Páginas

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

"Jornal Nacional" transforma jornalismo em peça publicitária da Reforma Administrativa


Olá, internautas

Nesta semana, o “Jornal Nacional” promoveu, de uma maneira mais consistente, a promoção da Reforma Administrativa que atinge diretamente a estrutura do combalido Estado brasileiro. O noticiário da TV Globo usou a reportagem como peça de propaganda de tal medida defendida ardorosamente pelos chamados “liberais” que defendem o Estado mínimo.

“JN” destacou os salários “aviltantes” dos “funcionários públicos”. Um “peso” que cai na sociedade brasileira. Apresentou os índices que comprovariam o “Estado inchado”. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é o maior baluarte desta campanha. E jogou a responsabilidade no colo do presidente Jair Bolsonaro que deveria incentivar o andamento do projeto.

Mesmo com a situação “dramática”, o “líder da Nação”, de acordo com o “JN”, não estaria muito entusiasmado. O telejornal adota uma clara linha de oposição ao presidente.

Porém, o “Jornal Nacional” não buscou outras vozes que são contrárias à propagada Reforma Administrativa. Além disso, o noticiário generalizou o termo “servidores públicos” e não observou que, em sua grande maioria, a “classe demonizada” é formada, majoritariamente, por policiais (civis e militares), professores e demais profissionais da saúde, incluindo médicos.

O “JN” também não apontou que os “altos salários” surgem especialmente no Poder Judiciário. Em sua ampla maioria, professores e policiais, que atuam na linha de frente do “Estado”, não são valorizados e recebem baixos salários.  

“Jornal Nacional” transforma o jornalismo em peça publicitária da Reforma Administrativa. É mais um capítulo da precarização do trabalho no Brasil. Lamentável.

Fabio Maksymczuk

4 comentários:

  1. E grandes empresas corporações também deveriam pagar mais inpisrps de acordo com seu tamanho. .mas isso não vão falar

    ResponderExcluir
  2. Oi Fabio, tudo bem? Complicado mesmo! Sou funcionário público, de baixíssimo clero e com salário bem modesto. E sempre que esta discussão acontece, não falta quem me coloque junto aos "grandes salários". Quem dera! O problema não é o funcionalismo público, mas uma parte "privilegiada" deste funcionalismo, que é, como você bem apontou, o judiciário, seus altos salários e seus privilégios contestáveis. Enfim, é uma discussão que merecia mesmo mais cuidado. Abraço! www.tele-visao.com

    ResponderExcluir