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sábado, 15 de maio de 2021

"Estação Livre" ameniza carência na TV Cultura


Olá, internautas

A TV Cultura rearranjou a faixa das 22 horas, após “Jornal da Cultura”, com uma programação interessante. Agora nas noites das sextas-feiras vai ao ar “Estação Livre”, sob comando da jornalista e empreendedora Cris Guterres.

A nova atração “tem a missão de valorizar a cultura negra, a diversidade do Brasil e trazer a sociedade para repensar e ajudar a reconstruir um país mais justo para todos”. A comunidade afro-brasileira, aos poucos, galga mais espaço na mídia, velha demanda deste espaço. Já discutimos que a TV brasileira continua sendo um cenário para o chamado “racismo estrutural” ou “ideologia do branqueamento”.

A programação do veículo de comunicação mais importante do nosso País não abarca a diversidade tão marcante da sociedade. Na RedeTV!, “Trace Trends” tinha objetivo semelhante. Agora, a TV Cultura demonstra preocupação com a temática.

“Estação Livre” é basicamente uma arena onde convidados expõe dilemas deste grupo social que compõe a maioria dos brasileiros. Nesta sexta-feira (14/05), por exemplo, o programa destacou um app que reúne profissionais de saúde apenas desta comunidade. Médicos pretos e pretas denunciaram casos de pacientes brancos que se recusaram a ser atendidos por eles apenas pela questão étnica.  

No estúdio, Alexandre Silva, doutor em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), e Júlio Cesar Oliveira, médico pela Faculdade de Medicina do ABC, trouxeram um recorte especial sobre saúde da população negra e Covid-19. Ressaltaram que o oxímetro, que informa a saturação de oxigênio no sangue, apresenta uma medição de erro maior com os negros.

No encerramento, a apresentadora Cris Guterres ressaltou a importância da visibilidade destes profissionais para que crianças e jovens possam se inspirar, se reconhecer e tê-los como uma referência de pessoas bem-sucedidas.

“Estação Livre” é um acerto da TV Cultura.

Fabio Maksymczuk

2 comentários:

  1. João Dória investindo forte na guerra cultura, dessa vez no lado vermelho da batalha. E pensar que em 2019 ele estava justamento no lado oposto!
    Os jurássicos Alckmin e Serra pelo menos não deixavam a lacração florescer...

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