Olá, internautas
Nesta sexta-feira (09/11), “Segundo Sol” chegou ao fim. A
novela de João Emanuel Carneiro não encantou o telespectador. Como já tínhamos
alertado nos primeiros capítulos, o autor abusou da tríade de vilões Laureta,
Karola e Remy que sufocou a trama.
A novela conquistou alguma consistência com
o núcleo liderado por Roberval (Fabricio Boliveira). Mesmo assim, “Segundo Sol”
não iluminou. Foi um verdadeiro eclipse. Segue o nosso tradicional balanço com
os pontos positivos e negativos.
PONTOS POSITIVOS
Deborah Secco (Karola): a atriz mostrou versatilidade ao encarar
a vilã Karola. A atriz, normalmente, encarna as mocinhas nas telenovelas.
Superou o desafio.
Adriana Esteves (Laureta): a atriz não trouxe resquícios de
Carminha em Laureta. Adriana conseguiu desenvolver um bom trabalho como a
cafetina-mor da Bahia. O desfecho da personagem foi uma das poucas boas
inspirações do autor. Votem Laureta, 6969!
Emilio Dantas (Beto Falcão): mesmo com o personagem engolido
pelo desenrolar da novela, o ator desenvolveu um bom trabalho. Emilio conseguiu
imprimir uma identidade própria ao ídolo do axé baiano.
Chay Suede (Ícaro): o ator, mais uma vez, chamou a atenção
em uma novela das nove. Sobressaiu em “Segundo Sol” como o “pivete” Ícaro. É
válido destacar que o desfecho do personagem foi incoerente, já que não chegou
ao final feliz com Rosa (Leticia Colin).
Claudia di Moura (Zefa): a atriz, pouco conhecida do público,
chamou a atenção ao viver Zefa, uma das personagens mais queridas de “Segundo
Sol”. A atriz fugiu da mesmice que marca as escalações da teledramaturgia da TV
Globo.
Osmar Silveira (Narciso): foi impressionante acompanhar o
trabalho do ator em “Segundo Sol”. Realmente parecia outra pessoa para quem
acompanhou “O Rico e Lázaro”. Lembrou em
nada o príncipe Joaquim. Aproveitou a oportunidade ao viver o traficante e
usuário de drogas, Narciso.
Renata Sorrah: ótima participação especial na reta final da novela.
PONTOS NEGATIVOS
Roteiro: o roteiro da novela apresentou fortes incoerências.
O autor desprezou o parentesco entre Remy e Karola. Nenhum personagem
questionou o enlace entre tio e sobrinha. Além disso, o mote principal de “Segundo
Sol” ficou apagado. A morte de Beto Falcão, a riqueza proporcionada pelos
direitos artísticos de sua trajetória musical e a menor desconfiança de Miguel por
seus fãs causaram estranhamento no telespectador. Forçado demais.
Giovanna Antonelli (Luzia): a atriz, que coleciona trabalhos marcantes,
ficou apagada em “Segundo Sol”. Uma das piores personagens em sua carreira
artística. Luzia não envolveu o telespectador.
Trisal: a formação do trisal entre Ionan (Armando Babaioff),
Maura (Nanda Costa) e Selma (Carol Fazu) não convenceu. Aliás, o autor João
Emanuel Carneiro não trabalha bem a temática da homossexualidade em suas
telenovelas. Foi assim em “A Favorita” e também em “Avenida Brasil”. Além disso,
o final do policial com sua ex-esposa Doralice (Roberta Rodrigues) também não
foi uma boa solução.
Rosa (Leticia Colin): a personagem desandou na novela. Começou
de um jeito, seguiu um rumo e terminou ao lado de Valentim (Danilo Mesquita). Tudo
errado.
Falta da Bahia: a falta do gene soteropolitano contaminou
toda a novela. A trama poderia ter sido ambientada em qualquer outra cidade. A Bahia
não foi incorporada na trama.A homenagem ao axé não aconteceu.
Ideologia: o sucesso da ideologia ocorre quando passa despercebida. Remy era o único ovelha negra da família Falcão. Depois, o telespectador soube que ele não era filho de Dodô, mas de um "subversivo". Laureta tinha o mesmo sangue "comunista" desse pai. E Karola era filha de uma vilã com sangue "esquerdista" e de um empreiteiro. A união entre esquerda e empreiteira resulta em más consequências.
Ideologia: o sucesso da ideologia ocorre quando passa despercebida. Remy era o único ovelha negra da família Falcão. Depois, o telespectador soube que ele não era filho de Dodô, mas de um "subversivo". Laureta tinha o mesmo sangue "comunista" desse pai. E Karola era filha de uma vilã com sangue "esquerdista" e de um empreiteiro. A união entre esquerda e empreiteira resulta em más consequências.
Fabio Maksymczuk
adorei a primeira foto. expressa bem o que eu achei dessa novela. vi bastante no começo, mas já me irritava. depois mal via. a polêmica de ter poucos negros e os que tinham serem pra variar empregados me incomodavam profundamente. zefa continuava de uniforme mesmo o filho sendo dono da casa. os outros negros ficavam só de pano de fundo como a esposa do policial. novela pra ser esquecida. ou pelo menos pra se aprender com ela. beijos, pedrita
ResponderExcluirFundo do baú...
Excluiro publico colocou esperanças desta novela ser melhor devido a decepção com a anterior !
ResponderExcluirEu não botei fé desde as chamadas
Excluir"Oxente rapaz, que resenha é essa?" kkkkk. Depois de acompanhar "Segundo Sol" é hora de deixar o vocabulário baianês de lado. Foi uma novela bastante irregular, com situações difíceis de engolir e cheia de clichês. Acho que a novela bateu todos os recordes de descoberta de paternidade e maternidade, recurso usado exaustivamente durante a história. Que venha "O Sétimo Guardião". Abraços e boa semana,
ResponderExcluirCristiano Ferrer
www.primetelenovelas.com
Para com isso, pivete...
ExcluirEssa atriz tem muito prestígio na Globo. Pelo que vislumbro, não tenho certeza, ela trabalha no mesmo papel e sempre da mesma forma. O que me chama atenção é o seu gesticular, idêntico faça boazinha, piadista e malévola.
ResponderExcluirDiscordo
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