Olá, internautas
Nesta sexta-feira (12/03), a TV Globo encerrou a edição
especial de “A Força do Querer”. Como já previsto desde o seu anúncio, a
novela, que continua muito viva na memória afetiva do telespectador, enfrentou
dificuldades para repetir o fenômeno de audiência da sua primeira exibição. Reprise
muito precoce. Mesmo assim, a trama subiu na reta final.
Quando a segunda exibição de “A Força do Querer” conseguiu
emplacar nos índices de audiência, a TV Globo resolveu encurtar o espaço da
novela de Gloria Perez para encaixar os “melhores momentos” de “Amor de Mãe”
que entrará com capítulos inéditos a partir desta segunda-feira (15/03). Erro grave.
Teria sido mais coerente resgatar a “primeira temporada” de
Amor de Mãe por apenas uma semana a partir desta segunda.
Republicaremos o balanço final de “A Força do Querer” divulgado anteriormente em nosso antigo espaço do UOL.
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"A Força do Querer" termina como grande novela da década
Olá, internautas
Nesta sexta-feira (20/10), a TV Globo exibiu o último
capítulo de “A Força do Querer”. Missão dada. Missão cumprida. Assim, simboliza
a conquista de Gloria Perez, direção e equipe. A autora e demais companheiros
de jornada elevaram os índices de audiência da então combalida faixa horária, a
mais tradicional da TV brasileira.
A emissora platinada retornou para a casa dos 50 pontos com
“A Força do Querer”. A novela demonstrou a força da Globo nos lares
brasileiros. Sempre ressaltamos neste espaço que Gloria Perez é a melhor autora
de telenovelas do Brasil. E ela justificou o título com uma obra competente que
envolveu o telespectador. Também é importante salientar a direção de Rogerio
Gomes que trouxe um bom ritmo no desenvolvimento da história.
Gloria trouxe conjunto e harmonia ao texto. Fato que sempre
cobramos neste espaço. Em outras novelas, há retalhos de diferentes autores e
colaboradores que formam um capítulo desalinhado. Gloria escreve sozinha as
suas obras. Trabalho redobrado, mas recompensador ao público.
“A Força do Querer” termina como uma das três grandes
novelas da década. Todas as histórias foram contadas com um ritmo que não
deixou a famosa “barriga”. A estrutura do roteiro fugiu do tradicional núcleo
principal irrigado por histórias paralelas. Bibi, Jeiza, Silvana, Ivan/Ivana,
Ritinha e até a antagonista Irene formavam um conjunto de protagonistas da
novela sem uma atrapalhar a outra. Todas brilharam ao mesmo tempo.
Antes do nosso tradicional balanço com os pontos positivos e
negativos, gostaria de deixar alguns registros. Fiuk, que interpretou Ruy, foi
alvo de uma campanha negativa nas redes sociais. Discordo do achincalhamento
sofrido pelo rapaz. O ator desempenhou um trabalho correto e não comprometeu a
novela. Nitidamente, evoluiu em comparação
a trabalhos anteriores. Já Maria Fernanda Cândido também cumpriu sua missão ao
trazer sua feminilidade, impregnada em Joyce, para duelar com a masculinidade
de Ivan/Ivana.
Segue o nosso balanço final.
PONTOS POSITIVOS
Juliana Paes (Bibi): a atriz viveu o auge de sua carreira ao
encarnar Bibi “Perigosa”. Uma personagem que demonstrou a competência da
estrela da TV Globo. A atriz trouxe a humanidade da mulher que escolheu um
caminho e pagou as consequências. A novela
não glamourizou o mundo do crime. Ao contrário. “A Força do Querer” expôs uma
chaga que assola a sociedade brasileira. Bibi foi punida e mereceu a redenção
ao lado de Caio (Rodrigo Lombardi). Sempre torci por esse final.
Isis Valverde (Ritinha): a atriz, mais uma vez, sobressaiu.
Isis sempre se destaca nas novelas da TV Globo. Realiza ótimos trabalhos um
atrás do outro. O público ficou encantado com a “sereia”. Isis personificou a
liberdade da mulher com a personagem.
Paolla Oliveira (Jeiza): era visível o prazer da atriz ao
interpretar Jeiza, policial e lutadora do UFC.
Viveu uma das melhores fases de sua carreira. Paolla demonstrou
competência e segurança com esse trabalho. Personificou os dilemas da mulher
contemporânea.
Marco Pigossi (Zeca): um dos trabalhos mais desafiadores
para o ator. Superou o desafio de encarnar um sotaque complicadíssimo.
Encontrou o tom durante o desenvolvimento da história e envolveu o público que
torceu pelo final feliz do personagem com Jeiza.
Carol Duarte (Ivan/Ivana): a grande revelação de “A Força do
Querer”. A atriz encarnou a personagem mais desafiadora da novela. Com o texto
sensível de Gloria Perez, a atriz conseguiu passar o drama de Ivan/Ivana e a
questão da transexualidade que até então era incompreendida por grande parte da
sociedade. Importante trabalho de conscientização no combate ao
preconceito.
Zezé Polessa (Edinalva): a atriz mostrou sua versatilidade
em “A Força do Querer”. Interpretou uma das personagens mais populares da
novela. Formou uma boa “tabelinha” com Tonico Pereira. Seu Abel é uma cobra
caninana.... O pau te acha, Ritinha..O pau te acha... Responsável pelos bordões
que caíram na boca do povo. Ótimo
trabalho.
Elizangela (Aurora): a atriz personificou a reação do
telespectador ao perceber a hecatombe da filha Bibi. Elizangela brilhou ao
viver Dona Aurora com uma interpretação concisa e emocionante.
Lilia Cabral (Silvana): Silvana foi a personagem que mais
conquistou o seu espaço do início ao último capítulo. O talento da atriz Lilia
Cabral ajudou a alavancar o drama da jogadora compulsiva.
Betty Faria (Elvira): a atriz ressurgiu na tela em um
trabalho que honrou a história da atriz na teledramaturgia. Conduziu as
“peraltices” de Elvirinha com maestria.
João Bravo (Dedé): o ator mirim emocionou o telespectador em
diferentes momentos, principalmente do aniversário de Dedé que contou com
apenas o amigo Yuri (Drico Alves).
Rodrigo Lombardi (Caio): o ator cumpriu a sua missão ao
viver o ético Caio. Ele passa virilidade no vídeo. E, em nenhum momento,
relembrou o histórico Raj na nova parceria com Juliana Paes.
Jonathan Azevedo (Sabiá): outra ótima revelação da novela
"A Força do Querer". O ator aproveitou a oportunidade e demonstrou
competência ao viver o traficante Sabiá.
PONTOS NEGATIVOS
Edson Celulari (Dantas): personagem totalmente solto e
desconectado. Sobrou na estrutura do roteiro. O ator ficou perdido na novela.
Bruna Linzmeyer (Cibele): apesar do final interessante, a
personagem também sobrou na estrutura de “A Força do Querer”. Ficou solta e
desconectada desde o rompimento do casamento com Ruy (Fiuk).
Último capítulo: o último capítulo não honrou a excelente
novela que já deixa saudade. Para finalizar a história dos personagens, a
edição surgiu “videoclipizada”. Pá Pum. Sem grande desenvolvimento de histórias
que poderiam ainda render no vídeo. Na
realidade, faltaram alguns capítulos adicionais (pelo menos, cinco) para
retratar com mais parcimônia os desfechos. Claudio viu Ivan/Ivana e ficou
chocado. Logo em seguida, aceitou um beijo “chocho”. Sem grandes explicações.
Estão juntos. E ponto final. E o que falar do tão aguardado “reencontro” de Ruy
e Zeca? Caíram no rio novamente, acordaram e notaram o índio. Trocaram olhares
e, logo em seguida, um chama o outro de irmão no Rio de Janeiro. Sem conversas.
Sem diálogos entre os dois. Faltou emoção neste momento tão esperado desde o
primeiro capítulo.
Abertura da novela: a abertura da novela poderia servir para
qualquer novela. Não tinha identidade alguma com a obra. A impressão passada é
que pegaram cenas gravadas no Monte Roraima, de Império, juntaram com outras e
pronto!
Título da novela: a autora poderia ter criado um título mais
marcante para a obra. “A Força do Querer” ficou genérico.
Fabio Maksymczuk
Obrigada por sempre me vistar. Mas, com a paciência que vocêw tem em assistir estas novelas nada me admira mais.
ResponderExcluirsempre visito os blogueiros e blogueiras
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