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sexta-feira, 15 de março de 2024

Gottino “abrasileira” Patrulha das Fronteiras na Record

 

Olá, internautas

Reinaldo Gottino é um dos principais jornalistas da Record. Em São Paulo, o apresentador é um dos alicerces da programação com o “Balanço Geral”. Diariamente, lidera a atração com mais de três horas e meia de duração.

Agora, Gottino ganha um programa semanal de exibição nacional. É o interessante “Patrulha das Fronteiras” que mostra a rotina de trabalho das equipes de controle de alfândega e do departamento de biossegurança de portos e aeroportos pelo mundo.

Nos mais recentes episódios, o foco é o que acontece no aeroporto da Nova Zelândia. Uma tônica do programa é o universo de consumo e tráfico de drogas. Diversos passageiros não conseguem adentrar o país da Oceania por confidenciarem que são usuários de maconha e que, provavelmente, comprariam a droga durante a sua permanência. A legislação neozelandês é restritiva, ao contrário do Canadá, por exemplo.

Em outro caso apresentado, um português foi preso por tráfico internacional de drogas ao tentar transportar cocaína, através de subterfúgios em uma mala. A encomenda com poucos quilos valeria milhões de reais.

A biossegurança também é retratada na atração. Etíopes tentaram entrar com alimentos não identificados pela agente que proibiu a liberação, já que poderia conter alguma praga que prejudicaria o agronegócio da Nova Zelândia.

Diante das histórias apresentadas, Gottino “abrasileira” a produção dublada. O jornalista sempre traz informações de como os casos seriam tratados no Brasil. Além disso, entrevista especialistas no estúdio para enriquecer mais a discussão sob a visão do nosso País.

“Patrulha das Fronteiras” é uma boa opção ao telespectador por jogar luz a profissionais que, nem sempre, ganham reconhecimento da sociedade e da mídia.  

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 12 de março de 2024

"Chega Mais" estreia com má impressão

 

Olá, internautas

Na última segunda-feira (11/03), o SBT iniciou a reformulação da grade de programação. A emissora de Silvio Santos estreou “Chega Mais”, sob comando de Regina Volpato, Michelle Barros e Paulo Mathias.

O novo matinal não despertou grande interesse no telespectador. O primeiro programa registrou 2,6 pontos de média. A emissora não elevou os índices de audiência em um dia que causaria curiosidade.

“Chega Mais” já inicia com um problema grave. A atração apresenta a longa duração de quatro horas diárias no ar. O novo matinal vai na contramão das produções contemporâneas com a instantaneidade da informação. O ideal seria, no máximo, duas horas.

Além disso, o retrospecto do SBT em revistas eletrônicas é ruim. “Olha Você” e “Vem Pra Cá” não deixaram boas lembranças no telespectador. A emissora, nestas duas edições do “Chega Mais”, passa a impressão de não ter aprendido com os erros.

A estreia ficou marcada pelo ritmo arrastado. Faltou vibração. Faltou energia. Faltou entusiasmo. Regina Volpato apareceu como culinarista. Ensinou uma receita. Na realidade, a jornalista deveria retomar a verve de liderança em debates. “Casos de Família” foi o auge de sua carreira na televisão. O público deseja acompanhar a elegância da apresentadora no comando de pautas que tragam o seu universo diário.

Michelle Barros ficou responsável pelo noticiário nos primeiros minutos do novo matinal. Tenta segurar os índices herdados do “Primeiro Impacto” que antecede na programação. O mesmo acontece com o concorrente direto “Hoje em Dia”. Já Paulo Mathias tenta trazer o olhar masculino na revista eletrônica.

Carlos Alberto de Nóbrega e uma liderança evangélica foram os convidados do primeiro programa. O apresentador da “Praça” falou sobre o seu acidente de quatro meses atrás. Já Deive Leonardo trouxe um tom religioso na atração.

“Chega Mais” precisa chegar mais no público com uma temperatura quente. Sair do “blasé”. Investir em pautas criativas. O programa estreou sem empolgar.  

Fabio Maksymczuk

domingo, 10 de março de 2024

Projeto Falas ganha fôlego com nova proposta do "Falas Femininas"

 

Olá, internautas

No ano passado, o projeto “Falas” não brilhou com as histórias “im”possíveis. A teledramaturgia perdeu terreno com a nova proposta que ganhou destaque no episódio Louca na data que celebrou o Dia Internacional das Mulheres.

Tais Araújo e Paolla Oliveira apresentaram o Falas Femininas de 2024. As duas atrizes costuraram o programa que pontuou diversos pontos que mexem com a saúde mental das mulheres.

O tom jornalístico foi o maior acerto da produção. A visão de homens e mulheres sobre assédio provocou uma reflexão no telespectador. Outro ponto que ganhou destaque foi a exaustão das mulheres com a dupla jornada de trabalho no ambiente profissional e doméstico e seu não reconhecimento por parte dos homens.

O ápice do “Falas Femininas” ocorreu no bloco que destacou o abandono. Depoimentos emocionantes de mulheres tocaram o público, como de uma mãe que perdeu contato com seus filhos e netos. A frustração estampada no rosto no momento em que falou sobre a solidão na celebração do mais recente Natal simbolizou o vigor do especial.

Além disso, uma senhora já na casa dos 70 anos busca, ainda, o paradeiro de seu pai e seus prováveis familiares espalhados no Rio de Janeiro. Citou o nome de “José Marcelino dos Santos”. A repercussão do especial poderá, de alguma forma, concretizar o seu sonho.

“Falas Femininas” voltou com fôlego em 2024 por provocar diversas reflexões.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 7 de março de 2024

Celso Portiolli celebra 30 anos de SBT com nova perspectiva

 

Olá, internautas

No último domingo (03/03), Celso Portiolli celebrou 30 anos de SBT. A herdeira de Silvio Santos, Daniela Beiruty, fez questão de homenagear o apresentador no palco do “Domingo Legal”. Entregou uma placa comemorativa com uma bonita mensagem.

Durante o bate-papo, Daniela observou que Silvio Santos trata Portiolli como um filho. O apresentador respondeu que fica tímido em frente ao dono da emissora. A executiva listou uma série de atrações que integram o currículo do comunicador. Nesse momento, Daniela propôs um desafio a Celso: retomar o “Curtindo uma Viagem”. O apresentador aceitou o desafio.

A atração foi a melhor fase de Portiolli no SBT. Era um programa com boa proposta e edição competente. Chegou até a liderar os índices de audiência. Prendia a atenção do telespectador. O apresentador revelou que ele era o responsável pela edição. Não era editado na emissora. Mesmo que a direção olhe para trás e resgate um programa de 20 anos atrás, é uma nova perspectiva a Portiolli.

Atualmente, o “Domingo Legal”, que garante a vice-liderança isolada com folga, é dividido apenas em dois grandes blocos durante quatro horas no ar: Passa ou Repassa e Comprar É Bom Levar é Melhor/Quem Arrisca Ganha Mais. Investir em uma nova produção é salutar para o telespectador.  

Durante as três décadas, Portiolli conseguiu tirar a imagem de “clone juvenil” de Silvio Santos e impor a sua própria identidade. Tornou-se praticamente o último remanescente da fase de ouro do SBT na atual programação. É um profissional que ostenta a imagem “SBT raiz”.

Em 30 anos, Portiolli construiu uma relação sólida com o telespectador. Nossos parabéns.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 5 de março de 2024

"BBB24" entra em turbulência com desclassificação injusta de Wanessa Camargo

 

Olá, internautas

O “BBB24” vive um momento de forte turbulência. No último fim de semana, a cantora Wanessa Camargo foi “desclassificada”, expressão empregada pela TV Globo, do reality show, após Davi sentir-se agredido em sua cama.

A medida tomada pela direção gerou uma enorme controvérsia entre os telespectadores. Muitos não identificaram a acusação de violência. O mesmo já tinha acontecido na mais recente edição de “A Fazenda” no imbróglio que envolveu Rachel Sheherazade e Jenny Miranda.

Wanessa angariou expressiva taxa de rejeição do público pelo seu comportamento com Davi e suas falas em relação ao baiano. Ela provavelmente seria eliminada com alta votação. Por isso mesmo, muitos acreditam que o diretor Boninho e equipe aceitaram a “denúncia” de Davi para poupar a imagem da herdeira da família Camargo.

Desse modo, além de não sair com votação expressiva, ainda sai com a mácula de “injustiçada”. A rejeição fica minimizada, de alguma forma. Ao mesmo tempo, Davi deverá ampliar sua taxa de rejeição, mesmo que, até aqui, isso não comprometa seu amplo favoritismo.

Rodriguinho e Wanessa Camargo, ambos do time Camarote, não aproveitaram a exposição do “BBB24”. A direção do Big Brother Brasil não vive seus melhores dias. Na minha visão, Wanessa não agrediu Davi. O jogo deveria ter continuado sem tal interferência que desestabilizou grande parte do elenco.

Fabio Maksymczuk  

domingo, 3 de março de 2024

"Fuzuê" termina sem deixar saudade

 

Olá, internautas

Na última sexta-feira (01/03), “Fuzuê” chegou ao último capítulo. A novela das sete da TV Globo, desde os primeiros capítulos, sinalizou que enfrentaria dificuldades para capturar a atenção do telespectador.

A trama de Gustavo Reiz com direção artística de Fabrício Mamberti foi vista inicialmente como uma comédia, até então típica da faixa horária. Leve. O próprio título contribuiu para esse pensamento. Porém, “Fuzuê” enveredou até mesmo para um caminho dramático.

O grande mote da novela foi a “caça ao tesouro”. Essa mesma ideia já tinha aparecido 30 anos atrás na “esquecível“ “O Mapa da Mina”. “Fuzuê” trilhou o mesmo caminho. O autor já não tinha colhido uma boa repercussão em seu trabalho anterior, “Belaventura”, na Record. E o mesmo se repetiu nos domínios platinados. Mamberti também já não tinha brilhado na direção de “Deus Salve o Rei”, de triste memória.

Marina Ruy Barbosa seria a maior estrela da produção com a personagem, inicialmente, de maior promessa. Na realidade, foi um dos piores trabalhos da atriz em sua carreira. A vilã Preciosa não funcionou. Até mesmo o desfecho da personagem e de seu companheiro Heitor Montebello (Felipe Simas) é questionável. A jovem Giovana Cordeiro também não brilhou ao protagonizar “Fuzuê”. Não trouxe doçura e nem carisma à Luna, mocinha da história. Sisuda do início ao fim.

Um dos poucos pontos positivos ficou com o ator Ruan Aguiar que aproveitou a oportunidade e se destacou ao interpretar Merreca. Mostrou suas credenciais para trabalhos futuros.

A faixa das sete, desde os anos 2000, apresenta novelas que seguem para o fundo do baú.  “Fuzuê” trilhou esse rumo.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Benevolência com Rodriguinho mancha imagem do "BBB24"

 

Olá, internautas

O “BBB24” viveu um dos momentos mais aguardados pelo telespectador. Rodriguinho foi eliminado com 78,23% dos votos. A votação ainda não foi ainda maior para o pagodeiro pela composição do “paredão” com outras duas pessoas igualmente rejeitadas (com menor intensidade).

Rodriguinho incorporou a imagem de vilão no jogo com uma série de “falas problemáticas”, expressão que marca a atual temporada, principalmente contra Davi. Em diversas oportunidades, até sugeriu agressões físicas contra o baiano. Não concretizadas, evidentemente.

O cantor com “35 anos de carreira”, como ele sempre fez questão de salientar, saiu rejeitado pela grande parte do público. Diante de tal fato, a TV Globo resolveu poupar a imagem do músico. Para tentar traçar um lado humorado de sua rabugice, até ganhou uma trilha “engraçadinha”.

No discurso de Tadeu Schmidt durante a eliminação, Rodrigo ganhou os adjetivos de “engraçado, divertido e carismático”. O VT “Decifra-me”, exibido imediatamente após o encerramento da votação, sequer tocou nos impropérios entoados pelo agora ex-BBB.

Nitidamente, o “time dos camarotes” ganha uma blindagem na edição. Isso aconteceu até mesmo no BBB22 com Pedro Scooby, Paulo André e Douglas Silva. Agora na noite da última quarta (28/02), Yasmin Brunet também teve sua imagem poupada com as presepadas das estalecas.

E a proteção com Rodriguinho continuou no “Mais Você”, sob comando de Talitha Morete e Fabricio Battaglini. Durante o bate-papo, o cantor ressaltou que acha pesada a expressão “rivalidade com Davi”, pediu desculpas ao baiano pelas falas de agressão e ressaltou que tinha esquecido de sua conversa sobre a filha de Luiza Brunet no quarto com Nizam.

Já no “BBB – A Eliminação”, Ana Clara e Ed Gama continuaram na blindagem. Reforçaram o “lado de humor” sugerido pelo “BBB24”.

Rodriguinho entra na seleta lista de piores participantes da história de 24 anos da atração da TV Globo. “BBB24” perde credibilidade com a edição que foge da realidade em um reality show.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

TV Brasil acerta com retorno do formato original do "Sem Censura"

 

Olá, internautas

“A garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia!”. Cissa Guimarães reapareceu no vídeo nesta segunda-feira (26/02). A apresentadora é a nova comandante do “Sem Censura”, um dos programas mais tradicionais da TV brasileira, que retornou à programação da TV Brasil.

A emissora pública acertou em investir na grade vespertina e também no retorno do formato original da atração. A bancada redonda marca o cenário com a apresentadora no centro. Nas reformulações recentes que tentaram passar uma nova identidade ao “Sem Censura”, tal disposição foi abolida.

A escolha da tonalidade de cores e os painéis que ficam atrás dos convidados também aparecem como outros acertos. Transmitiu um clima jovial e moderno, condizentes com a imagem de Cissa.  

Nesta estreia, a apresentadora recebeu Miguel Falabella, seu parceiro de décadas. A memória afetiva do telespectador foi ativada com o encontro da dupla. “Sem Censura” também contou a presença da atriz Claudia Raia, um dos ícones da nossa teledramaturgia, que falou sobre a sua gravidez aos 55 anos e de seu novo musical, “Tarsila, a Brasileira” em cartaz na cidade de São Paulo.  

Xande de Pilares foi outro entrevistado. Poderia ter cantado alguma música no encerramento do programa. Já Luciana Barreto, jornalista que integra o elenco da emissora pública, aproveitou o espaço para reivindicar mais 15 minutos de duração do seu telejornal “Repórter Brasil Tarde”.

Nesta segunda, o jornalista e influenciador digital Murilo Ribeiro, o Muka, apareceu como linha auxiliar de Cissa. Durante a semana, o time de debatedores fixos passará por um revezamento. A comediante Dadá Coelho; o diretor de cinema e teatro, Rodrigo França; a jornalista cultural e radialista, Fabiane Pereira, a jornalista e apresentadora Katy Navarro, que já apresentou o Sem Censura; e a cantora, jornalista e também apresentadora de atrações musicais da TV Brasil, Bia Aparecida, ocuparão essa vaga na arena.

O programa com duas horas de duração terá o desafio diário de receber convidados interessantes. Neste primeiro programa, a repercussão foi positiva nas redes sociais, especialmente com a liderança no Twitter X.

“Sem Censura” é uma opção ao telespectador que deseja fugir dos programas de fofoca e do noticiário policial que marcam as tardes na TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Série da TV Cultura - "JK: O Reinventor do Brasil" repercute na Câmara Municipal de São Paulo

 

Olá, internautas

Nesta quinta-feira (22/02), a Câmara Municipal de São Paulo exibiu “JK, O Reinventor do Brasil”. Produzido pela TV Cultura, o documentário resgata a trajetória do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

O vereador João Jorge (PSDB), 1º vice-presidente do Legislativo paulistano, presidiu o evento aberto ao público. Durante a solenidade, o presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf, revelou que o projeto foi aprovado com um orçamento que, durante as gravações, ficou mais caro. Mesmo assim, não se arrependeu diante do resultado final.

Já o diretor de Redes e idealizador da série documental, Fábio Borba, relembrou uma fala do ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf (enfatizou que não é parente de José Roberto). O político disse que Kubitschek “foi o maior governador que São Paulo não teve” diante das obras patrocinadas pelo governo federal no Estado paulista. Borba ainda confidenciou que o ex-presidente, após o encerramento de seu mandato em Brasília, foi cogitado para disputar a eleição de governador em São Paulo.

Nesta oportunidade, a Câmara exibiu o primeiro episódio da série que destaca as raízes familiares de Kubitschek, a cidade natal de Diamantina, sua formação em Medicina, sua relação com a Revolução de 1932, a entrada na política pelas mãos do governador Valadares, o seu mandato como prefeito de Belo Horizonte, o início de seu relacionamento com Oscar Niemeyer, os símbolos de seu mandato como governador de Minas Gerais e a fidelidade com o presidente Getúlio Vargas.

Com cerca de uma hora de duração, o episódio explorou um ritmo ágil com texto simples e direto. O vocabulário é contemporâneo com linguajar popular. “Sorrisão cativante”. “Gastando suas parcas economias”. “Ditadurazinha temporária”. “Mega ultra carismático”. “JK é o manual de empatia”. “Não tinha uma pedra. Tinha uma pedreira inteira”.  

Durante a série, Carlos Lacerda é caracterizado como líder da “extrema-direita” e promotor de fake news (expressão contemporânea para caracterizar o jornal lacerdista dos anos 50).

Fábio Borba revelou que os quatro episódios de “JK, O Reinventor do Brasil”, já exibidos no segundo semestre do ano passado, serão reprisados, em breve, pela TV Cultura. Uma boa oportunidade para os telespectadores que não acompanharam a boa produção finalista da APCA na categoria melhor documentário de 2023.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

"Buracos" comprometem horário nobre da Record

 

Olá, internautas

O horário nobre da Record convive com “buracos” na grade de programação. Reprises surgiram para tapar os horários vagos que vão desde 21 horas até meia-noite. Após o encerramento de mais uma temporada de “Reis” que não consegue repercutir entre o público há dois anos, o canal escalou a reprise da macrossérie “Jezabel”. Fica ao redor dos 5 pontos de média.

Na faixa posterior, a emissora da Barra Funda reprisou todas as temporadas exibidas recentemente da série “Quando Chama o Coração” que chegava a atrapalhar o início do reality “A Fazenda 15”, desde o ano passado. Erro na programação. Depois, entraram os episódios inéditos. Com o encerramento da produção, a Record resolveu desengavetar a novela recente “Gênesis” que retornou nesta segunda-feira (19/02). Mais uma reprise.

Desde o encerramento de “A Fazenda 15”, a faixa das 22h45 também ficou com um buraco. Para preencher a lacuna, o canal resgatou “Pecado Mortal”. A reprise da novela de Carlos Lombardi derrubou a audiência da emissora. Em 2013, a trama protagonizada por Fernando Pavão já não tinha obtido significativos índices. Agora, ficou ao redor dos singelos dois pontos de média. Perdeu a consolidada vice-liderança para o SBT.

Diante da situação alarmante, “Pecado Mortal” foi totalmente picotada. Cenas editadas comprometeram o entendimento da obra pelo telespectador. Saiu do ar na última sexta (16/02). Agora, produções do jornalismo entram na vaga, como Doc Investigação com Thais Furlan e Patrulha das Fronteiras com Reinaldo Gottino.  

A Record precisa de um melhor planejamento na programação com investimento em produções inéditas.

Fabio Maksymczuk

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Segunda fase de "Renascer" inicia com estranhamento

 

Olá, internautas

Após a excelente primeira fase de “Renascer”, o remake da novela adaptada por Bruno Luperi entrou na segunda fase com estranhamento. A passagem de tempo gerou dúvidas no telespectador. Alguns personagens envelheceram desproporcionalmente com outros. Deocleciano envelheceu mais de 30 anos com o ator Jackson Antunes. Ao mesmo tempo, Padre Santo permaneceu na pele do ator Chico Diaz, praticamente com o mesmo visual.

Mariana, interpretada por Theresa Fonseca, surgiu como neta de Belarmino (Antonio Calloni). Porém, nas últimas cenas da primeira fase, Nena (Quitéria Kelly) apareceu ao lado de uma menina que ganhou foco na edição. Parte do público ficou com a impressão de que essa garota seria Mariana. Portanto, seria filha. Cronologicamente, não teria condições de Mariana ser neta com a passagem do tempo. Ficou confuso.

A história de amor fulminante entre José Inocencio, agora vivido por Marcos Palmeira, também causa estranhamento. Em poucos capítulos, o “coronel” resolve se casar com a herdeira de seu maior inimigo. E destrói o sonho de seu filho João Pedro (Juan Paiva) que também se apaixonou à primeira vista.   

Na obra original, Buba causou grande impacto perante o telespectador com a atuação visceral e inesquecível de Maria Luisa Mendonça. De hermafrodita (ou pessoa intersexo), o adaptador resolveu transformar a personagem em uma “mulher trans”. Agora, a missão ficou com a novata Gabriela Medeiros que deu um tom completamente diferente. Também mulher trans na vida real, Gabriela impregna um ar “low profile”. Calma e serena. Com isso, Buba ganha uma coloração menos impactante.

Rodrigo Simas surge muito bem no vídeo como José Venancio. O amadurecimento do ator é perceptível. Inicialmente, ficou estupefato com a descoberta da condição de Buba. De repente, agora na adaptação, o “herdeiro do cacau” transformou-se, praticamente, em um militante da causa LGBTQIA+.  Em seu discurso, proferiu falas, como heteronormatividade e mulher cis. Provocou estranhamento a mudança de postura.

A segunda fase de “Renascer” inicia com desafios para envolver o público.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

TV Globo acerta e erra na cobertura do Carnaval 2024

 

Olá, internautas

Após o desastre do ano passado com Aline Midlej e Rodrigo Bocardi no comando dos desfiles das escolas de samba no carnaval de São Paulo, a TV Globo resolveu reformular a cobertura da festividade no Anhembi.

Desta vez, a equipe responsável pela transmissão do carnaval do Rio de Janeiro desembarcou em terras paulistanas. Alex Escobar ganhou a companhia de Karine Alves na apresentação do evento. Milton Cunha continuou à frente dos comentários “bafônicos”. Esse foi o maior acerto da emissora platinada. O carnavalesco fortaleceu a cobertura da emissora no carnaval paulistano. Trouxe uma visão mais consistente sobre o enredo das agremiações e o show visual.

Milton formou uma boa dupla com Ailton Graça que, neste ano, não foi verborrágico. O ator respeitou o espaço de Milton. Por outro lado, Alemão do Cavaco sobrou na transmissão. Já no Rio de Janeiro, Leonardo Bruno, apesar de seus comentários pertinentes, também sobrou no quinteto. Ele divide a mesma “raia” de Cunha. Pretinho da Serrinha fez comentários pontuais que não atrapalharam a cobertura. A equipe com cinco pessoas no estúdio é um exagero.

A novata Karine acertou ao adotar um tom mais discreto na apresentação ao lado de Escobar. A escola de samba é quem deve brilhar na cobertura com os comentários de Milton Cunha. Durante a transmissão, deveriam ter ocorrido mais “respiros” para que o telespectador ouvisse apenas o samba-enredo sem o falatório do quinteto.

Mesmo com o acerto no rumo, especialmente em São Paulo, a TV Globo errou ao extinguir os jornalistas que ficavam na entrada e dispersão das escolas. A emissora não apresentou as dificuldades encontradas pela Porto da Pedra, por exemplo, com o carro emperrado na Sapucaí e o acidente que deixou duas pessoas feridas no último carro da Mangueira. Já em São Paulo, a transmissão minimizou o problema enfrentado pelo abre-alas do Camisa Verde e Branco.

O próprio Milton Cunha deveria apontar os pontos frágeis das escolas, já que é uma competição. O público mais interessado em tais informações busca em outras plataformas, como o excelente canal Rádio Arquibancada.

Neste ano, a TV Globo apostou no influenciador digital Vitor diCastro como “repórter” nas arquibancadas. Foi deselegante com os estrangeiros que, segundo ele, não sabiam sambar. Comentários desnecessários tanto no Anhembi quanto na Sapucaí. Com a preocupação da representatividade, a emissora escalou Kenya Sade e Dandara Mariana.

Além disso, a cobertura não conseguiu capturar a presença de diversas personalidades que prestigiaram as agremiações nos carros alegóricos. Paulo Vieira, por exemplo, passou despercebido na Império de Casa Verde que homenageou Fafá de Belém. Também é necessário salientar os equívocos que apareceram na tela com a troca de nomes. Confundiram Salete Campari com Nany People.  

A cobertura da TV Globo no carnaval é nevrálgica há décadas. O velho mantra “Volta, Manchete” sempre reaparece. A emissora da família Bloch faz enorme falta.   

Fabio Maksymczuk

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Bebê-diabo e pegação homoerótica aparecem na série "Notícias Populares"

 

Olá, internautas

O Canal Brasil exibiu, recentemente, “Notícias Populares”. A série criada por André Barcinski e Marcelo Caetano aborda o dia a dia na redação de um dos jornais mais polêmicos que circulava, especialmente, na cidade de São Paulo.

A atriz Luciana Paes interpreta a protagonista Paloma Fernandes. Na produção dividida em sete episódios, a jornalista ficou responsável pela redação do NP, especialmente durante o emblemático caso do Bebê-Diabo que tomou as ruas da capital paulista. Com a repercussão da história, o jornal impresso viu um crescimento exponencial no número de exemplares vendidos nas bancas dos jornais. A editora-chefe ficou assustada com o desenrolar do acontecimento (pai do Bebê Diabo e o surto coletivo) e gostaria de enterrar o caso. Por outro lado, a venda do periódico alavancava o lucro. Na série, o episódio surgiu para tapar o buraco deixado com a proibição de divulgar uma “suruba” protagonizada pelo prefeito da cidade.

Em meio às histórias do NP, a vida pessoal dos jornalistas também ganhou espaço na série. O “foca” Adilson, interpretado pelo ator Lucas Andrade, é o responsável pela descoberta do “Bebê-Diabo” no ABC Paulista. Durante a série, cenas de homoerotismo que envolvem o personagem chamam a atenção. Em uma delas, Adilson encontra-se no chamado “banheirão” com outro rapaz. Durante a pegação, ele ouve uivos do bebê-diabo e fica assustado com a situação. Até pede orientações a um padre.

Em outro momento, o repórter se envolve com o Gari Galã (Ricardo Teodoro), um dos personagens que ganhava destaque na mídia. O jovem ficou responsável por “cuidar” do varredor de ruas que se envolvia com as madames de um bairro nobre de São Paulo. Sem moradia fixa, ele ficou hospedado em um “quartinho” na redação do NP. Nesse momento de “interação”, Adilson se envolveu sexualmente com o gari ali mesmo.

Tais cenas jamais seriam gravadas em produções de teledramaturgia nos anos 90, período retratado pela série. Além disso, os homossexuais eram caracterizados no NP com termos chulos. Há um contraponto interessante entre o passado e o presente que busca um maior respeito com a comunidade LGBTQIA+.

A produção ainda destaca o início da queda do NP com os programas sensacionalistas que invadiram a televisão brasileira, especialmente no início dos anos 90. O “Programa Hilário de Mello”, inspirado no Aqui Agora, apareceu como concorrente midiático. A repórter Rata, interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer, desbrava os bastidores de um prédio chamado de “Treme-Treme” no centro de São Paulo. Seria um edifício que simbolizava a degradação da sociedade paulista e contra os valores tradicionais da família. Diante de tal fato, até surgiu uma revolta de prostitutas em plena redação do NP.

“Notícias Populares” rememora uma época que deixou de existir com o advento da internet. A produção tem o mérito de relembrar um dos genuínos símbolos do jornalismo paulistano.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Bianca Comparato se destaca em "João sem Deus - A Queda de Abadiânia"

 

Olá, internautas

O Canal Brasil exibiu, recentemente, a minissérie “João sem Deus - A Queda de Abadiânia”. A produção de três capítulos, escrita por Patrícia Corso e Leonardo Moreira com direção de Marina Person, traz, através da teledramaturgia, uma visão dos eventos reais que recaíram sobre João Teixeira de Faria, conhecido por João de Deus.

A série traz o médium, vivido por Marco Nanini, como coadjuvante. A história gira ao redor de sua assistente Carmen, interpretada por Bianca Comparato, que venera o líder religioso por suas curas e a desilusão por descobrir a veracidade das acusações, diante do abuso sofrido pela sua própria filha.

Bianca Comparato se destaca em “João sem Deus - A Queda de Abadiânia” com uma atuação consistente. A atriz, de fato, se entrega ao drama enfrentado pela personagem. Além do drama familiar que também conta com o olhar de Cecília, interpretada por Karine Teles, irmã de Carmen, a decadência da cidade de Abadiânia também é retratada como pano de fundo.

No desfecho da minissérie, a dura realidade indigna o telespectador com a informação de que João Teixeira de Faria encontra-se fora do sistema prisional. Saiu da cadeia para ficar “encarcerado” em sua mansão.

Fabio Maksymczuk

domingo, 4 de fevereiro de 2024

TV Globo corrige erro em remake de "Renascer"

 

Olá, internautas

A TV Globo continua a resgatar a obra de Benedito Ruy Barbosa na faixa mais nobre da TV brasileira. Chegou a vez de “Renascer” ganhar uma nova versão na faixa das 21 horas, após 31 anos de sua exibição original.

Em 1993, Leonardo Vieira surgiu como um meteoro na breve primeira fase da telenovela. O ator colhe, até hoje, lembranças do público que se envolveu com o Coronelzinho José Inocêncio ao lado de Patricia França que incorporou Maria Santa. Foi um verdadeiro fenômeno. Na versão original, foram apenas quatro capítulos arrebatadores. O gosto de “quero mais” ficou latente durante todo o desenvolvimento da obra original.

Por isso mesmo, desta vez, a TV Globo corrigiu o erro de 1993. Na versão de 2024, o adaptador Bruno Luperi esticou a primeira fase para 13 capítulos. O remake já começou no rumo certo. Na remontagem de “Pantanal”, por exemplo, a primeira fase foi cortada. Em “Amor Perfeito”, a pressa da primeira fase comprometeu o melhor andamento da obra.

Diferente da versão original, a direção resolveu escalar um ator já com experiência para encarnar José Inocêncio. Humberto Carrão cumpriu sua missão em viver o protagonista. Duda Santos, que veio de Travessia, deu vida a Maria Santa. Sem nenhum vestígio do trabalho anterior.

A ótima atuação do elenco marcou os primeiros capítulos de Renascer. Maria Fernanda Cândido brilhou ao aparecer como a viúva Cândida. Antonio Calloni e Enrique Diaz sobressaíram em cena ao interpretarem os coronéis Belarmino e Firmino. Juliana Paes destacou-se como Jacutinga. Fabio Lago e Belize Pombal brilharam como os pais de Maria Santa. Quiteria Kelly também chamou a atenção na pele de Nena. Adanilo também merece menção honrosa ao interpretar o jovem Deocleciano.

O remake de “Renascer” começou como uma boa perspectiva. Agora, é acompanhar o desenvolvimento da segunda fase com os personagens icônicos da obra original, como Tião Galinha (Osmar Prado) e Buba (Maria Luisa Mendonça) que entraram na história da teledramaturgia nacional.

Fabio Maksymczuk