Olá, internautas
Nesta quarta-feira (20/11), pela primeira vez, o Dia da
Consciência Negra transformou-se em feriado nacional. A TV Globo, que abraçou a
causa em sua programação, marcou a data com mais uma edição do “Falas Negras”.
Desta vez, o especial contou com um experimento social.
Criou-se um julgamento ficcional para demonstrar o racismo estrutural. Com
provas frágeis e um depoimento contraditório da mãe de seu filho assassinado, o
júri, por 6 a 5, condenou Wesley Cosme da Silva (Diego Francisco), morador de
uma favela.
O programa atingiu o objetivo de trazer a consciência dentro
do espírito da data. O ator Diego Francisco se destacou ao viver as agruras de
um jovem inocente.
Por outro lado, a pauta identitária serve como impulso para
a chamada “extrema-direita” no universo político e é apontada como razão para o
enfraquecimento do denominado “campo progressista” ou “esquerda” tanto nos Estados
Unidos quanto no Brasil. A TV Globo, que simboliza a guerra cultural dentro de
tal contexto, enfrenta esse desafio.
Na teledramaturgia como um todo, a maior preocupação com a
representatividade no elenco das telenovelas na TV Globo apresenta
acertos (“Vai na Fé” e “Renascer” surgem como melhores exemplos) e erros
(escalação de atores e atrizes como protagonistas sem construção de um plano de
carreira).
“Falas Negras” é um programa necessário. Neste ano, a série "Falas" cumpriu a sua missão com bons episódios.
Fabio Maksymczuk
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