Olá, internautas
Nesta segunda-feira (27/10), a TV Globo exibiu o grande show
do Criança Esperança que celebrou os 40 anos. Xuxa Meneghel, Angélica e Eliana
comandaram a festa que mobilizou os telespectadores para as doações. Cerca de 8
milhões de reais foram obtidos.
O evento terminou com uma homenagem a Renato Aragão que
ficou visivelmente emocionado no palco. O eterno trapalhão simboliza até hoje a
campanha beneficente. Ele estampava o Criança Esperança desde 1986. Aparece
incrustado na memória afetiva do público.
De alguns anos para cá, a TV Globo resolveu adotar um novo
caminho. Influenciada pelo Teleton, a programação da emissora platinada se
mobilizou totalmente para o Criança Esperança. Todos os programas de
entretenimento e até o jornalismo destacaram a importância da campanha. Do É de
Casa, no sábado (25/10), até o especial dessa segunda.
Desde 86, a construção da mensagem do Criança Esperança era
confusa para o telespectador. Quem ficaria responsável pelas doações? A TV Globo?
E o que é UNESCO? Até hoje, grande parcela do público desconhece o significado
da sigla. E para onde esse dinheiro era distribuído? Além disso, a “poderosa”
TV Globo não teria condições, ela própria, de fazer as doações?
Já o Teleton, que se tornou a principal campanha beneficente
da TV brasileira, entrou em 1998 já com uma mensagem bastante clara. As doações
seriam para o crescimento da rede da AACD e o dinheiro serviria para as pessoas
com deficiência. O registro das inaugurações das sedes fortaleceu a boa imagem.
Nos últimos anos, o Criança Esperança se “teletonizou”. As
pessoas atendidas pelas entidades reforçam o impacto das doações em suas vidas.
Na noite de ontem, a judoca Rafaela Silva e o ator Jonathan Azevedo fizeram
isso. A Globo mobiliza toda a grade. Até mesmo, apresentadores do Jornal
Nacional usaram o broche da campanha.
O show ativou a memória afetiva com a presença das três
apresentadoras infantis dos anos 90. Ótima ideia. É o encontro de três ícones
da TV brasileira, como também ocorre no Teleton. Além disso, o espetáculo contou
com as boas tiradas de Paulo Vieira na edição.
É verdade que o show especial poderia ter sido mais “quente”,
mas, mesmo assim, Criança Esperança entra nos 40 anos em um rumo certo.
Fabio Maksymczuk

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