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sábado, 12 de maio de 2018

"O Outro Lado do Paraíso" termina como novela pobre


Olá, internautas

Nesta sexta-feira (11/05), “O Outro Lado do Paraíso” chegou ao fim. Walcyr Carrasco cumpriu a missão de expandir os índices de audiência recuperados pela antecessora “A Força do Querer”. Apesar disso, o autor, responsável por ótimas novelas nos últimos 20 anos, abusou dos clichês nesta produção. O resultado final ficou abaixo da expectativa. A trama terminou como uma novela pobre, principalmente em relação ao texto, o que acarretou um ar artificial no conjunto da obra. Segue o nosso tradicional balanço final com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Bianca Bin (Clara): a atriz sobressaiu em “O Outro Lado do Paraíso” ao viver a mocinha vingadora Clara. O telespectador ficou ao lado da heroína. Bianca, que já vinha de um ótimo retrospecto na faixa das seis, cumpriu a missão de protagonizar a novela das nove.

Marieta Severo: Sophia entrou para a galeria de vilãs inesquecíveis da teledramaturgia brasileira com a marca de “megera das tesouradas”. A atriz compreendeu o espírito da personagem, a aura da novela como um todo e se encaixou dentro do estilo da produção.



Gloria Pires (Beth): na primeira parte da novela, a atriz segurou a novela com o drama de Elizabeth. O ápice da personagem ocorreu na descoberta de sua filha Adriana, já adulta, em pleno julgamento no tribunal. A então ré, na realidade, era sua mãe, dada como morta, após as tramoias de Natanael (Juca de Oliveira). É verdade que Beth perdeu o rumo com a abordagem do alcoolismo nesta reta final. Porém, no balanço geral, o resultado é positivo.

Thiago Fragoso: o ator roubou a cena ao viver o advogado Patrick. Ele, literalmente, roubou o espaço e ofuscou a “reviravolta” de Gael. O ator já tinha se destacado em “Amor à Vida”, também de Walcyr Carrasco, e retornou a brilhar agora em “O Outro Lado do Paraíso”.

Caio Paduan e Erika Januza: os atores formaram um dos principais casais da novela. Conquistaram o carinho do telespectador ao interpretarem Bruno e Raquel. Os dois aproveitaram a oportunidade. Além disso, Carrasco conseguiu colocar o racismo em debate, através da personagem que começou como uma doméstica e se transformou em uma juíza.


Pedofilia: o autor trouxe uma série de temas sociais na trama de “O Outro Lado do Paraíso”. A pedofilia ganhou um bom espaço de discussão, através do delegado Vinicius, interpretado por Flavio Tolezani, e Laura, vivida por Bella Piero. Apesar de críticas recebidas pelo coach, o resultado foi positivo.  

Fernanda Rodrigues: a atriz surpreendeu o telespectador ao interpretar a vilã Fabiana. Fernanda, que cresceu no vídeo com semblante de boa moça em outras produções, demonstrou versatilidade. Momento de virada em sua trajetória televisiva.

Anderson Tomazini: a maior revelação de “O Outro Lado do Paraíso”. O ator aproveitou a oportunidade com Xodó, personagem que ganhou repercussão junto ao público e galgou mais espaço dentro da trama.   



PONTOS NEGATIVOS

Jogral: o texto da novela “O Outro Lado do Paraíso” apresentou, em grande parte da obra, pobres diálogos entre os personagens. Há uma diferença entre simples e pobre. O ar de jogral “berrou” no vídeo. As falas rápidas e sucintas fortaleceram a impressão. 10 segundos de fala, no máximo, foram uma constante.

Direção: Mauro Mendonça Filho e equipe, nos primeiros capítulos, adotaram um estilo de “cinema argentino”, o que provocou estranhamento no telespectador. Depois, transplantaram o mesmíssimo padrão de “Verdades Secretas” em “O Outro Lado do Paraíso”. O mesmo filtro escuro na imagem, a mesma fotografia e a mesma iluminação surgem como evidências de tal estratégia.

Gael (Sergio Guizé): o personagem mais perdido em “O Outro Lado do Paraíso”. Ficou solto e totalmente dispensável no roteiro. Conquistou ampla rejeição, após a violência contra Clara, logo nos primeiros capítulos. O autor tentou levantar Gael com uma redenção espiritual, mas o telespectador não engoliu a história.

Final de Renato (Rafael Cardoso): um dos maiores furos de “O Outro Lado do Paraíso”. Após ter sido baleado por Patrick durante o sequestro de Tomaz (Vitor Figueiredo), o que aconteceu com o médico? O telespectador ficou sem resposta. Além disso, a virada do personagem no capítulo 100 ficou forçada.

Grazi Massafera (Livia): a atriz passou despercebida em “O Outro Lado do Paraíso”. Interpretou uma personagem “água com salsicha” que acrescentou muito pouco na novela.

Núcleo de Samuel (Eriberto Leão): a abordagem da homossexualidade não foi bem trabalhada em “O Outro Lado do Paraíso”. A história caricata do psiquiatra Samuel foi um passo para trás no combate ao preconceito pela teledramaturgia. Inicialmente, o personagem gostava de usar calcinhas da sua esposa Suzy (Ellen Rocche). Depois, tal “fantasia” desapareceu. O drama de Samuel cedeu espaço para a comédia pastelão ao lado de Cido (Rafael Zulu) e Adinéia (Ana Lucia Torre). A mudança radical ficou forçada no vídeo.

Nanismo: trazer a temática para a teledramaturgia é sempre benéfico. Porém, também não foi bem trabalhada em “O Outro Lado do Paraíso”. O ar artificial “gritou” no vídeo com o triângulo amoroso entre Estela (Juliana Caldas), Juvenal (Anderson di Rizzi) e Amaro (Pedro Carvalho). Até mesmo, Juvenal, de uma hora para outra, deixou de amar Estela para cair nos braços de uma “quenga”. Núcleo mal desenvolvido.

Barbara Paz (Jô): a atriz funcionou, basicamente, como uma figurante de luxo. Barbara merece melhores trabalhos.

Clichês: os clichês sempre funcionam. E isso é percebido nos índices de audiência da novela de Walcyr Carrasco. Porém, ocorreu um abuso de tal procedimento. Personagem que ficou cego, outra que ficou entre a vida e morte por problemas renais, alcoolismo, outra que ficou com boca torta após AVC, cabeleireiros homossexuais, ganância pelas esmeraldas, vingança, “casa da luz vermelha”, “quengas” que querem casar e mudar de vida, julgamento no tribunal, moça momentaneamente paraplégica, sensitiva que ouve vozes do além....  

Fabio Maksymczuk

27 comentários:

  1. Novelinha podre, como a grande maioria das novelas desse autor, o mais superestimado da Globo.

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    1. Eu admiro o Walcyr Carrasco, mas não gostei de O Outro Lado do Paraíso... Abs

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  2. A novela dividiu opiniões e o Walcyr Carrasco não gostou das críticas à sua obra, mas não foi aquele novelão, aliás desde Avenida Brasil tivemos novelas mais ou menos exceção de A Força do Querer e novelas pra serem esquecidas na faixa das 21 horas como Babilônia e A Lei do Amor. Vamos ver como Segundo Sol se sairá na faixa pois vem aí eventos importantes como Copa do Mundo e eleição e vamos ver se esses eventos vão interferir na audiência.

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    1. Comentarei sobre Segundo Sol nesta semana aqui no blog. Abs

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  3. O texto ei problema Wally e ta seus horas mesmo

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    1. Eu admiro o Walcyr Carrasco, mas não gostei de O Outro Lado do Paraíso... Abs

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  4. walcyr é muito criativo, mas realmente abusa de soluções oportunistas para audiência. adoro a bianca bin e ela realmente estava ótima. fernanda estava ótima, q personagem insuportável. muito bem tb qd fica chocada com os excessos no sequestro mas a ambição fala mais alto. lindo o menino que faz o xodó. achei uma surpresa o outro garimpeiro que ajudou sophia no final e o ator q faz o rato. realmente o texto dava vergonha alheia algumas vezes. os textos da sophia então. sofríveis. realmente a redenção do personagem do gael foi muito artificial. o final mais ainda. me incomodou demais a psicologia não ser o cerne das mudanças dos personagens. ou era a curandeira ou coach equivocado. isso pq tinham muitos médicos, samuel era psiquiatra, muita gente que poderia orientar para tratamentos sérios, mas ninguém ia. mesmo a pobre da beth. sofrendo de abstinência e ninguém procurava um médico, aconselhando. deixavam ela sofrendo sozinha e correndo risco de vida com as loucuras pra conseguir alcool. realmente, cadê o renato? hhahahahahahaha eu gostei da complexidade da personagem da grazi. ela pirou quando descobriu que não podia ter filhos e fez aquele monte de bobagem. eu gostava q ela não fosse linear. estela era muito, mas muito chata. estudou tanto e foi fazer caridade. mesmo sendo economicamente dependente. achei um desserviço transformar a prostituição como a melhor profissão da novela. as donas enricavam. faziam trabalho escravo segurando as moças com dívidas. as moças só tinham clientes lindos e endinheirados que queria casar. glamourização de uma profissão tão precária. beijos, pedrita

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  5. Olá Fábio, tudo bem? Vi tanto comentário surreal na internet, que fiquei pensando como explicar o sucesso de uma novela que foi avaliada como péssima por vários telespectadores? Isentando os críticos, que lançam outro olhar sobre a obra, observo que parte do público parece gostar de sofrer em frente à TV, porque justamente quem critica mais, são aqueles que viram capítulo por capítulo. Se uma novela não é do meu agrado, por que vou perder meu tempo assistindo algo que me incomoda? Acho que houve novelas beeeem piores e não classifico “O Outro Lado do Paraíso” como tal. A novela pode não ter sido um primor e não ter o texto ideal, dito por muitos, mas para mim foi uma novela eficiente e que soube seduzir o telespectador. Guardadas as devidas proporções, vale lembrar que “Pega Pega” teve um quadro parecido: texto bastante discutível, mas bem assistida.
    Particularmente, eu gostei bastante da novela e disfrutei de cada capítulo. Não foi uma história monótona e mesmo que Walcyr tenha usado e abusado dos clichês, funcionaram muito bem em vários momentos. Cada capítulo sempre acabava no ponto mais alto. Quase infartei várias vezes rsrsrssrs. Houve derrapadas na trama? Sim, mas acho que o público precisa relaxar um pouco mais. Novela sem clichê não é novela, fazer o simples e o óbvio despertar interesse no telespectador é difícil. Por isso, a tentativa de vários autores em “rebuscar” tanto a trama acaba resultando em grandes fracassos e exatamente este público, que tanto quer histórias inovadoras, geralmente é o primeiro a rejeitá-las.
    “O Outro Lado do Paraíso” teve uma pegada melodramática durante toda sua transmissão e talvez isso, tenha incomodado a várias pessoas, pois nossas novelas não são mais assim. Ouso dizer, que esta novela venderá como água na América Latina. É aguardar pra ver. Abraços e ótima semana!

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    1. Como ressaltei no post, não foi apenas o texto, mas também a direção.... O ar artificial "gritou" no vídeo....E olha que sou telespectador de produções mais tradicionais.... Abs

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  6. A novela me
    Pareceu uma adaptação brasileira de teve ha junto com os elementos clássicos das novelas do carrasco...personagens engraçadinhos e de bordões. .etc..so texto declamado sw alguns personagens e chato..o melhor núcleo que escapou disso foram os garimpeiros e as quengas ..tipo eo bicleo da fazendo que salva em toda novela dele...acho que ela funciona melhor as seis horas mesmo em produções de época aonde a fala não sei teatral

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    1. Foi uma novela das nove. Não teria espaço na faixa das 18 horas.. Abs

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  7. Eu não vi a novela mas vejo Bárbara Paz como antipática e pretensiosa assim como Massafera como a forçada simplinha, nas entrevistas e aparições. Os bonitões da Globo ficarão?

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    1. Conheço pessoalmente a Bárbara e a Grazi. Elas são muito simpáticas. Bjs

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  8. prefiro o walcry escrevendo novelas das seis pelo que acompanhei esta novela foi muito criticada por sinal..... abraços

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  9. Acompanhei a novela, não gostei dos episódios de violência, já temos de sobra todos os dias em todo o Brasil, com tantos temas a explorar, algo que venha a acrescentar no nosso dia a dia, vem um incitamento a violência...Que tal falar das belezas do Brasil?

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    1. A teledramaturgia deve tocar nas feridas da sociedade brasileira... Bjs

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  10. Foi a única novela que eu não assisti nem o último capítulo. Não consegui... e eu achei que amaria a trama pelas chamadas. Amém que terminou, rs. Abraços!

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  11. Olá Fábio ! Voltei hoje . Meu computador pifou e foi prá conserto > Mas , vc citou muito rapidamente a personagem Laura , do caso de pedofilia . A meu ver , péssima . Sabe, cansou aquelas cenas de chorumelas . E o marido , dócil demais . Difícil marido aguentar uma mulherzinha daquelas . A novela até que começou bem , mas em determinado ponto degringolou . Não quis ver nem o final . Muita enrolação . Ainda bem que acabou . Abraços .

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  12. A questão do nanismo tb não foi bem trabalhada . Uma confusão só . Uma hora vai casar com o portuga . Desiste . Portuga some . Volta , fica cego . estela vira professora . Por fim se casa com o portuga . Quanta bobeira !

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  13. percebia esta novela foi muito criticada tanto pelo publico como pela impressa !

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  14. Cido, personagem interpretado por Rafael Zulu, é um personagem heteronormativo, negro de baixa posição social que se relaciona com o médico do hospital, Samuel, trabalhando como motorista particular do mesmo.

    A trama ganha teor problemático em vários momentos, pois Cido têm o médico como seu amante e vai adquirindo bens pessoais com este relacionamento, inclusive o anel de noivado da mulher que traía no início da trama. Então Samuel o convida para conviver em sua casa, onde Cido e Samuel têm de enfrentar a aceitação da sogra que acaba ganhando tom humorístico durante a trama.

    E como já sabemos, o processo de aceitação do médico vai se desenhando e este se assume para sua mãe que não aceita sua sexualidade, porém passa a empurrar isto com a barriga e o personagem Cido vai morar na casa de Samuel.

    Em vários momentos o personagem de Samuel se sobrepõe ao de Cido, demonstrando melhor capacitado economicamente e intelectualmente. O personagem de Cido é construído em cima do padrão bem utilizado a tempos pela mídia televisiva em novelas, “o negão’’ que tem sua masculinidade bem destacada durante o enredo, fala mal e errado, e sempre é o aproveitador e violento, que necessita de um personagem branco para ascender ou ter plena consciência na importância da virada de sua vida.

    O enredo toma uma proporção de forma que o médico vai assediando Cido com vários ganhos materiais e isso o faz continuar o relacionamento, ambos se traem com mulheres na trama, porém vão prosseguindo a relação. A mãe tenta realizar uma “cura gay’’ com seu filho e logo convence outra funcionária do hospital a seduzir seu filho novamente e esta relação por trás dos panos acaba gerando um filho.

    E, por fim, Cido começa a refletir se faz realmente parte da família após o nascimento do filho, até que é traído, e se retira da casa. A cena de pico do cúmulo é a do médico chegando ao posto de gasolina onde o personagem trabalha, após ter consciência de que realmente é gay e convidando Cido para morar em sua casa. Numa cena de total relação senhor e senhoriado velada.

    Cido volta a morar na casa e sua sogra diz que até pode lhe aceitar, mas para isso ele, negro, terá de fazer tudo que ela branca quiser, e isso inclui tudo mesmo. O personagem começa a realizar tarefas de casa e a fazer café e almoço da família para agradar a sogra e para que isso ajude ela a aceitar a relação, e novamente é colocado em submissão e escanteio quando seu companheiro Samuel reclama da forma como ele faz as tarefas de casa e novamente o trai.

    Enfim…
    Bicha preta submissa e serviçal, vivendo um relacionamento abusivo que vêm sendo fortemente romantizado pela mídia e colocado como exemplo de representatividade na televisão brasileira.

    Para mim tudo isso não passa de uma brincadeira de filho de sinhá com filho de mucama, onde a bicha branca faz o que bem entende com o relacionamento e com seu parceiro negro e, por fim, sairá como salvadora do seu negro de estimação, como em todo enredo.

    Não vejo representatividade. E temos que nos atentar a este jogo feito pela mídia. Pois estas produções acabam por naturalizar questões abusivas como racismo velado e estereótipos relacionados ao corpo negro.

    E com isso, esta massa que repudia e esta massa que sente-se desconstruída e quebradora de padrões acaba por reproduzir racismo em cima de homofobia sem a menor reflexão sobre, pois, claro, o negro na televisão não vêm sendo pensado. E duvido muito que acabaremos com as opressões sociais mostrando retratos convenientes de grupos sociais.

    Texto de Gabriel Sanpêra

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