Olá, internautas
Na última semana, fui ao Theatro NET aqui em São Paulo
capital. Assisti “70? Década do Divino Maravilhoso – Doc. Musical”. Que anos
maravilhosos! Na realidade, o espetáculo é um grande show com as canções que
ressoam até hoje. Senti o desafio de condensar todo aquele material em “apenas”
três horas. É muita música boa. E ainda há Baby do Brasil. Que artista
incrível.
O trio de As Frenéticas também chama a atenção no palco. “Na nossa festa vale
tudo..Vale ser alguém como eu..Como você..Dance bem..Dance mal..Dance sem
parar”... Imagino o desespero dos montadores em selecionar as canções que
teriam trechos cantados em sua integralidade, músicas e artistas que pipocariam no
telão e aqueles que seriam cortados. É a década mais rica culturalmente.
Na nossa seara, mundo televisivo, eu teria feito outro
corte. Poucas novelas foram lembradas (o show é musical. OK!). Por isso mesmo,
eu tiraria Saramandaia e teria valorizado Escrava Isaura que não apareceu. Eu
posso estar enganado, mas eu só vi citação a Irmãos Coragem, Saramandaia,
Dancin’Days e Malu Mulher. A novela protagonizada por Lucelia Santos e Rubens
de Falco é ícone da nossa teledramaturgia. Alguns comunicadores também surgiram no telão, como Silvio Santos (em uma chamada da TV Tupi), Chacrinha e
Hebe Camargo.
E o que falar das músicas que entraram no espetáculo? É uma
melhor que a outra. Uma atrás da outra. Como o tempo é restrito (três horas..E
é sério isso...Rs..), eu teria cortado a repetição de Chico Buarque, Gilberto
Gil e Caetano Veloso. E teria aberto mais espaço a outros artistas, como o
próprio Roberto Carlos que vivia o auge de sua carreira e Antonio Marcos, por
exemplo. E ainda prestaria uma homenagem a Vanusa que vive uma situação
muito triste hoje em dia. Manhãs de Setembro... As manhãs.... Ela pipocou no
telão.
Os montadores poderiam ter focado apenas no cancioneiro
popular para valorizar ainda mais os nossos artistas? Até passou pela minha
mente tal situação, mas como negligenciar Abba? Daí um puxa o outro. Missão
impossível. E tem ainda o filme norte-americano “Os Embalos de Sábado à Noite”
que simboliza tal era. E há ainda Elvis Presley. Enfim, é uma sucessão de
excelentes músicas e artistas.
Recomendo o espetáculo “70? Década do Divino Maravilhoso –
Doc. Musical” dirigido por Frederico Reder com texto de Marcos Nauer.
Fabio Maksymczuk
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