Olá, internautas
Nas últimas semanas, o caso Vitória invadiu com intensidade
a programação da Record. De dia. De tarde. E de noite. A emissora voltou-se
completamente na cobertura do assassinato da adolescente Vitória Regina de
Souza, de 17 anos, encontrada morta numa área de mata em Cajamar (SP).
A pergunta “Quem matou Vitória?” rendeu uma verdadeira
novela na cobertura jornalística, especialmente do “Balanço Geral São Paulo” e
“Cidade Alerta”. Eleandro Passaia, Reinaldo Gottino e Dionisio Freitas lideram,
diariamente, o noticiário focado no crime há algumas semanas. Cada dia é um
capítulo diferente. Um novo suspeito. Uma nova pista. Mentiras descobertas.
Isso se deve aos significativos índices de audiência. A
emissora da Barra Funda subiu no Kantar Ibope. Até mesmo, “Cidade Alerta”
atingiu liderança contra a TV Globo. A narrativa folhetinesca marcou as
reportagens. Até mesmo, uma “pastora vidente” surgiu nas investigações. Poderia
ser uma personagem de telenovela da autora Gloria Perez.
Por fim, agora nos últimos dias, um stalker teria assumido
ser o vilão da história, ou melhor, o assassino de Vitória. Com a crise das
produções de teledramaturgia da TV Globo, o público acompanhou “a novela da
vida real” não só na Record, mas também na Band, SBT e na própria Globo.
O episódio que envolveu Patricia Poeta e o pai de Vitória no
“Encontro” mostrou os excessos na cobertura do assassinato. O tempo destinado à
cobertura na Record passou do ponto. Não ocorreu um equilíbrio com as demais
pautas que perderam espaço.
Mesmo com a confissão do criminoso, o caso não para. Será
que ele agiu sozinho? Quem o ajudou? Enquanto a audiência responder
positivamente, a “novela” continuará com suas novas temporadas.
Fabio Maksymczuk
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