“Amor de Mãe” é a nova aposta da TV Globo. A novela das
nove, de Manuela Dias com direção artística de José Luiz Villamarim, estreou em
ritmo de série. Na realidade, há um embate entre dois grupos na teledramaturgia
da emissora.
O primeiro deseja que as produções se encaixem em uma “escala
global”, ou seja, com os princípios das séries norte-americanas,
principalmente. Já o outro defende o valor do melodrama como elemento
primordial dos folhetins. Já comentamos sobre esse debate que ocorre no Encontro
Obitel Brasil de Pesquisadores de Ficção Televisiva realizado na USP.
“Amor de Mãe” integra profissionais do primeiro grupo. Na
realidade, o formato da telenovela precisa ser valorizado. É elemento
característico da nossa cultura televisiva.
A nova trama apresenta um roteiro bem arquitetado. São três
histórias que se cruzam. A história se alicerça em mães que vivem realidades diferentes.
Regina Casé é o maior destaque até aqui ao viver Lurdes, nordestina que batalha
pela sua família no Rio de Janeiro.
Já Taís Araújo interpreta Vitória, uma advogada milionária
que deseja ser mãe. É uma personagem negra que sai do estereótipo das produções
da emissora. Ótimo. Adriana Esteves dá vida a Thelma, uma mãe superprotetora que
descobre uma doença incurável.
Por outro lado, há alguns elementos que forçam a história
para rodar. Magno (Juliano Cazarré) mata um homem, pega o celular do morto por
engano, atende a ligação e passa o seu nome verdadeiro (!!!) para a mãe do
assassinado, faz questão de entregar (!!!) o aparelho, realiza um serviço
doméstico na residência da progenitora e aproxima-se ainda mais da irmã do
falecido.
A direção de Villamarim fortalece ainda mais a impressão de
série em “Amor de Mãe”. Há diversas cenas contemplativas com bela fotografia e trilha
musical ao fundo. E isso resulta no afastamento do telespectador. A faixa
horária despencou da casa dos 40 pontos para 30. O roteiro precisa avançar por mais de 150
capítulos. E o texto não pode perder o fôlego com um ritmo que precisa ser mais
acelerado. Esse será o grande desafio da nova aposta da emissora platinada.
“Amor de Mãe” precisa ter a “pegada” de uma novela. Até
aqui, mais parece uma supersérie transportada para a faixa das nove da noite.
Fabio Maksymczuk
belíssima novela, grande elenco. amando cenários e figurinos realistas. trama realistas. as pessoas como são, com erros e acertos. beijos, pedrita
ResponderExcluirsei não....
ExcluirMas Amor de Mãe continua seguindo a essência do folhetim, só apresenta algumas poucas novidades, que, por sinal, são muito bem-vindas, visto as últimas produções da faixa...
ResponderExcluirE não entendi tanto destaque pra queda de audiência, toda primeira semana de novela é a mesma coisa, não precisa fazer alarde.
Amor de Mãe não tem ritmo de novela....
ExcluirAdorei a novela espero que não mudem só por causa da audiência.
ResponderExcluira audiência está fora da meta
ExcluirAudiência não é tudo
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