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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Bonner encerra capítulo importante do telejornalismo brasileiro

 

Olá, internautas

Na última sexta-feira (31/10), um capítulo importante do telejornalismo brasileiro chegou ao fim. William Bonner se despediu da bancada do Jornal Nacional após 29 anos.

Em 1996, o apresentador, ao lado de Lillian Witte Fibe, teve a árdua tarefa de suceder a dupla histórica Cid Moreira e Sergio Chapelin. Alguns anos mais tarde, Bonner formou dupla com sua então esposa Fatima Bernardes. O “casal 20 do jornalismo brasileiro”.

A cobertura do Penta na Copa do Mundo de 2002 na Coreia e Japão aparece entre os principais momentos do jornalista à frente do JN. “Onde está você, Fátima Bernardes?” se transformou em um bordão que entrou na memória afetiva do telespectador. Bonner também ficou marcado pelas entrevistas com os presidenciáveis na bancada do Jornal Nacional, além da mediação nos debates e na cobertura da apuração dos votos nas Eleições.

Além disso, o apresentador também se notabilizou por sair dos estúdios e acompanhar, in loco, os fatos narrados pelo noticiário. Foi assim nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, como nas vitórias de Barack Obama e Donald Trump. Em 2024, cobriu a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul e apresentou o JN a bordo de um navio da Marinha.

Há dois anos, Bonner começou a se afastar, corriqueiramente, da apresentação do telejornal. Em contrapartida, os substitutos apareciam cada vez mais no horário nobre da TV brasileira. O sucessor Cesar Tralli apareceu em alguns desses momentos. Sem ênfase. Dividia espaço com outros mais presentes no JN durante esta década, como Heraldo Pereira, Helder Duarte, André Trigueiro, Marcio Bonfim e Flavio Fachel.

Tralli possui um estilo diferente de Bonner. Enquanto o agora ex-titular ostenta a figura de apresentador, o sucessor carrega a imagem de jornalista. Construiu uma carreira sólida de repórter até chegar ao posto de comandante do SP1, Jornal Hoje e agora Jornal Nacional. Com uma linguagem menos engessada no vídeo. A TV Globo deveria ter fixado mais Tralli na bancada do JN nesse período.

Agora nesta nova fase, o JN deverá sofrer alguma mudança no perfil com a escolha de Tralli. Não será apenas a alteração do comandante no noticiário. A conferir. Enquanto isso, Bonner aparecerá ao lado de Sandra Annenberg no Globo Repórter, jornalístico que se transformou em morada dos veteranos.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Ainda Estou Aqui ecoa em A Vida de Vlado – 50 anos do Caso Herzog

 

Olá, internautas

No último sábado (25/10), a TV Cultura exibiu A Vida de Vlado – 50 anos do Caso Herzog. O documentário com cerca de duas horas explorou o cinquentenário da morte do jornalista que trabalhava na emissora da Fundação Padre Anchieta.

Depoimentos dos filhos Ivo e André humanizaram a imagem da família Herzog. A influência da narrativa do filme Ainda Estou Aqui ecoou na narrativa do doc.

Desta vez, a figura de Clarice Herzog, esposa de Vlado, ganhou destaque. A luta da cientista social pelo reconhecimento do assassinato do marido pelo Estado brasileiro, sem preocupação financeira, marcou o documentário. Agora, aos 84 anos enfrentando Alzheimer, os filhos decidiram cobrar uma verba indenizatória para custear o tratamento da mãe. 

Em seguida, na madrugada de sábado para domingo, a TV Cultura veiculou, no horário alternativo, a entrevista de Ivo Herzog ao Roda Viva. O presidente do Conselho do Instituto Vladimir Herzog proferiu declarações instigantes sobre o atual cenário da extrema-direita que conquistou espaço no mundo.

A Vida de Vlado – 50 anos do Caso Herzog é mais uma atração que cobre um período da História do Brasil ainda obscuro e mal estudado pelos estudantes e sociedade brasileira.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Criança Esperança celebra 40 anos em rumo certo

 

Olá, internautas

Nesta segunda-feira (27/10), a TV Globo exibiu o grande show do Criança Esperança que celebrou os 40 anos. Xuxa Meneghel, Angélica e Eliana comandaram a festa que mobilizou os telespectadores para as doações. Cerca de 8 milhões de reais foram obtidos.

O evento terminou com uma homenagem a Renato Aragão que ficou visivelmente emocionado no palco. O eterno trapalhão simboliza até hoje a campanha beneficente. Ele estampava o Criança Esperança desde 1986. Aparece incrustado na memória afetiva do público.

De alguns anos para cá, a TV Globo resolveu adotar um novo caminho. Influenciada pelo Teleton, a programação da emissora platinada se mobilizou totalmente para o Criança Esperança. Todos os programas de entretenimento e até o jornalismo destacaram a importância da campanha. Do É de Casa, no sábado (25/10), até o especial dessa segunda.

Desde 86, a construção da mensagem do Criança Esperança era confusa para o telespectador. Quem ficaria responsável pelas doações? A TV Globo? E o que é UNESCO? Até hoje, grande parcela do público desconhece o significado da sigla. E para onde esse dinheiro era distribuído? Além disso, a “poderosa” TV Globo não teria condições, ela própria, de fazer as doações?

Já o Teleton, que se tornou a principal campanha beneficente da TV brasileira, entrou em 1998 já com uma mensagem bastante clara. As doações seriam para o crescimento da rede da AACD e o dinheiro serviria para as pessoas com deficiência. O registro das inaugurações das sedes fortaleceu a boa imagem.

Nos últimos anos, o Criança Esperança se “teletonizou”. As pessoas atendidas pelas entidades reforçam o impacto das doações em suas vidas. Na noite de ontem, a judoca Rafaela Silva e o ator Jonathan Azevedo fizeram isso. A Globo mobiliza toda a grade. Até mesmo, apresentadores do Jornal Nacional usaram o broche da campanha.

O show ativou a memória afetiva com a presença das três apresentadoras infantis dos anos 90. Ótima ideia. É o encontro de três ícones da TV brasileira, como também ocorre no Teleton. Além disso, o espetáculo contou com as boas tiradas de Paulo Vieira na edição.

É verdade que o show especial poderia ter sido mais “quente”, mas, mesmo assim, Criança Esperança entra nos 40 anos em um rumo certo.

Fabio Maksymczuk

sábado, 25 de outubro de 2025

Centenário de Janete Clair ganha espaço em festejos do centenário da Biblioteca Mário de Andrade

 

Olá, internautas

Neste fim de semana, a Biblioteca Mário de Andrade, localizada na região central da cidade de São Paulo, promove uma série de atividades que celebra o centenário da instituição pública. Dentre as palestras, ganhou destaque a sessão Vale a pena ver para sempre - 100 anos de Janete Clair com Mauro Alencar, Renata Dias Gomes e mediação de Daniel Veiga.

Tive a oportunidade de acompanhar o bate-papo que celebrou uma das mais importantes escritoras de novelas no Brasil. A neta Renata traçou uma perspectiva histórica da dramaturga, desde o nascimento em Conquista, interior de Minas Gerais, sua mudança para Franca, sua estreia como cantora na cidade do interior de São Paulo, a estreia como locutora na Rádio Tupi na capital paulista, o primeiro encontro com Dias Gomes, a passagem pela Rádio América, até a sua chegada à TV Globo com a missão de reerguer a novela Anastácia.

“Ela gostava de novela. Ela acreditava naquelas histórias. Os personagens eram vivos”, salientou Renata que ainda destacou a humanidade dos protagonistas das obras da avó (“com muitos defeitos”), como Cristiano, de Selva de Pedra, e Carlão, de Pecado Capital, ambos interpretados por Francisco Cuoco.

Alencar ressaltou a ousadia da autora com mulheres fortes e independentes nos folhetins em um período marcado pela censura e Ditadura Militar. O doutor em Teledramaturgia pela USP ainda apresentou um excelente vídeo intitulado “Janete Clair – A universalidade na telenovela” com trechos marcantes das produções assinadas pela mineira. O palestrante defendeu Selva de Pedra como a melhor novela de Janete. Já Renata assinalou Pecado Capital e Irmãos Coragem.

A neta de Clair e Dias Gomes também abordou a onda de remakes. Acredita que muitas novelas de Janete não envelheceram, como Pecado Capital. Justificou a baixa repercussão da versão de Gloria Perez em 1998 pela escalação equivocada do elenco. Elogiou o remake de O Astro e acredita no sucesso de uma nova adaptação de Selva de Pedra.

Janete Clair, ao lado de Ivani Ribeiro, é baluarte da história da teledramaturgia nacional. A preservação de suas obras é fundamental para a memória da cultura brasileira.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Clamor a Lula marca estreia do Angélica ao Vivo

 

Olá, internautas

Na última semana, Angélica ao Vivo estreou no GNT. O programa com direção de Daniela Gleiser reuniu Grazi Massafera, Murilo Benicio, Tatá Werneck e o antropólogo Michel Alcoforado em uma conversa mediada pela apresentadora. André Marques e Aline Wirley integram o elenco de colaboradores da atração.

Angélica ao Vivo traz a comunicadora à frente das câmeras em um canal fechado. Estranho. A loira é um dos rostos mais conhecidos pelo telespectador há décadas. Desde o encerramento do Estrelas, Angélica perdeu seu espaço fixo na grade de programação da TV Globo.

O novo programa não foge do receituário básico do GNT. Conversa regada à comida. André Marques incorpora sua versão cozinheiro e prepara o menu da noite. Esse formato até lembra o saudoso Todo Seu com Ronnie Von na TV Gazeta. O apresentador também recebia seus convidados ao lado de um chef que preparava o prato a ser degustado durante a entrevista.

Amenidades e frivolidades permearam a conversa, como qual era a última mensagem não respondida por Grazi, Benício e Tatá. Porém, um determinado momento ecoou na estreia.

Em um tom de militância, Angélica defendeu a escalação de uma mulher negra para o Supremo Tribunal Federal. Pediu a indicação nominalmente ao presidente Lula. Tal postura é rara de ser vista em toda a sua trajetória artística. 

A declaração chama ainda mais a atenção, já que, num passado recente, especulações davam conta do interesse do marido Luciano Huck disputar uma eleição majoritária. Até mesmo, presidencial. Caso fosse eleito, Angélica seria até a primeira-dama do Brasil. O forte clamor também pode ser contextualizado nesse pano de fundo.

Angélica ao Vivo é uma oportunidade de rever a apresentadora na televisão.

Fabio Maksymczuk

sábado, 18 de outubro de 2025

Nova versão de Vale Tudo termina de forma desastrosa

 

Olá, internautas

Nesta sexta-feira (17/10), Vale Tudo chegou ao último capítulo. A novela adaptada por Manuela Dias com direção artística de Paulo Silvestrini estreou sem grande expectativa. Até mesmo, este espaço, meses antes da estreia, já tinha previsto a perspectiva ruim. Em 20 de outubro de 2024, publicamos: “Manuela Dias ficará responsável pelo remake de “Vale Tudo”. Outro erro grosseiro. O autor Aguinaldo Silva deveria ter ficado com a missão. A novela nas mãos de Manuela tende a trilhar o caminho do “politicamente correto””.

O planejamento da produção já contemplava erros básicos que se confirmaram nesses sete meses. A crise da Globo na produção de telenovelas ficou evidente com o desastroso último capítulo de Vale Tudo. Um dos piores desfechos que já acompanhei em mais de três décadas.

A ideia da reconstrução da trama de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, em um país marcado pela acentuada polarização política, já era equivocada. A autora, diante do atual panorama, fugiu do cerne da obra oitentista. Teria sido mais ‘honesto’ uma novela com outro título, como já aconteceu com Haja Coração, baseada em Sassaricando. Não seria uma ideia inédita.

Uma parcela considerável do público conseguiu compreender que a produção não era um remake, mas sim uma ‘nova versão’, do meio para o final. Já outra parte insistiu em traçar comparações com a original de 1988. “Vale Tudo 2025” começou mal. Cresceu do meio até o ‘assassinato’ de Odete Roitman. E terminou de forma melancólica.

Segue o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Debora Bloch – A atriz, de fato, conseguiu imprimir a sua identidade à icônica vilã Odete Roitman que faz parte da primeira prateleira da teledramaturgia nacional. A partir do maior enfoque para a família da matriarca, Vale Tudo 2025 conseguiu ganhar corpo. Odete conquistou até torcida de parte considerável do público, diante dos impropérios de seus familiares. Odete, nas mãos de Debora, potencializou a imagem de mulher empoderada. Uma loba, mesmo com as ‘falas problemáticas’.

Belize Pombal – A atriz alavancou a nova versão de Vale Tudo. Segura e firme no vídeo ao interpretar uma mulher mais velha do que a sua real idade. Fugiu de qualquer caricatura. Também imprimiu uma identidade única à Consuêlo que era braço direito de Odete Roitman na TCA. A história paralela permitiu o crescimento da nova versão. Ao lado de Aldeíde (Karine Teles), o núcleo suburbano permitiu uma identificação com o brasileiro da classe média baixa. Aqui a diversidade cumpriu a sua missão. De forma natural e sem discursos de militância. O melhor do DNA de Manuela Dias permeou todo esse núcleo.

Guilherme Magon: o ator se destacou ao viver Leonardo, filho de Odete Roitman. Em uma cadeira de rodas, Magon transparecia, pelo olhar, o drama do herdeiro da família Roitman. Manuela Dias acertou em cheio na construção da nova história.

Lucas Leto - o ator deu vida ao carismático Sardinha. Chamou a atenção do primeiro ao último capítulo com uma boa atuação.  

Julio Andrade (Rubinho) – excelente ator que brilhou em sua rápida participação especial nos primeiros capítulos de Vale Tudo.

 

PONTOS NEGATIVOS

Último capítulo: a “ressureição” de Odete Roitman foi, pessimamente, desenvolvida. Do nada, ela desperta e segue rumo a um local clandestino para a cirurgia de emergência. A ideia de mantê-la viva é interessante. Porém, deveria ter sido um plano da própria vilã para escapar da prisão. A história poderia ter arrematado o telespectador. Tê-lo surpreendido. Nada disso aconteceu. Mal sobrou tempo para o mistério que deveria ter sido o grande chamariz de todo o último capítulo. A autora enfiou desfechos de personagens secundários, sem peso para a obra, como a questão da assexualidade de Poliana (Matheus Nachtergaele) e Marieta (Cacá Ottoni) e do casamento homoafetivo de Lais (Lorena Lima) e Cecilia (Maeve Jinkings). Claramente para reforçar o ar da “diversidade” da produção. Tais encerramentos poderiam ter acontecido em capítulos anteriores.

Raquel e Ivan – o casal interpretado por Tais Araújo e Renato Goes não empolgou. O ranço com o enlace amoroso dos protagonistas se acentuou, após a postura de ambos com Heleninha (Paolla Oliveira) que vivia o drama da dependência alcóolica. Ivan, até mesmo, apareceu com a imagem de vilão da história nesse momento. É válido destacar que Tais, de fato, se entregou visceralmente à Raquel. Com intensidade. O mesmo não pode ser dito sobre o desempenho de Goes que já não vinha com bom destaque de Família É Tudo.

Paolla Oliveira – a atriz não conseguiu imprimir o drama da dependência alcóolica de Heleninha. Escalação equivocada. Na realidade, a personagem nas mãos de Paolla ganhou contornos de ‘mocinha’ da história. O desfecho também ficou aberto no último capítulo.

Desfecho da Tia Celina (Malu Galli) – uma das personagens mais importantes da nova versão não teve um desfecho claro. Ela ficou com Esteban (Caco Ciocler)?

Construção do novo Marco Aurélio – a autora nitidamente quis humanizar e suavizar a imagem do corrupto Marco Aurélio, interpretado por Alexandre Nero. Até criou a história de admiração pela menina Sarita, adotada por sua irmã. Ganhou ares cômicos e infantil, especialmente em sua relação com o seu assessor Freitas (Luis Lobianco).

Exclusão da dependência de jogo - do nada, a compulsão de Vasco (Thiago Martins) pelos famigerados “joguinhos” desapareceu, por completo, da nova versão de Vale Tudo. A TV Globo perdeu uma ótima oportunidade de abordar um assunto que atinge milhões de brasileiros.

Eugênio (Luis Salém) – o coitado do mordomo nem teve a sua aposentadoria...

Fabio Maksymczuk  

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Dica de local para conserto de máquina fotográfica antiga

 

Olá, internautas

No ido ano de 2016, acompanhei a agitação de fãs de Lucero na Avenida Paulista. A atriz e cantora se hospedou por lá. Ainda vivia o clima da boa repercussão da novela A Dona e de sua participação especial em Carinha de Anjo no SBT. Tirei várias fotos da movimentação.

Eis que a minha singela máquina fotográfica Canon A480 parou de funcionar. De lá para cá, o uso do celular se intensificou. Fui a alguns locais para verificar a possibilidade de conserto. Sem sucesso. Depois veio a pandemia. Ficou na caixa.

Agora estou ao lado da Galeria Sete de Abril, no centro da cidade de São Paulo, devido à minha nova rotina profissional. Há diversos estabelecimentos especializados em máquinas fotográficas.

Tive a oportunidade de encontrar a assistência técnica Ricardo Cursino que, rapidamente, detectou a falha no equipamento e solucionou brevemente o problema.

Desse modo, compartilho a dica por aqui para os interessados que também desejam o conserto de máquinas fotográficas que já estão fora do mercado:

Ricardo Cursino

Rua Sete de Abril, 125 – 1 andar – Sala 108 – República – São Paulo/SP

11 – 91650-3385

ricardo.cursino@hotmail.com

Nove anos depois, aproveito a oportunidade para divulgar alguns registros de fãs da mexicana Lucero. Até o atual fazendeiro Dudu Camargo esteve por lá.







Fabio Maksymczuk

terça-feira, 14 de outubro de 2025

The Voice Brasil enriquece programação do SBT

 

Olá, internautas

Após 12 temporadas na TV Globo, The Voice Brasil desembarcou no SBT. O talent show voltou a ser comandado por Tiago Leifert com direção geral de Boninho. A atração ocupa agora a faixa das 22h30 das segundas-feiras. Dia bom e bom horário. Com isso, Programa do Ratinho foi deslocado para mais cedo. Entra na faixa das 21h45.

Em um cenário ideal, a linha de shows deveria ser remontada na emissora da família Abravanel em todos os dias da semana. Ratinho deveria ser o concorrente direto da novela das nove da TV Globo. Como já defendido neste espaço anteriormente, a novela mexicana também deveria ser antecipada para 20h30.

Quando o capítulo de Vale Tudo termina, The Voice Brasil necessitaria adentrar imediatamente na grade. Fisgar o efeito zapping. Nessas duas semanas, isso não aconteceu. Ratinho ficou no ar.

Mesmo com o formato desgastado na TV Globo, o talent show enriquece a grade de programação do SBT. É uma produção nacional (mesmo com formato importado) com boa edição, bom cenário, boa iluminação e bom conteúdo musical.

Péricles é o nome mais proeminente entre os técnicos. Um dos mais reconhecidos há décadas na verdadeira música popular brasileira. Mumuzinho traz o elo de transição entre Globo e SBT, já que integrava a equipe da era platinada. Duda Beat e Matheus e Kauan simbolizam a nova geração.

O gene sbtista entra com Gaby Cabrini, que aparece diariamente no Fofocalizando. Agora, a jornalista traz os bastidores da seletiva.

Nos dois primeiros episódios, a música brasileira dominou. Somente algumas canções internacionais apareceram no “setlist”. E isso é ótimo.

The Voice Brasil 2025 surpreendeu positivamente.

Fabio Maksymczuk

sábado, 11 de outubro de 2025

As Filhas da Senhora Garcia termina como boa surpresa no SBT

 



Olá, internautas

Nesta sexta-feira (10/10), o SBT exibiu o último capítulo de As Filhas da Senhora Garcia. A novela terminou como uma boa surpresa na emissora da família Abravanel. Nos últimos anos, o canal exibiu uma série de folhetins da Televisa que não repercutiu no Brasil. Como já analisado neste espaço, as produções do conglomerado entraram em uma nova fase.

Mesmo sendo inspirado em um roteiro turco, As Filhas da Senhora Garcia tinha o velho tempero mexicano. Até mesmo a interpretação do elenco remeteu ao padrão antigo que atrai o público raiz sbtista. Por isso mesmo, o SBT atingiu até a almejada vice-liderança em diversos momentos em pleno horário nobre. A corneta do Silvinho festejava tal conquista na tela. Evidentemente, o erro grosseiro da Record em exibir séries bíblicas contribuiu para a marca. Mesmo assim, é um fato a ser comemorado.

Dona Ofélia Garcia protagonizou a história do início ao fim com a experiente atriz Maria Sorté, já conhecida dos brasileiros. Uma mãe ambiciosa e controladora. Não exatamente uma vilã. Paula (Geraldine Bazán) personificava a maldade na história.

As suas filhas costuravam o roteiro em duas frentes paralelas. Havia uma expectativa sobre o final de Valeria (Oka Giner) que acabou só e deixou de lado os irmãos Artur (Brandon Peniche) e Nicolas (Emmanuel Palomares). A mocinha, na realidade, tinha um perfil mais ranzinza. De sua mãe até Artur com quem nutriu um enlace amoroso durante a trama.

A sua irmã Mar (Ela Velden) chamava a atenção por sua ingenuidade extremada. Em palavras mais claras, era uma “tapada”. Até mereceu ficar alguns dias na cadeia por sua burrice genuína. A história de amor com Juan (Álex Perea) sustentou a personagem do início ao fim.

Já do outro lado, aparecia o núcleo rico da família Portilla. “Os Filhos do Senhor Portilla”. O milionário Luis, vivido pelo experiente ator Guillermo García Cantú (também já conhecido pelo público brasileiro), enfrentava os perrengues com seus filhos mimados Leonardo, Artur, Nicolas e Camila. Para piorar a situação, ainda havia a presença da mulher obsessora Rocio (Nuria Bages) que buscava o paradeiro de seu filho envolto em um mistério desvendado nos últimos capítulos.

As Filhas da Senhora Garcia agora passa o bastão para A.MAR que transparece ser uma novela mais fraca com o estilo da nova fase das produções da Televisa. Pelo menos, essa é a impressão inicial. Além disso, enfrentará, desta vez, a trama turca Mãe que tende a elevar os índices da Record.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 7 de outubro de 2025

‘Morte’ de Odete Roitman decepciona em Vale Tudo

 

Olá, internautas

Nesta segunda-feira (06/10), foi ao ar o aguardado capítulo de “Vale Tudo”. Odete Roitman foi assassinada (teoricamente) em seu quarto no hotel.  Agora, a nova versão explorará nos capítulos finais a pergunta que marca a teledramaturgia brasileira: quem matou Odete Roitman?

A apreensão rendeu bons frutos para a emissora platinada. A novela atingiu a almejada marca dos 30 pontos. Garantiu 30,9 pontos de média. Fato a ser comemorado em uma produção que começou abaixo da expectativa nos índices de audiência.

Odete Roitman é a personagem mais bem desenvolvida, de acordo com as premissas da nova versão. A autora Manuela Dias conseguiu imprimir sua marca na atualização da vilã. A atriz Debora Bloch imprimiu uma identidade singular à bilionária. Diante de tal quadro, conseguiu conquistar até uma legião de admiradores.

Por isso mesmo, o público esperava muito mais da cena icônica. Ficou singela e solta em meio à construção da narrativa de possíveis assassinos (as). Faltou um sentimento de arrebatamento.

A ‘ressureição’ de Odete seria um dos possíveis desfechos da trama. Na ficção, tudo é possível, mas com a cena exibida ontem, esse caminho tende a não se concretizar.

Vale Tudo ganhou impulso da metade para o fim quando grande parcela do público compreendeu que a nova versão não é um remake, como aconteceu com Pantanal e Renascer, mas uma trama baseada na obra original. Mesmo assim, há outra parcela, mais purista, que ainda insiste nas comparações com o resgate de vídeos da produção de 1988. 

Em breve, este espaço divulgará o balanço final com os pontos positivos e negativos. Aguardem.

Fabio Maksymczuk

sábado, 4 de outubro de 2025

A Grande Conquista 2 ecoa em A Fazenda 17

 

Olá, internautas

A Record já estreou A Fazenda 17. A atual temporada repete o mesmo padrão das últimas edições. O elenco inchado com 26 participantes impossibilita o melhor retrato de cada peão ou peoa. Desse modo, para ganhar espaço na edição, é necessário esgoelar. Chegar, logo de cara, com o “pé alto”. O resultado de tal premissa é gritaria e confusão, como aconteceu na madrugada desta sexta (03/10) para sábado (04/10), com o embate entre Wallas e Shia Phoenix.

Comportamentos erráticos já aparecem, mesmo com “peões repetentes”. É o caso de Fernando Sampaio que teve uma passagem conturbada em “A Grande Conquista 2”. Mesmo com uma segunda chance (aliás, bem discutível a escalação), o ator repete o mesmo padrão do reality anterior. Mesmas falas. Mais parece uma reprise agora dentro do contexto rural. Desta vez, jogou água em Tamires Assis, ex-Davi Brito.

Diante de tal comportamento, velhas feridas abriram nos “conquisteiros”. Pelas redes sociais, Any (Anahí Rodrighero) relembrou a postura de Fernando na mansão. Sobrou até para João Hadad que rebateu o post da trans. Brenno Pavarini também comentou a participação do ex-colega. Publicou no Twitter X: “Ela só ta NERVOSAAAA””. Bruno Cardoso, que poderia ter ganhado a segunda oportunidade na vaga de Fernando, enfatizou que o atual peão está bloqueado em suas redes sociais e relembrou a fala do ator. Naquela oportunidade, Fernando disse que o palhaço teria dinheiro, pois tinha sido Patati ou Patatá.  

Nizam, que não deixou uma boa imagem no BBB24, também ganha uma segunda chance para reverter a impressão. Dudu Camargo é outro que aproveitará “A Fazenda 17” para alavancar a carreira, após a tumultuada saída do SBT. Gaby Spanic é a grande estrela do elenco. A falta da proficiência em português poderá surgir como um entrave em sua participação. Legendas agora aparecem na tela.

Michelle Barros tenta seguir a trilha de Rachel Sheherazade. Até aqui, sem destaque. Guilherme Boury é outro confinado já conhecido pelo telespectador. Porém, até aqui, sem brilho. Duda Wendling, Matheus Martins e Luiz Mesquita formam o triângulo amoroso. Carol Lekker parece ser discípula de Rico Melquíades. Tudo ou nada no jogo. O mesmo acontece com Yoná Souza. Will Guimarães tem potencial de ser o mocinho da edição. Há ainda uma dezena de participantes que lutará pelo prêmio de dois milhões de reais.

Agora é acompanhar o desenrolar do jogo de A Fazenda 17. O reality não emite sinais de uma renovação defendida por esse espaço há alguns anos.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Paulo Soares e Antero Greco deixam saudade na ESPN

 

Olá, internautas

Uma notícia pegou muitos de surpresa na madrugada desta segunda-feira (29/09). Paulo Soares, o Amigão, morreu aos 63 anos por falência múltipla de órgãos. O fato provoca perplexidade, já que o jornalista formava uma dupla icônica com Antero Greco, falecido no ano passado. Em um curto período de tempo, os dois desencarnaram.

Amigão e Greco chamaram a atenção no comando do SportsCenter na ESPN. Com risadas soltas e um estilo mais descontraído, os dois batiam o cartão quase que semanalmente no icônico Top Five do CQC na Band.

Na mais recente edição do The Noite, Danilo Gentili, ex-CQC, resgatou uma entrevista da dupla realizada em 2014. Chamou a atenção a aparição de Leo Lins e Juliana Oliveira durante a reprise. Os dois deixaram o talk show do SBT com turbulência.

Durante o bate-papo, Amigão frisou que já tinha sido narrador esportivo na emissora fundada por Silvio Santos. Confesso que não lembro. Sempre lia a excelente coluna de Greco no jornal O Estado de S. Paulo. Ótimo texto com leitura da realidade esportiva com perspicácia. Uma referência no jornalismo esportivo.

Amigão e Greco deixam saudade. Descansem em paz.

Fabio Maksymczuk

sábado, 27 de setembro de 2025

Mamma Bruschetta pede emprego em especial de 45 anos do Mulheres

 

Olá, internautas

Nesta quarta-feira (24/09), ‘Mulheres’ celebrou 45 anos no ar. O mais tradicional programa feminino da TV brasileira contou com convidados especiais para comemorar a data.

Mamma Bruschetta reapareceu na tela da TV Gazeta. A eterna parceira de Catia Fonseca relembrou sua passagem de 15 anos no vespertino. Durante o encerramento da conversa mediada por Camila Galetti e Pamela Rodrigues, Mamma pediu emprego. Gostaria de retornar ao Mulheres, mesmo que seja uma vez por semana. Seria uma ótima contratação. Possui elo afetivo com o telespectador.

O especial ainda prestou uma bela homenagem à inesquecível Palmirinha Onofre. A culinarista Sandra Nogueira, a Sandrinha, ao lado de Guinho, refez a receita de um bolo de chocolate, apresentado décadas atrás pela “vovó”. Nesse momento, Anderson Clayton, o artista que dava vida ao boneco, apareceu no vídeo e relembrou a parceria.

Musicais com Jorge Vercillo, aula com o confeiteiro Lucas Corazza que ensinou a receita do bolo de aniversário e um bate-papo com Suzy Rêgo, Cristiana Oliveira e Eduardo Martini que protagonizam a peça Cá Entre Nós completaram a relação de convidados do especial.

Felipe Vidal, José Armando Vannucci, Tia (Guilherme Uzeda) e Thiago Rocha ainda disputaram uma gincana de 10 minutos que contemplava a melhor decoração de um bolo. Vitória da Tia. Sylvio Rezende comandou mais uma edição quadro da transformação. O programa também contou com inserção de bloco do jornalismo. Um acerto. Agrega mais conteúdo. Ainda teve um desfile que rememorou as raízes do ‘Mulheres em Desfile’ com Ione Borges e Claudete Troiano. Nesse momento, mulheres 60+ poderiam ter ganhado espaço na passarela.

Nos últimos tempos, Mulheres enfrenta momentos de instabilidade com as saídas de Regina Volpato, Regiane Tápias, Arthur Pires, o Tutu, e mais recentemente a passagem relâmpago de Fefito. Sem falar do noticiário sobre a Tia (Guilherme Uzeda) que agora não aparece todos os dias na atração. Mesmo longe de uma fase alvissareira, chegar aos 45 anos é motivo de comemoração. Parabéns a todos os profissionais que construíram a trajetória de um dos programas mais longevos da história da TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Correspondente FABIOTV acompanha gravação do Altas Horas na TV Globo

 

Olá, internautas

Recebi um convite para acompanhar as gravações do Altas Horas nos estúdios da TV Globo aqui em São Paulo. Entrei em uma nova fase na minha carreira profissional e não pude comparecer. Por isso mesmo, estou com menos tempo para atualizar esse espaço e as redes sociais.

Repassei o chamamento para minha “correspondente” (ou minha pulguinha, como diria Leão Lobo) que acompanhou a movimentação televisiva na última terça-feira (17/09). O ônibus da TV Globo sairia por volta das 15 horas em frente ao prédio da UNESP (Universidade Estadual Paulista) no centro histórico da cidade. E assim foi feito.

A sede paulista do canal platinado fica no Brooklin Novo, zona sul da capital paulista. Todos tiveram que passar por um detector de metais. A produção encaminhou diversas orientações para a caravana.

Basicamente, poderia levar somente o celular. Bolsas e demais apetrechos seriam guardados em um guarda-volumes compartilhado (não teria para todos). Além disso, a vestimenta não deveria ostentar marcas, logotipos, símbolos, desenhos ou números.

Antes de adentrar o estúdio, todos ficariam em uma sala de espera por mais de duas horas. Um lanchinho (refrigerante, pão de batata e sanduíche com queijo e presunto) foi servido. Por lá, há objetos e símbolos que remetem ao passado da emissora. Figurinos de personagens (novela O Astro) e logotipos do passado do canal permeiam o ambiente.

A gravação iniciou por volta das 18 horas. Três horas depois do ponto inicial da jornada. A edição, que será exibida em outubro, contou com as participações de Catia Fonseca, Barbara Reis, Toquinho e do grupo Cidade Negra. Terminou por volta das 22 horas. Quatro horas de gravação, no total. O telespectador acompanha cerca de duas horas, ou seja, a metade do material editado. Nos intervalos, uma maquiadora sempre retocava os convidados. 

A gravação de um programa demanda uma estrutura ao redor que grande parte do público desconhece. Esses são os bastidores da TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

domingo, 21 de setembro de 2025

Game dos 100 chega ao fim com morte de JP Mantovani

 

Olá, internautas

Neste domingo (21/09), uma notícia pegou de surpresa, especialmente o público que acompanha os reality shows da Record. João Paulo Mantovani desencarnou nesta madrugada após um acidente que envolveu a sua moto em São Paulo. JP ganhou destaque em suas participações em A Fazenda 8, Power Couple Brasil e, mais recentemente, no Game dos 100 que justamente chegou hoje ao fim.

No encerramento do game show, o apresentador Felipe Andreoli leu uma nota de condolência em virtude da morte do modelo. No reality rural, JP recebeu espaço na edição pela amizade com Marcelo Bimbi, o sentimento que eclodiu por Li Martins no confinamento e os entreveros com Mara Maravilha.

Mantovani era uma figura sempre presente em atrações da TV brasileira. Do Domingo Legal, pelo SBT, ao De Papo com Amanda Françozo na TV Aparecida. Ele até se aventurou em campanha eleitoral para vereador na cidade de São Paulo. Nossos sinceros pêsames aos familiares, amigos e fãs.

Game dos 100

JP era um dos famosos que compuseram o elenco do Game dos 100. Contava com a simpatia do público que já o conhecia. Saiu alguns domingos atrás. O programa focou exclusivamente nas disputas. Por isso mesmo, os mais conhecidos, que já tinham uma ligação com o telespectador, recebiam maior torcida.

A edição deveria ter apresentado a história dos competidores “anônimos”. Pouquíssimos receberam algum espaço, como os gêmeos Vinicius e Venancio que chegaram até a grande final, vovó Janete e sua filha, além de Ricardo que foi o que mais avançou entre os trigêmeos. Michele foi a última mulher que saiu da competição. O motoboy João venceu os 100 desafios e conquistou 300 mil reais. Foi, de fato, uma grande conquista. Uma curiosidade envolve o vice-campeão Marcio Câmara. Ele já participou do The Wall no concorrente direto Domingão com Huck que exibia o quadro no confronto da guerra dominical.    

Felipe Andreoli sobressaiu na apresentação do game show. Não escondia as suas impressões e torcida. Apesar de ter ficado abaixo da meta nos índices de audiência, Game dos 100 cumpriu a sua missão de levar uma proposta inédita ao público de domingo da Record.

Fabio Maksymczuk