Neste ano, fatos gravíssimos
ocorreram na definição dos concorrentes.
Na categoria mais importante, melhor novela, “Êta Mundo Bom!”
e “Velho Chico” sequer entraram entre as três opções aos jornalistas. “Carinha de
Anjo” e “A Terra Prometida” disputaram a preferência com “Totalmente Demais”
que, por exclusão, sagrou-se a melhor novela de 2016.
Em melhor ator, Domingos Montagner foi esquecido. Antonio Fagundes,
idem. Respeito demais Bruno Gagliasso, melhor ator de sua geração, mas o seu personagem
de “Sol Nascente” já será esquecido no mês que vem. E o que falar de Malvino
Salvador? Ele foi um dos piores atores do ano passado.
A produção do “Troféu Imprensa” precisa, urgentemente,
voltar aos formulários que eram distribuídos pelas redações dos veículos de
comunicação e entre telespectadores das diferentes classes sociais.
Os jurados precisam apostar na credibilidade e isenção.
Chega a ser constrangedor falar que “Bom Dia & Cia” é um programa educativo
com a “talentosíssima” Silvinha Abravanel. Nesta edição, Silvio Santos até relembrou
os fracassos da pimpolha no SBT.
Rasgar elogios para Patricia Abravanel e classificá-la como
melhor apresentadora da TV brasileira é um acinte à inteligência do
telespectador. O que falar de Fátima Bernardes? Ana Maria Braga?
Apesar dos entraves que afetam o brilho da premiação, o “Troféu
Imprensa” viveu momentos interessantíssimos. Jô Soares, visivelmente ofegante,
relembrou a importância do dono do SBT para a reviravolta da carreira profissional
do comediante.
Outro fato marcante surgiu com Celso Portiolli que resolveu
contar os bastidores de sua contratação como apresentador nos meados dos anos
90. Discurso sincero. Verdadeiro. Emocionante. Celso é uma das melhores pessoas
neste universo artístico.
O “Troféu Imprensa” precisa encontrar um novo rumo e se
transformar em uma grande festa da TV brasileira e não apenas da família Abravanel
e dos contratados da emissora paulista.
Fabio Maksymczuk
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