Olá, internautas
Nesta sexta-feira (22/11), “A Dona do Pedaço” chegou ao
último capítulo. A novela de Walcyr Carrasco terminou com o objetivo
prioritário alcançado. A trama elevou os índices de audiência herdados de “O
Sétimo Guardião” que derrubou a faixa mais nobre da emissora platinada.
“A Dona do Pedaço” ficou ao redor dos 40 pontos com
frequência. Carrasco é autor de novelas populares. Texto simples. Diálogos
diretos. Nada contra. Neste espaço, comentamos sobre as novelas mexicanas sem
preconceito. Porém, o autor, que emenda uma novela à outra sem respiro, apostou
em um roteiro raso e com sérios problemas.
Na mudança de fase, falamos sobre a atuação de Caio Castro
que interpretou Rock. Ressaltamos que a sua atuação lembrava, nestes primeiros
capítulos, o personagem Grego, de “I Love Paraisópolis”. No decorrer da trama,
o ator conseguiu imprimir uma identidade própria ao boxeador. Desenvolveu um
bom trabalho. Feito esse registro, segue o nosso tradicional balanço com os
pontos positivos e negativos.
PONTOS POSITIVOS
Nathalia Dill (Fabiana): “Eu fui criada num convento”.
O bordão da personagem caiu no gosto popular. A atriz passou a impressão de se
divertir com as maldades da ex-noviça. Ela se destacou positivamente no elenco.
Rainer Cadete (Teo): com o fotógrafo Téo, o ator tirou Visky
da sua imagem. Interpretou um dos personagens mais queridos da novela. O desfecho do personagem foi incoerente.
Abel (Pedro Carvalho) e Britney (Glamour Garcia): dentro do
espírito da obra, a história paralela funcionou. Abel e Britney formaram um
casal que ganhou a simpatia do telespectador, mesmo entre os mais
conservadores. A personagem trans entrou na novela como um elemento agregador.
Não ficou solta no roteiro.
Deborah Evelyn (Lyris): a atriz sobressaiu ao viver a
personagem que adorava comer bolo de limão e apreciava a “terceirização” com
Tonho (Betto Marque). Deborah passou leveza a Lyris. Entrou no clima da brincadeira.
Guilherme Leicam (Leandro): independentemente da mudança de
“rota do personagem”, o ator aproveitou a oportunidade e se destacou no elenco
jovem da novela. Interpretou um personagem homoafetivo sem estereótipos.
Bruno Bevan (Zé Helio): o ator aproveitou a oportunidade ao
interpretar o doce Zé Helio. A telespectadora torceu para o mocinho chegar ao
final feliz com Beatriz (Natalia do Vale). Ator com boas perspectivas na TV
Globo.
PONTOS NEGATIVOS
Maria da Paz (Juliana Paes): a teledramaturgia atual é
marcada por mulheres empoderadas. Firmes. Donas do seu pedaço. Foi assim até
com Clara, vivida brilhantemente por Bianca Bin, em “O Outro Lado do Paraíso”
no ano passado. Apesar disso, o autor apostou em uma protagonista que ganhou a
alcunha de “a trouxa do pedaço”. A mudança de fase provocou um grave ruído. A
personagem de Rio Vermelho se transmutou em algo que o telespectador não
reconheceu. Juliana Paes adotou um
sotaque estranhíssimo que imediatamente gerou rejeição no público. No decorrer
da trama, a atriz abandonou tal elemento na construção da personagem. No geral,
Juliana defendeu bem a sua Maria da Paz, mesmo com a incoerência de ser uma
empreendedora de sucesso com uma postura abobalhada.
Vivi Guedes (Paolla Oliveira) e Chiclete (Sergio Guizé):
Paolla apostou em uma interpretação afetada para a influenciadora digital.
Combinou com o espírito da obra. Porém, há um problema grave que não foi
resolvido pelo autor. Chiclete, na realidade, estava bem longe ser um mocinho.
Era um matador de aluguel. Em nenhum momento, pagou pelos seus crimes. E Vivi
caiu nos encantos do justiceiro. Como assim?
Agno (Malvino Salvador) e Leandro (Guilherme Leicam): o
autor resolveu limpar a “carreira pregressa” do Mão Santa após pagar penitência
religiosa decidida em confissão. O mesmo problema de Chiclete ocorre com
Leandro. Malvino ganhou um personagem desafiador em sua carreira ao interpretar
um homem casado com mulher, mas homossexual na realidade. Desenvolveu um bom
trabalho ao não apostar em estereótipos. Apesar disso, o casal Agno e Leandro
não despertou grandes arroubos no público.
Marco Nanini: muito provavelmente, Nanini ganhou o pior
personagem em toda a sua carreira artística. Eusébio era constrangedor. Ator
muito mal aproveitado. A “mão descontrolada” foi uma das maiores bobagens de “A
Dona do Pedaço”.
Núcleo de Cornélia (Betty Faria): núcleo paralelo que
acrescentou em nada ao folhetim. “Encheção de linguiça”. Todos os atores foram
mal aproveitados, como Betty Faria (Cornélia), Tonico Pereira (Chico), Rosi
Campos (Doroteia), além do próprio Nanini.
Triângulo amoroso entre Maria da Paz, Amadeu (Marcos
Palmeira) e Regis (Reynaldo Gianecchini): o autor trabalhou mal a relação
amorosa da protagonista. Marcos Palmeira é outro ator que praticamente surgiu
como figurante de luxo em grande parte da trama. Ressuscitou apenas na reta
final.
Procura das sobrinhas de Maria da Paz: a história do sumiço
das sobrinhas de Maria da Paz deveria ter conquistado mais destaque na novela.
O reencontro de Fabiana e Vivi poderia ter sido mais emocionante.
Desfecho de Josiane (Agatha Moreira): Josiane apronta todas na novela. Trai a mãe. Mata as
pessoas. E ainda sai por cima? Que isso...
Fabio Maksymczuk
vi muito pouco. eu gostei do final da fabiana e da josiane. pena q correram com o casamento da britney só pra focar no curso intensivo de como subjugar uma mulher. achei absurdo q a outra digital influencer, a silvia, naufragou no final. mal aparecia de figuração nos eventos com todo o elenco. beijos, pedrita
ResponderExcluircasamennto da Britney foi na quinta...
ExcluirMais uma péssima novela desse autor, o que não é nenhuma novidade nos últimos anos. O pior é que ele realmente pensa que toda mundo gosta e não está nem aí pra críticas. Enquanto isso, os desserviços, as incoerências, o texto pobre e o roteiro cheio de clichês e viradas sem sentido só pioram. O que virou o horário das nove nos últimos tempos é triste.
ResponderExcluireu admiro o Walcyr Carrasco, mas não gostei das últimas duas novelas
ExcluirDiscordo de todos os pontos.
ResponderExcluirOK
ExcluirSão Paulo não é Brasil mas São Paulo. Por aqui ninguém sabe ninguém viu.
ResponderExcluirSim
ExcluirOlá, Fábio!
ResponderExcluirFaz muito tempo que não as vejo nenhuma novela, antes eu era viciada e amava!
Beijinhos
informe-se por aqui!
Excluirconcordo com todos os pontos!
ResponderExcluirpositivos e negativos.
https://juliamodelodemodelo.blogspot.com/
Um horror o final ! Abomino!
ResponderExcluirpasso
ExcluirConcordo com os seus pontos positivos e negativos sobre a novela. E não gostei da Maria da Paz não ficar com o Régis porque apesar do que ele fez ele se arrependeu e mudou por ela e ela e o Amadeu não tinha quimica de casal se dava melhor como amigos o Amadeu foi apático. E ainda o Régis morrer pela as mãos da Josiane ele acreditou nela que ela tinha mudado e pediu ela em casamento.
ResponderExcluirRegis não era santo, mas também não concordei com o desfecho do personagem. Maria da Paz tinha que chegar ao final feliz com o Amadeu.
ExcluirO que pegou mesmo que as pessoas falaram foi o fato da traição com a própria filha foi até com a própria Juliana Paes falou que não tinha capacidade de ficar com o homem que ficou com a filha. E se vê a química de Régis e Maria da Paz. E pra você que o walcyr carrasco poderia ter feito com o triângulo porque disse que foi figurante de luxo. Amadeu e Maria da Paz não tinha aquele fogo
ExcluirOi tambem achei o final de muito mau gosto a josiane tinha que ter pagado pelos seus crimes e nao ter ficado impune na expectativa de dar um golpe do bau num cara rico, fazendo todo mundo de idiota mas infelizmente o final dela nao é tao descabido assim aquele cara que deu as tesouradas na filha da gloria perez nao ficou nem dez anos na cadeia e hoje ta solto por ai fazendo uma vida normal e se escondendo por tras da capa da religiao que nem a criminosa da ficcao.
ResponderExcluirSe nem nas novelas os criminosos pagam pelos seus actos em que vamos acreditar entao? Basicamente o walcyr jogou na nossa cara que vale a pena ser bandido.
não é?
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