Olá, internautas
“O teatro está sangrando. Silêncio”. Essas foram as últimas
palavras entoadas por Ariell Cannal no encerramento das atividades de quase 60
anos (59 anos e 9 meses) do Teatro Aliança Francesa. O diretor de produção enfatizou
que o teatro foi inaugurado semanas antes da eclosão do Golpe Militar de 1964.
Durante o Regime Militar, foi um espaço de resistência.
No último domingo (03/12), acompanhei a última sessão desse
histórico equipamento cultural, um dos símbolos da cidade de São Paulo e, em
especial, do meu bairro (Vila Buarque). O prédio do Aliança Francesa deverá
passar por um processo chamado de “retrofit” com o soterramento do teatro.
A boa peça Agnes de Deus, idealizado por Cannal e Gabriela
Westphal, marcou o triste fim do local. A montagem protagonizada pelas atrizes
Clara Carvalho, Gabriela Westphal e Marina Muniz traz, como pano de fundo, a
opressão da religião. Apresenta um texto envolvente com ritmo de suspense,
dirigido por Murillo Basso, que prende a atenção do espectador.
Há uma petição que defende o tombamento do Teatro Aliança
Francesa. Apoio a iniciativa. Esperamos que o movimento da sociedade impeça a
significativa perda para a cultura paulistana.
Compartilho o link:
https://www.peticao.online/tombamento_cultural_do_teatro_alianca_francesa
Fabio Maksymczuk
Não sei quando voltarei para São Paulo mas quando e se voltar, com certeza absoluta já não será a minha São Paulo. Todos os lugares culturais que conheci morreram ou estão para morrer. É triste
ResponderExcluirTenso
Excluiré sempre triste um teatro fechar. lembro a dor que foi o fechamento do teatro augusta que continua lá, inativo, com placas contra invasão, mas sem nada há anos. uma tragédia. beijos, pedrita
ResponderExcluirA última vez que passei por lá tinha se transformado em igreja evangélica
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