Olá, internautas
Nesta semana, sem nenhuma divulgação, José Luiz Datena
estreou “Tá na Hora” no SBT. O canal liderado atualmente por Daniela Beyruti
remexeu toda a programação sem aviso prévio algum ao telespectador que ficou
desorientado com as alterações. “As Aventuras de Poliana” saiu do ar.
“Primeiro Impacto” ocupou toda a faixa do ‘Chega Mais”. A
novela “Meu Caminho É Te Amar” saiu das 16h45 para 15 horas. Chaves e Chapolin
vão ao ar às 20h45 e 22 horas, respectivamente. Chaves entrou também no horário
do almoço. Depois, dividiu espaço com Um Maluco no Pedaço.
Dentro de todo esse pacote, aparece Datena que assumiu o
programa idealizado para Marcão do Povo que naufragou na audiência. Para
justificar todas essas mudanças, nos intervalos comerciais, a emissora relembrou
que Silvio Santos festejaria seu aniversário nesta semana e seria uma forma de homenageá-lo,
já que ele ganhou notoriedade por remexer a todo instante a programação.
O SBT insistirá com o noticiário policial no início do
horário nobre. Datena, de fato, é um ícone dentro desse universo com uma
carreira solidificada há mais de duas décadas. Porém, a faixa horária na emissora da Anhanguera é
reconhecida pelas telenovelas mexicanas que garantiam índices superiores. SBT,
Record, Band e RedeTV! exibem as mesmas notícias, concomitantemente, sobre
criminalidade. Há uma superlotação.
Para gerar “buzz” nas redes sociais, na terça-feira (10/12),
uma cadeira estilhaçada entrou na vinheta de abertura do “Tá na Hora”. O
episódio que marcou a eleição paulistana para prefeito ainda ecoa no imaginário
do telespectador. Datena até entrou com uma cadeira no estúdio do “Fofocalizando”
para conversar com Leo Dias, Cariúcha, Cartolano e Gaby Cabrini.
A imagem do “político” Datena precisará agora ser amenizada. Críticas ao prefeito Ricardo Nunes entrarão nesta seara. O público relembrará a campanha eleitoral. Nesta semana, o apresentador fez questão de elogiar o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que, segundo ele, é “duro” no combate à violência. O apresentador até entrevistou um deputado federal que usou o espaço para promover suas iniciativas no Congresso Nacional. Neste primeiro momento, o comunicador deveria evitar comentários sobre esse universo.
“Tá na Hora” é um noticiário longo com três horas. A equipe
de repórteres será essencial para suportar essa duração. Datena poderia
diversificar a pauta do telejornal com notícias além da violência urbana. Na
Band, ele conversava com correspondentes internacionais, como Felipe Kieling. O
novo cenário e o novo grafismo do “Tá na Hora” aparecem como um acerto. Entram
na identidade do apresentador no vídeo.
Já pelo lado da Band, Joel Datena enfrentará o seu pai na
luta pelos índices de audiência. Situação inusitada. No primeiro embate
familiar, Joel, na penumbra, comemorou com socos no ar a manutenção de seus
índices. Desnecessário. Nos dias seguintes, “Datenão” conseguiu ficar à frente
do herdeiro.
Agora, o projeto, que iniciou errado com Marcão do Povo e
Christina Rocha, ganha um apresentador que poderá cumprir o objetivo proposto.
Fabio Maksymczuk
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