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sábado, 10 de novembro de 2018

"Segundo Sol" chega ao fim como eclipse lunar


Olá, internautas

Nesta sexta-feira (09/11), “Segundo Sol” chegou ao fim. A novela de João Emanuel Carneiro não encantou o telespectador. Como já tínhamos alertado nos primeiros capítulos, o autor abusou da tríade de vilões Laureta, Karola e Remy que sufocou a trama. 

A novela conquistou alguma consistência com o núcleo liderado por Roberval (Fabricio Boliveira). Mesmo assim, “Segundo Sol” não iluminou. Foi um verdadeiro eclipse. Segue o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Deborah Secco (Karola): a atriz mostrou versatilidade ao encarar a vilã Karola. A atriz, normalmente, encarna as mocinhas nas telenovelas. Superou o desafio.

Adriana Esteves (Laureta): a atriz não trouxe resquícios de Carminha em Laureta. Adriana conseguiu desenvolver um bom trabalho como a cafetina-mor da Bahia. O desfecho da personagem foi uma das poucas boas inspirações do autor. Votem Laureta, 6969!

Emilio Dantas (Beto Falcão): mesmo com o personagem engolido pelo desenrolar da novela, o ator desenvolveu um bom trabalho. Emilio conseguiu imprimir uma identidade própria ao ídolo do axé baiano.  

Chay Suede (Ícaro): o ator, mais uma vez, chamou a atenção em uma novela das nove. Sobressaiu em “Segundo Sol” como o “pivete” Ícaro. É válido destacar que o desfecho do personagem foi incoerente, já que não chegou ao final feliz com Rosa (Leticia Colin).

Claudia di Moura (Zefa): a atriz, pouco conhecida do público, chamou a atenção ao viver Zefa, uma das personagens mais queridas de “Segundo Sol”. A atriz fugiu da mesmice que marca as escalações da teledramaturgia da TV Globo.

Osmar Silveira (Narciso): foi impressionante acompanhar o trabalho do ator em “Segundo Sol”. Realmente parecia outra pessoa para quem acompanhou “O Rico e Lázaro”.  Lembrou em nada o príncipe Joaquim. Aproveitou a oportunidade ao viver o traficante e usuário de drogas, Narciso.

Renata Sorrah: ótima participação especial na reta final da novela.

PONTOS NEGATIVOS

Roteiro: o roteiro da novela apresentou fortes incoerências. O autor desprezou o parentesco entre Remy e Karola. Nenhum personagem questionou o enlace entre tio e sobrinha. Além disso, o mote principal de “Segundo Sol” ficou apagado. A morte de Beto Falcão, a riqueza proporcionada pelos direitos artísticos de sua trajetória musical e a menor desconfiança de Miguel por seus fãs causaram estranhamento no telespectador. Forçado demais.

Giovanna Antonelli (Luzia):  a atriz, que coleciona trabalhos marcantes, ficou apagada em “Segundo Sol”. Uma das piores personagens em sua carreira artística. Luzia não envolveu o telespectador.

Trisal: a formação do trisal entre Ionan (Armando Babaioff), Maura (Nanda Costa) e Selma (Carol Fazu) não convenceu. Aliás, o autor João Emanuel Carneiro não trabalha bem a temática da homossexualidade em suas telenovelas. Foi assim em “A Favorita” e também em “Avenida Brasil”. Além disso, o final do policial com sua ex-esposa Doralice (Roberta Rodrigues) também não foi uma boa solução.  

Rosa (Leticia Colin): a personagem desandou na novela. Começou de um jeito, seguiu um rumo e terminou ao lado de Valentim (Danilo Mesquita). Tudo errado.

Falta da Bahia: a falta do gene soteropolitano contaminou toda a novela. A trama poderia ter sido ambientada em qualquer outra cidade. A Bahia não foi incorporada na trama.A homenagem ao axé não aconteceu. 

Ideologia: o sucesso da ideologia ocorre quando passa despercebida. Remy era o único ovelha negra da família Falcão. Depois, o telespectador soube que ele não era filho de Dodô, mas de um "subversivo". Laureta tinha o mesmo sangue "comunista" desse pai. E Karola era filha de uma vilã com sangue "esquerdista" e de um empreiteiro. A união entre esquerda e empreiteira resulta em más consequências.

Fabio Maksymczuk

8 comentários:

  1. adorei a primeira foto. expressa bem o que eu achei dessa novela. vi bastante no começo, mas já me irritava. depois mal via. a polêmica de ter poucos negros e os que tinham serem pra variar empregados me incomodavam profundamente. zefa continuava de uniforme mesmo o filho sendo dono da casa. os outros negros ficavam só de pano de fundo como a esposa do policial. novela pra ser esquecida. ou pelo menos pra se aprender com ela. beijos, pedrita

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  2. o publico colocou esperanças desta novela ser melhor devido a decepção com a anterior !

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  3. "Oxente rapaz, que resenha é essa?" kkkkk. Depois de acompanhar "Segundo Sol" é hora de deixar o vocabulário baianês de lado. Foi uma novela bastante irregular, com situações difíceis de engolir e cheia de clichês. Acho que a novela bateu todos os recordes de descoberta de paternidade e maternidade, recurso usado exaustivamente durante a história. Que venha "O Sétimo Guardião". Abraços e boa semana,

    Cristiano Ferrer
    www.primetelenovelas.com

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  4. Essa atriz tem muito prestígio na Globo. Pelo que vislumbro, não tenho certeza, ela trabalha no mesmo papel e sempre da mesma forma. O que me chama atenção é o seu gesticular, idêntico faça boazinha, piadista e malévola.

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