Olá, internautas
Neste fim de semana, a Biblioteca Mário de Andrade, localizada
na região central da cidade de São Paulo, promove uma série de atividades que
celebra o centenário da instituição pública. Dentre as palestras, ganhou
destaque a sessão Vale a pena ver para sempre - 100 anos de Janete Clair com
Mauro Alencar, Renata Dias Gomes e mediação de Daniel Veiga.
Tive a oportunidade de acompanhar o bate-papo que celebrou
uma das mais importantes escritoras de novelas no Brasil. A neta Renata traçou
uma perspectiva histórica da dramaturga, desde o nascimento em Conquista,
interior de Minas Gerais, sua mudança para Franca, sua estreia como cantora na
cidade do interior de São Paulo, a estreia como locutora na Rádio Tupi na
capital paulista, o primeiro encontro com Dias Gomes, a passagem pela Rádio
América, até a sua chegada à TV Globo com a missão de reerguer a novela
Anastácia.
“Ela gostava de novela. Ela acreditava naquelas histórias.
Os personagens eram vivos”, salientou Renata que ainda destacou a humanidade
dos protagonistas das obras da avó (“com muitos defeitos”), como Cristiano, de
Selva de Pedra, e Carlão, de Pecado Capital, ambos interpretados por Francisco
Cuoco. 
Alencar ressaltou a ousadia da autora com mulheres fortes e
independentes nos folhetins em um período marcado pela censura e Ditadura
Militar. O doutor em Teledramaturgia pela USP ainda apresentou um excelente
vídeo intitulado “Janete Clair – A universalidade na telenovela” com trechos
marcantes das produções assinadas pela mineira. O palestrante defendeu Selva de
Pedra como a melhor novela de Janete. Já Renata assinalou Pecado Capital e Irmãos
Coragem. 
A neta de Clair e Dias Gomes também abordou a onda de remakes.
Acredita que muitas novelas de Janete não envelheceram, como Pecado Capital.
Justificou a baixa repercussão da versão de Gloria Perez em 1998 pela escalação
equivocada do elenco. Elogiou o remake de O Astro e acredita no sucesso de uma
nova adaptação de Selva de Pedra. 
Janete Clair, ao lado de Ivani Ribeiro, é baluarte da
história da teledramaturgia nacional. A preservação de suas obras é fundamental
para a memória da cultura brasileira. 
Fabio Maksymczuk 
 



 
 
Pedrita 25 de outubro de 2025 às 11:28
ResponderExcluirestou adorando a novela. beijos, pedrita