Olá, internautas
Neste ano, pela primeira vez, os desfiles das escolas de samba
do Grupo Especial do Rio de Janeiro aconteceram em três dias. Três conjuntos de
quatro agremiações, no domingo, segunda e terça, desfilaram pela Marquês de
Sapucaí. Beija-Flor sagrou-se a grande vencedora na despedida do histórico
intérprete Neguinho da Beija-Flor.
A TV Globo se preparou nesta cobertura com mais acertos em comparação
a São Paulo. Desta vez, Alex Escobar ganhou a companhia de Karine Alves. A
dupla de apresentadores acertou o tom ao escapar do falatório desenfreado e
desnecessário. Foram pontuais em suas colocações. Karine, especialmente, passou
elegância e refinamento na transmissão. Escobar, profissional que conhece o
carnaval, não quis chamar a atenção para si e jogou luzes na escola de samba.
Fugiu de uma postura egocêntrica.
Na transmissão, ocorreram diversos “respiros” para ouvir o
samba-enredo. O desfile é um show musical. Uma grande ópera. Diferente de São
Paulo, Milton Cunha ganhou o destaque merecido na cobertura. Fez análises de
todas as escolas. Contou o enredo apresentado. Ala a ala. O público ganhou mais
conhecimento com as histórias narradas na Avenida. Milton aproveitou o desfile
da Paraíso do Tuiuti sobre Xica Manicongo, a primeira travesti documentada na
história do Brasil, para fazer um desabafo. Fez um discurso contundente e
emocionante sobre os desafios da comunidade LGBTQIAPN+.
O carnavalesco ganhou ainda a nova função de cobrir a
dispersão da escola com seu jeito irreverente. Pretinho da Serrinha também fez
colocações pontuais sobre o samba e a bateria, principalmente. No tom certo.
O estúdio de vidro, que marcava o encerramento do desfile,
foi abolido. A equipe recebia os destaques da escola que acabara de desfilar. Desta
vez, Cunha conversava rapidamente com algumas dessas personalidades.
Agora, a transmissão focou no “esquenta”. A jornalista
Mariana Gross ficou com essa missão. Diferente de São Paulo, o intervalo entre
uma escola e outra é longo para o tempo da TV. Mariana esbanjou competência e
carisma. Ela encarna o jeito carioca de ser na Sapucaí. Ganhou amplo destaque
na cobertura. Sem interferência externa.
Dentro do padrão Globo no carnaval, a transmissão evoluiu
bem.
Fabio Maksymczuk
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