Olá, internautas
Neste sábado (18/11), assisti “Mussum, o Filmis” no Espaço
Itaú de Cinema. O filme dirigido por Silvio Guindane com roteiro de Paulo Cursino
traçou a trajetória de Antonio Carlos Bernardes Gomes, o Carlinhos, que ficou
conhecido em todo o Brasil como Mussum.
O longa segue a estrutura tradicional de contar a história
de um personagem conhecido pelo público. Passou pela infância vivido pelo
menino Thawan Lucas, juventude interpretado por Yuri Marçal (ótimo) até chegar
na fase de verdadeiro estrelato na TV brasileira com Ailton Graça.
“Mussum, o Filmis” destaca que Carlinhos, na realidade,
sempre sonhou em ser sambista. E isso é bastante ressaltado a todo momento na
história baseada no livro “Mussum - uma história de Humor e Samba”, de Juliano
Barreto. O grupo Originais do Samba foi a sua verdadeira paixão.
Antonio Carlos enveredou-se para o humor por acaso. Faltou
um ator. Substituiu às pressas e ganhou o apelido de Mussum também por acaso,
graças a Grande Otelo que contracenou ao vivo no palco com o então estreante (Mussum
é um peixe preto). Caiu instantaneamente no gosto popular.
Despertou o interesse em Chico Anysio que o levou para a
Escolinha do Professor Raimundo. O comediante criou a sua persona. Camiseta
justa e chapéu com a aba levantada. Na intuição. Tudo sem pesquisas
mirabolantes de marketing. Depois, chamou a atenção de Renato Aragão que formou
o quarteto de Os Trapalhões.
Nesse momento, chama a atenção o desespero do todo poderoso “Boni”
com o sucesso do então humorístico da Tupi que liderava a audiência frente ao
Fantástico. Diante do fenômeno, foram contratados pela TV Globo.
“Mussum, o Filmis” não é um filme sobre Os Trapalhões. A
história do programa e de seus colegas fica em segundo plano. O foco é a trajetória
da vida de Mussum. O maior acerto do longa com cerca de duas horas de duração.
A relação com sua mãe, Dona Malvina, interpretada por Cacau
Protásio e Neusa Borges, também merece atenção especial. O diálogo sobre “opções
na vida” é o momento mais emocionante do filme. Tal ponto ganhou uma boa análise
do ator Ailton Graça na ótima entrevista concedida recentemente ao “Roda Viva”,
da TV Cultura.
Valorizaremos o cinema nacional. Recomendo “Mussum, o Filmis”.
Fabio Maksymczuk
é até agora o melhor filme brasileiro em bilheteria. eu fui ver órfãs da rainha na estreia com a diretora e conversa no final, tinha menos gente ainda.
ResponderExcluirComeço a retomar minha rotina pré-pandemia, mas noto os cinemas mais vazios.
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