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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Confira os piores da TV brasileira em 2019


Olá, internautas

Chegamos ao último “post” deste ano. A TV brasileira reservou maus momentos para os telespectadores em 2019. Segue a lista dos piores do ano.

PIOR NOVELA: O Sétimo Guardião
A novela de Aguinaldo Silva e seus colaboradores aprofundou a crise da mais tradicional faixa horária da TV Globo. A trama girou ao redor dos 30 pontos, sem nenhuma grande expectativa para o telespectador, mesmo com a série de assassinatos dos guardiães que fizeram nenhuma falta. 

PIOR ATOR: Luiz Fernando Guimarães (Amadeu)
Luiz Fernando Guimarães destoou, desde o início, na novela “O Tempo Não Para”. A atuação do ator, que interpretou o então milionário Amadeu, provocou rejeição. Por isso mesmo, o sumiço do personagem não fez falta à história.

PIOR ATRIZ: Yanna Lavigne (Laura)
A atriz, em grande parte da novela, apresentou uma postura artificial com sua personagem Laura. Mal escalada para o importante papel na trama de “O Sétimo Guardião”. Experiência no elenco se faz em outras faixas horárias e não na principal da emissora.


PIOR APRESENTADOR (A): Rodrigo Faro
“Como é que tá a audiência”. Tal frase, entoada durante a “homenagem” a Gugu Liberato após a sua morte, simbolizou o apresentador neste ano. Faro não passa naturalidade no vídeo. Por essas e por outras, perdeu a vice-liderança isolada na guerra dominical.

PIOR PROGRAMA HUMORÍSTICO: Te Peguei
A RedeTV! escalou uma série de pegadinhas sem graça nos buracos da programação, principalmente na madrugada. Não arranca sequer um sorriso amarelo.

PIOR REALITY/TALENT SHOW: BBB19

O elenco do “BBB19” fugiu dos confrontos e de uma possível rejeição. Porém, o tiro saiu pela culatra. Muitos participantes desta edição do reality da TV Globo decepcionaram.  Saíram sem deixar algum rastro e lembrança no telespectador. Não aproveitaram a oportunidade.



PIOR PROGRAMA DE AUDITÓRIO: Domingo Show
A nova fase da atração da Record TV iniciou com um grave problema. O projeto do palco resultou em um tom sombrio e escuro no vídeo. Não combina com o clima ensolarado do domingo. O auditório, teoricamente, serviria para amenizar as pautas “tristes”. Seria um espaço para trazer um ar mais leve com convidados especiais. Isso não aconteceu. “Domingo Show” precisa de mais show nas quatro horas de exibição. E mais agilidade no andamento do dominical. A missão está agora com Sabrina Sato.

PIOR PROGRAMA ESPORTIVO: Cobertura do Pan-Americano na Record TV

A Record TV, basicamente, explorou reprises dos Jogos Pan-Americano de Lima na madrugada. Foi um “pot-pourri” de melhores momentos da delegação brasileira. Na cerimônia de abertura, a situação ficou evidente. Ao invés da emissora derrubar a exibição de um filme na Super Tela, preferiram copilar alguns trechos aleatórios do evento que marca o início das competições a partir da meia-noite e meia.



FIASCO DO ANO: Se Joga
A nova aposta platinada, que entrou com a missão de reconquistar a liderança na faixa vespertina, chegou a amargar a terceira colocação em alguns momentos. Um trio de apresentadores comanda o programa. A duração de uma hora diária não necessita de três comandantes. Fernanda Gentil, Érico Brás e Fabiana Karla se esguelham na apresentação. O programa fica barulhento. Gentil daria conta sozinha do recado. Fabiana e Érico não são apresentadores. Além disso, o formato lembra mais um liquidificador. Mistura tudo e joga no colo do telespectador. O programa fica sem identidade.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Confira os melhores da TV brasileira em 2019


Olá, internautas

2019 ficará marcado como um ano repleto de casos que mexeram com a sociedade brasileira. Desde o desastre ambiental em Brumadinho até a morte de Gugu Liberato, a TV brasileira se mobilizou para cobrir os acontecimentos.

Segue a relação dos melhores da TV brasileira:

MELHOR NOVELA: Bom Sucesso

Em um ano marcado por novelas, em sua grande maioria regulares, “Bom Sucesso” se destacou em 2019. A trama, de Paulo Halm e Rosane Svartman, com direção artística de Luiz Henrique Rios e direção geral de Marcus Figueiredo, sobressaiu, principalmente na primeira metade da obra.  A novela tem o mérito de incentivar o hábito da leitura no telespectador. Além disso, a diversidade étnica marca o elenco. Ponto positivo. O drama central, protagonizado por Alberto (Antonio Fagundes) e Paloma (Grazi Massafera), sobre a finitude da vida, sensibilizou o público. Além disso, o casal de protagonistas formado entre Paloma e Marcos (Rômulo Estrela) funcionou no vídeo.

MELHOR ATRIZ: Marjorie Estiano (Sob Pressão)

Marjorie viveu o auge de sua carreira artística na terceira temporada de “Sob Pressão”. A sua atuação, no episódio duplo da série, é inesquecível. Nesta oportunidade, doutora Carolina, que estava grávida, perdeu o seu bebê por um incidente. Marjorie transmitiu, através do olhar, todo o horror interno e externo, já que no hospital também ocorria troca de tiros entre polícia e bandidos com feridos e mortos espalhados pelos corredores.



MELHOR ATOR: Felipe Camargo (Espelho da Vida)

O ator sobressaiu em “Espelho da Vida” com o maior espaço dado aos anos 30 na trama. Camargo trouxe toda a sua experiência ao incorporar Coronel Eugênio. Foi um dos seus melhores trabalhos na teledramaturgia. Excelente. A ambivalência com Américo se transformou em um desafio duplo.

MELHOR SÉRIE: Sob Pressão

“Sob Pressão” é uma atração necessária na TV brasileira por jogar luz, através da teledramaturgia, sobre a caótica rede de saúde pública do nosso País. A competente direção artística de Andrucha Waddington e direção de Mini Kerti, Rebeca Diniz, Pedro Waddington e Julio Andrade trouxe ritmo à série. O telespectador fica envolvido com a história narrada. O drama do sistema de saúde aliado aos conflitos dos personagens não “pesam” na atração. Roteiro e direção trabalham com destreza.

MELHOR REALITY SHOW: Troca de Esposas

O “Troca de Família” já tinha deixado saudade no telespectador. A nova versão apresentada por Ticiane Pinheiro na Record TV ocupou o vácuo. Em todas as trocas, o telespectador pôde se reconhecer (ou não) com os hábitos dos participantes. Em uma residência, só usavam copos de plástico para não lavar louça. Ou então, outra família preferia solicitar delivery no jantar para também não lavar tanta louça. Ou aqueles que preferem fazer lanche ao invés da tradicional janta. E assim por diante.



MELHOR TALENT SHOW: Canta Comigo

“Canta Comigo” é um dos programas mais belos da TV brasileira. O cenário é deslumbrante. Realmente, é uma embalagem moderna para o velho conhecido “show de calouros”. E nesta temporada, a produção exibida na Record TV escalou cantores bem superiores em relação ao ano passado. O “sarrafo” subiu. A disputa ficou muito mais acirrada. A vitória do haitiano Franson, que sensibilizou o telespectador, coroou a boa temporada. Além disso, foi a última atração comandada por Gugu Liberato que já deixa saudades na TV brasileira.

MELHOR APRESENTADOR (A): Ana Maria Braga

Neste ano, o programa “Mais Você” celebrou 20 anos na TV Globo. No decorrer desse tempo, Ana Maria Braga sempre emprestou sua identidade ao programa matinal. A veterana apresentadora é um dos principais nomes da TV brasileira. É uma companheira do público.

MELHOR PROGRAMA JORNALÍSTICO: Conexão Repórter

“Conexão Repórter” adaptou-se à faixa da meia-noite de segunda para terça-feira no SBT. Neste ano, Cabrini viajou pelo mundo atrás da notícia. Entrevistou, em primeira mão, o ex-Dominó Marcelo que revelou detalhes sobre o acidente que vitimou Gugu Liberato. Foi in loco na escola em Suzano onde ocorreu o atentado que deixou dez mortos. Entrevistou populares nas ruas até políticos no centro do poder. Transformou números frios em histórias de vida.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Meia, caneta e diário marcam amigo secreto do "Aqui na Band"


Olá, internautas

Nesta terça-feira (24/12), o programa “Aqui na Band” ganhou o seu especial de Natal. Com a nítida marca do diretor Vildomar Batista, a atração reuniu as estrelas da emissora do Morumbi. Ótima ideia.
 
O telespectador teve a oportunidade de acompanhar uma confraternização entre apresentadores, comentaristas e jornalistas da Rede Bandeirantes. Porém, alguns fatos precisam ser mencionados.
Visivelmente, Henrique Fogaça, do “MasterChef”, estava incomodado. Passou grande parte do especial com cara amarrada. E para piorar a situação, o colunista Nathan, ou Nana Rude, ainda comentou que o chef tem cara de lenhador. Gargalhada geral no estúdio.

Os apresentadores e colaboradores do “Aqui na Band” tinham o seu próprio microfone acoplado ao rosto. Já os demais colegas de emissora, precisavam usar o microfone de mão. Para abrir os presentes, muitos enfrentaram dificuldades. Segurava microfone. Dava o artefato para o colega. Ficava sem som. Voltava com o microfone e o presente na outra mão. Uma mesinha ao lado poderia ter sanado tal problema.

Todos do MasterChef, um dos carros-chefes da casa, estavam presentes. Menos Paola Carosella. Ficou estranho. Saia justa entre Milton Neves e Roberto Justus precisou ser contornada. Milton já processou o comandante de O Aprendiz.  

Os presentes poderiam ter ganhado um maior destaque no especial. O jornalista Luiz Megale presenteou a colega com um caderno travestido de diário. Como assim? Joel Datena presenteou Jacquin com um par de meia. Oi? Neto ainda ganhou canetas de Lacombe.

O amigo secreto possibilita o encontro entre as estrelas em um mesmo ambiente. Isso é interessante. Porém, a criatividade deveria se impor na troca dos presentes.

Fabio Maksymczuk  

domingo, 22 de dezembro de 2019

Porchat se transforma em símbolo do GNT



Olá, internautas

2019 marcou um ano de virada para Fabio Porchat. O humorista saiu da Record TV e encontrou novos desafios no GNT. Como já informado neste espaço, a emissora da Barra Funda, de certa forma, não sentiu a ausência do apresentador. As séries norte-americanas, como Chicago Fire, mantiveram os índices de audiência do talk show. Oscilam entre 4 e 5 pontos. Nada mal.

Já Porchat investiu no GNT. Continuou no interessante “Papo de Segunda” ao lado de Emicida, João Vicente e Chico Bosco. É um programa “maduro”. A cada segunda-feira, o quarteto recebe um entrevistado e um não sobrepõe o outro durante o bate-papo. Em uma edição recente, o ator Silvero Pereira trouxe um discurso engajado, especialmente sobre a homofobia, sem ser “militante chato”. Trouxe ponderações interessantes sobre o filme Bacurau. Ele é um dos destaques do longa nacional.

Neste ano, o apresentador investiu no “Que História É Essa, Porchat?”. A atração traz declarações inusitadas de famosos que contam os seus “causos”. O grande mérito da atração é garimpar declarações até então desconhecidas do telespectador. Um exemplo pode ser citado com o ator Kiko Mascarenhas que falou sobre o perrengue ocasionado por uma dor de barriga durante a inauguração de uma boate gay em Jacarepaguá, até então um lugar longínquo do Rio de Janeiro em 1990. Hilário.

Diferente do “Programa do Porchat”, que era mais show ao invés de talk, “Que História É Essa, Porchat?” é mais talk que show. Evidentemente, agora no guarda-chuva do Grupo Globo, Porchat tem à disposição um número maior de opções de entrevistados.

Porchat se transformou em símbolo do GNT. É a sua principal estrela na atualidade.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Desgaste marca "Família Record"


Olá, internautas

Os especiais de fim de ano começam a pulular na programação da TV brasileira. O tradicional “Família Record” ganhou espaço nesta semana na emissora da Barra Funda. Neste ano, o desgaste do formato ficou latente.

O amigo secreto entre as estrelas do canal chamou a atenção do telespectador no “Hoje em Dia”. Ali, a atração tinha a força de uma confraternização. Depois, transformou-se em um especial de dois dias na faixa noturna. E perdeu o fôlego.

Todo ano, é a mesma situação. E para esticar o especial, surgiram números musicais e gincanas dos anos 80.  Resultado: “Família Record” bateu recorde negativo nos índices de audiência. Ficou entre 6 e 7 pontos.

Ao invés de ter realizado um novo sorteio, a Record TV manteve o nome de Gugu Liberato na atração, mesmo após a sua morte. Ficou estranho. Desnecessário. A apresentadora Ana Hickmann mais parecia uma cover de Pabllo Vittar no especial. Visual estranho. E a apresentação de Sabrina Sato neste programa já causa apreensão para o dominical.

Por outro lado, a emissora exibiu o especial “O Figurante” protagonizado por Eri Johnson. A sitcom trouxe humor à grade de programação da Record TV. E isso é ótimo. O episódio conseguiu arrancar risadas do público. A atriz Perola Faria interpretou uma "blogueira" (na realidade, era uma influencer) com 15 milhões de seguidores. E ela anunciou @kittycarrao Acessei a rede social e não existe. Vacilo.

“Família Record” precisa de uma reinvenção. Episódios especiais, que podem funcionar como teste, são bem-vindos.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Falta de transparência compromete final do "MasterChef – A Revanche"


Olá, internautas

Nesta terça-feira (17/12), Vitor Bourguignon consagrou-se como o grande vencedor do “MasterChef – A Revanche”. Zebra. O curitibano não era apontado como um dos favoritos. Estefano Zaquini, que tinha a torcida de grande parte do público, ficou em segundo lugar. A apresentadora Ana Paula Padrão revelou que Vitor ganhou a disputa por apenas um ponto.

Eis que retornou o “pesadelo” da primeira temporada da versão profissionais. As notas de Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin não foram reveladas. A falta de transparência comprometeu a grande final. O semblante entristecido do trio de jurados chamou a atenção do telespectador. Nenhum deles passou vibração com a vitória do paranaense.

O trio criticou o prato principal e a sobremesa de Vitor. Já Estefano ficou atrás, principalmente, na entrada. Qual foi a diferenças das notas? Acesso negado.

Como já era previsto, “MasterChef – A Revanche” não explodiu nos índices de audiência em seu retorno para as noites das terças-feiras. Além do próprio desgaste do formato com duas edições em um mesmo ano, o talent show enfrentava diretamente “A Fazenda 11”. Público semelhante.

Por isso mesmo, “MasterChef – A Revanche” deveria ter continuado nas noites de domingo. Fugia da concorrência do reality da Record TV. Porém, a Band exibe atualmente os jogos da NBA nesta faixa horária.

O talent show acertou ao resgatar ex-participantes. As mulheres decepcionaram. Katleen foi a que chegou mais longe com a quinta colocação. Os recém-egressos da sexta temporada versão amadores, Haila e Helton, foram eliminados precocemente.  

Fernando Cavinato continua o mesmo “atrapalhado” e querido pelo telespectador. Já Fernando Kawasaki, conhecido por Fernando Bracho, permanece com o temperamento forte. Sabrina Kanai enfatizou que seria uma nova mulher, mas continuou a passar insegurança na competição.

Desta vez, a disputa focou no enfrentamento culinário. O “mimimi” e o “disse-me-disse” ficaram em segundo plano. Apesar disso, a edição não passou o robusto crescimento profissional de Vitor Bourguignon. Estefano, sim.

Fabio Maksymczuk

domingo, 15 de dezembro de 2019

"Bake Off Brasil" trilha caminho oposto ao "Famílias Frente a Frente"


Olá, internautas

Neste final de ano, diversas atrações chegam ao fim das temporadas na TV brasileira. Neste sábado (14/12), foi a vez do “Bake Off Brasil” que consagrou a judoca Karoline como a vencedora da quinta edição. Ela apresentou uma ascensão durante a competição dos confeiteiros amadores. Enfrentou dificuldades.

Francisco, que era apontado como o favorito da disputa, ficou em segundo lugar. Justamente na prova final, o rapaz ficou mais preocupado com o visual do bolo Baile de Máscaras. Lindíssimo. Porém, descuidou do sabor. Dava para perceber como ficou seco, por dentro, pelas fatias cortadas. Apostou na framboesa e no licor. Saiu do trivial. E se deu mal.

Como já ressaltado neste espaço, a escalação de Francisco é polêmica. Ele já é cozinheiro profissional. Evidentemente, teria mais vantagem no mundo da cozinha em comparação aos outros amadores.

Mesmo na quinta temporada, a atração conseguiu permanecer como a mais vista da programação do sábado no SBT.

Por outro lado, “Famílias Frente a Frente”, que chega ao último episódio na próxima sexta-feira (20/12), já passa desgaste no vídeo, logo na primeira temporada. A competição da “comida caseira” não despertou grande interesse. Ficou abaixo da meta estipulada. “Tela de Sucessos”, que ocupava a faixa horária, girava ao redor dos 8 pontos. O programa de Tiago Abravanel rondou 6 pontos.

“Famílias Frente a Frente” não passou frescor. Foi o mais do mesmo. Competição culinária com três jurados. Apresentador preocupado com o tempo. Correria para entregar os pratos. Filtro escuro na imagem. Edição que não trouxe leveza.  

“Bake Off Brasil” e ““Famílias Frente a Frente” trilharam caminhos opostos na degustação do telespectador.

Fabio Maksymczuk

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

"A Fazenda 11" termina como pior edição da história do reality


Olá, internautas

Nesta quinta-feira (12/12), a Record TV exibiu a grande final de “A Fazenda 11”. Lucas Viana consagrou-se o grande vencedor com 59,17% da votação. Hariany Almeida ficou em segundo lugar com 28,63%. Diego Grossi garantiu o terceiro lugar com 12,20%.

Lucas mereceu a vitória por ter sido mais intenso no reality. Apresentou-se com suas virtudes e defeitos. Mimado. Grudento. Bom coração. Imaturo. Boa gente. Além disso, o modelo foi rejeitado por grande parte do elenco pela sua personalidade. Zombaram o peão com o apelido “bebezão”. E parte do público ficou ao seu lado. Rejeição normalmente comove.

Já conhecia o Lucas pelas redes sociais. O telespectador teve a oportunidade de acompanhar o lado frágil do ser humano até então marcado pelo corpo sarado. Esse é o mote de qualquer reality. Desnudar o participante e envolver o público com a história apresentada.

Apesar disso, “A Fazenda 11” termina como a pior da história do reality. O elenco com nomes fracos não despertou interesse. O diretor Rodrigo Carelli deveria reavaliar urgentemente a escalação de egressos do “De Férias com o Ex”, da MTV. Pessoas desconhecidas do público da emissora e da TV aberta no geral.

Bifão e Tati Dias acrescentaram em nada ao programa. As duas chegaram ao ápice de discutir quem “pegava mais” o Caio Castro. A direção nitidamente escalou participantes que poderiam transformar a sede de Itapecerica da Serra em um motel. E conseguiu em parte. Tati e Guilherme ficarão marcados por terem transado na piscina da fazenda, de acordo com a boataria que circulou na web. O mais inusitado é que as cenas são cortadas até na exibição 24 horas do PlayPlus. Então, fica a pergunta: pra que escalar esse tipo de participante? Repercussão negativa.

Parte do elenco não deixou vestígio algum. Aricia, Sabrina, Netto, Tulio e Guilherme Leão (que apenas gerou maior visualização do seu vídeo íntimo) não aproveitaram a oportunidade. Rodrigo Phavanello, que começou como um personagem que “queria transar na casa da árvore”, foi sendo ele mesmo no decorrer da temporada. Errou ao cair no assédio de Sabrina. Entrou na história de casal e saiu apagado.

Andrea Nóbrega foi a participante mais polêmica da edição. Ao lado de Lucas, foi a mais interessante de se acompanhar. Entrava em conflitos. Não ficou em cima do muro e não ensaboetava, vocábulo que marcou essa edição. Deixou sua marca e ganhou uma personalidade na mídia. Deixou de ser ex-esposa de Carlos Alberto.



Hariany, que entrou como a favorita de “A Fazenda 11”, reforçou sua personalidade “leve” vinda do “BBB19”. Porém, entrou em ziguezagues durante o relacionamento com Lucas.  Brigava. Não queria mais. E depois, aproximava do modelo. Além disso, ela tinha um namorado no “mundo real”. E mesmo assim, cedeu a “tentação”. Não passou pelo Teste de Fidelidade. Complicado. E o boné, que virou verdadeira mandinga dos vencedores do reality na grande final, não surtiu efeito em Hari.

Diego Grossi aproveitou a oportunidade para passar um ar mais sereno e maduro, após a tumultuada passagem no “Power Couple Brasil”. Objetivo alcançado. Thayse ficará marcada pelo seu modo “peculiar” na cozinha.  

Jorge e Drika passaram pela Fazenda. Suas imagens continuarão atreladas ao “Power Couple Brasil”. Dois participantes saíram queimados de “A Fazenda 11“. Phellipe Haagensen é mais um expulso do reality. Ficará com a mácula de ter sido agressivo e assediado Hariany. “Eu estava carente, sou um cara muito mulherengo, me deu vontade de beijar”, tentou justificar.

Já Viny Vieira saiu com a imagem de um comediante “forçado”. Sem graça em suas imitações desnecessárias durante as roças. Proferiu discurso machista contra a Hari. Até maltratou o galo.

A mineira Paula von Sperling, de Lagoa Santa, venceu o BBB 19. Já o mineiro Lucas Viana, de Ipatinga, venceu A Fazenda 11. Os mineiros dominaram os realities neste ano.

Fabio Maksymczuk

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

"Amor Sem Igual" estreia com protagonista forte


Olá, internautas

Nesta terça-feira (10/12), a Record TV estreou “Amor Sem Igual”. A nova novela de Cristiane Fridman, que emenda uma novela à outra desde Jezabel, com direção de Rudi Lagemann, egresso também de Topíssima, começou com boa perspectiva.

“Poderosa” dominou o seu espaço logo no primeiro capítulo. A emissora acerta ao apostar em Day Mesquita para protagonizar a trama. Em Topíssima, o canal jogou suas fichas em Felipe Cunha que ganhou o seu primeiro protagonista. E funcionou. Agora é a vez da protagonista feminina. A atriz já dá sinais que aproveitará a oportunidade.

Na novela anterior, Camila Rodrigues, que é uma marca da teledramaturgia da Record, liderou a trama. Desta vez, Rafael Sardão, ator que sempre surge nas novelas da casa, interpreta Miguel. Apostam de um lado no casal. Segurança do outro. Interessante.

Como já é tradição nas estreias da Record, cenas de ação surgiram com uma perseguição em uma estrada, carro capotando ladeira abaixo e explosão. O mote central já foi apresentado ao telespectador.

Nesta estreia, um fato chamou a atenção. Juan Alba interpreta Ramiro, pai da Poderosa e de Tobias, vivido por Thiago Rodrigues que entra pela primeira vez no elenco recordiano/Casablanca. Alba tem 54 anos. Rodrigues tem 39 anos. Como assim? Estranhíssimo.  

O desafio do sotaque nordestino já ficou claro no núcleo da Família Oxente. O pernambucano Ernani Moraes, que vive Antonio, apareceu com o sotaque carregado em determinadas cenas. Já em outras, desapareceu.

“Amor Sem Igual” estreou com uma protagonista forte. Agora é acompanhar a nova aposta da emissora da Barra Funda.

Fabio Maksymczuk

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Melhores da TV: Confira os vencedores do Prêmio APCA 2019


A APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) definiu, nesta segunda-feira (09/12), os melhores da televisão em 2019. Os vencedores receberão o Troféu APCA em cerimônia que será realizada em fevereiro de 2020.

Confira a lista dos vencedores:


                                                 APCA 2019 - Melhor Novela: Bom Sucesso



                                        APCA 2019 - Melhor ator: Flávio Migliaccio (Órfãos da Terra)



                                     APCA 2019 - Melhor atriz: Débora Bloch (Segunda Chamada)


                                        APCA 2019 - Melhor série: Segunda Chamada


                                   APCA 2019 - Melhor Direção: Andrucha Waddington - Sob Pressão


                                  APCA 2019 - Melhor Programa de TV: Que História É Essa Porchat?



                         APCA 2019 - Melhor Programa Jornalístico: Roda Viva – TV Cultura

Votaram: Cristina Padiglione, Edianez Parente, Fabio Maksymczuk, Flavio Ricco, Leão Lobo, Neuber Fischer, Nilson Xavier e Tony Goes.

Fabio Maksymczuk 

sábado, 7 de dezembro de 2019

"Topíssima" chega ao fim com pontos altos e baixos


Olá, internautas

Nesta segunda-feira (09/12), “Topíssima” chegará ao fim na Record TV. A novela de Cristianne Fridman ficou ao redor dos 8 pontos de média. Não obteve a vice-liderança isolada com facilidade em grande parte dos capítulos. Mesmo assim, a trama contemporânea trouxe um alento à teledramaturgia do canal dependente, sobremaneira, das tramas bíblicas.

Segue o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Felipe Cunha (Antonio) e Camila Rodrigues (Sophia Loren): o casal foi o ponto alto da novela. Antonio e Sophia conquistaram, desde o início, a torcida do telespectador. Os protagonistas sustentaram a obra. Camila Rodrigues, mais uma vez, sobressai em uma produção recordiana. Ela passou leveza e segurança. Já Cunha aproveitou a maior oportunidade de sua carreira na televisão. Passou virilidade no vídeo.



Denise del Vecchio (Madalena): a veterana atriz, praticamente, é um patrimônio do elenco das novelas exibidas na emissora. Denise passa toda a sua experiência no vídeo e sobressai. A emoção de Madalena ao descobrir a morte da filha Jandira, após o aborto em uma clínica clandestina, é um marco de Topíssima. A obra trouxe o debate sobre esse tema polêmico.

Floriano Peixoto (Paulo Roberto): o ator passou toda a ambivalência do “traficante-mor” da “Veludo Azul”. Reitor de universidade que, na realidade, apostava na comercialização da droga para sustentar a sua ambição. Personagem que retrata o comandante de drogas sintéticas longe dos morros. 

Marcelo Rodrigues Filho (Rafael Mendonça): o ator começou com o pé direito na televisão. Interpretou com verdade o bom moço Rafael. Não transformou o personagem em um rapaz bobo ou meloso.

Bruno Guedes (Edison): o ator se destacou, no elenco jovem, ao interpretar o ambicioso Edison.



PONTOS NEGATIVOS

Núcleo jovem: “Topíssima” tinha um núcleo jovem que mais lembrava a finada Alta Estação que não deixou saudade. Essas histórias paralelas, ambientadas em uma república, tiraram o vigor da novela. Acrescentavam em nada. Mão de Vaca (Leonardo Almada) até liderava esse núcleo que ganhou um espaço muito maior que o merecido.

Delegado André Medeiros (Sidney Sampaio): esse personagem poderia se casar com Maria da Paz de “A Dona do Pedaço”. Foi o verdadeiro trouxa da delegacia.  A burrice de um agente policial ultrapassou o bom senso na teledramaturgia.

Vitor Novelo (Vitor): ator com postura estranha no vídeo.

Fabio Maksymczuk

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

"Canta Comigo 2" supera "Canta Comigo 1"


Olá, internautas

Nesta quarta-feira (04/12), a Record TV exibiu a grande final do “Canta Comigo”. O haitiano Franson sagrou-se o grande vencedor da competição musical com 72,80% dos votos. A cantora lírica Debora Neves garantiu o segundo lugar com 16,09%. Já o grupo Threerapia ficou em terceiro lugar com 11,11%.

O público ficou envolvido com a história de superação do vitorioso. Disse que com o prêmio de 300 mil reais, reencontrará sua mãe que não a vê há alguns anos. Além disso, o cantor surgiu mais no vídeo ao passar de fases. Criou mais laços com o telespectador. Ao contrário do Threerapia que pulou para a grande final. Essa é a falha do formato, como já ressaltamos neste espaço.

“Canta Comigo” é um dos programas mais belos da TV brasileira. O cenário é deslumbrante. Realmente, é uma embalagem moderna para o velho conhecido “show de calouros”. E nesta temporada, a produção escalou cantores bem superiores em relação ao ano passado. O “sarrafo” subiu. A disputa ficou muito mais acirrada.

Nas semifinais, ocorreu um contrabalanço desproporcional. Na primeira seletiva para a final, duas competidoras ficaram fora, mesmo com a pontuação acima de 90 pontos. Elas, a quarta e quinta colocadas, passariam para o duelo final na segunda semifinal.

A segunda temporada também superou a primeira edição pelo repertório. A música brasileira ganhou muito mais espaço. Até as semifinais, ocorreu uma divisão entre canções nacionais e internacionais. Infelizmente, isso não foi visto na final. Apenas uma cantora cantou na língua pátria. Mesmo assim, é louvável a valorização da nossa cultura musical em grande parte do talent show.

A última edição do “Canta Comigo 2” serviu como um grande tributo a Gugu Liberato. Grande parte do público se emocionou ao assistir à atração nesta quarta. Fiquei com uma sensação estranha ao vê-lo com aquele terno preto. Uma espécie de luto inconsciente. O apresentador deixa uma grande lacuna na TV brasileira.

Fabio Maksymczuk

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Linguagem cinematográfica marca "A Divisão"


Olá, internautas

A TV brasileira passa por um momento de transformação. O símbolo desta transição aparece na importância do “streaming” que ganha cada vez mais força. O consumo de produtos da “televisão” cresce na rede. O Grupo Globo aposta no Globoplay para disseminar produções de dramaturgia. O serviço multiplataforma tem o objetivo de barrar o domínio da Netflix.

Dentro de tal contexto, surge “A Divisão”, de José Junior. A série retrata a corrupção policial, através da Divisão Anti-Sequestros (DAS). A história conta a onda de sequestros que aterrorizou o Rio de Janeiro no fim dos anos 90. Silvio Guindane, que interpreta Mendonça, e Erom Cordeiro, que vive Santiago, protagonizam a produção. “A Divisão” entra na cartilha de “Tropa de Elite”. O ambiente é similar.  

A maior marca da série surge na direção de Vicente Amorim que aposta na linguagem cinematográfica. Há diversos momentos sem uma única fala. Embalados apenas com cenas que priorizam a preocupação com a fotografia e iluminação. Depois do silêncio sepulcral, surgem estampidos das armas. Tiroteio. Correria de policiais e bandidos.

“A Divisão” segue o rastro de outras produções que tentam quebrar as barreiras entre as linguagens de televisão e do cinema. Além da Globoplay, “A Divisão” tem a parceria do Multishow. Diante do estilo apresentado, é uma série dirigida a um segmento restrito de espectadores.

Fabio Maksymczuk

domingo, 1 de dezembro de 2019

"Amor de Mãe" estreia em ritmo de série


Olá, internautas

“Amor de Mãe” é a nova aposta da TV Globo. A novela das nove, de Manuela Dias com direção artística de José Luiz Villamarim, estreou em ritmo de série. Na realidade, há um embate entre dois grupos na teledramaturgia da emissora.

O primeiro deseja que as produções se encaixem em uma “escala global”, ou seja, com os princípios das séries norte-americanas, principalmente. Já o outro defende o valor do melodrama como elemento primordial dos folhetins. Já comentamos sobre esse debate que ocorre no Encontro Obitel Brasil de Pesquisadores de Ficção Televisiva realizado na USP.

“Amor de Mãe” integra profissionais do primeiro grupo. Na realidade, o formato da telenovela precisa ser valorizado. É elemento característico da nossa cultura televisiva.

A nova trama apresenta um roteiro bem arquitetado. São três histórias que se cruzam. A história se alicerça em mães que vivem realidades diferentes. Regina Casé é o maior destaque até aqui ao viver Lurdes, nordestina que batalha pela sua família no Rio de Janeiro.

Já Taís Araújo interpreta Vitória, uma advogada milionária que deseja ser mãe. É uma personagem negra que sai do estereótipo das produções da emissora. Ótimo. Adriana Esteves dá vida a Thelma, uma mãe superprotetora que descobre uma doença incurável.

Por outro lado, há alguns elementos que forçam a história para rodar. Magno (Juliano Cazarré) mata um homem, pega o celular do morto por engano, atende a ligação e passa o seu nome verdadeiro (!!!) para a mãe do assassinado, faz questão de entregar (!!!) o aparelho, realiza um serviço doméstico na residência da progenitora e aproxima-se ainda mais da irmã do falecido.

A direção de Villamarim fortalece ainda mais a impressão de série em “Amor de Mãe”. Há diversas cenas contemplativas com bela fotografia e trilha musical ao fundo. E isso resulta no afastamento do telespectador. A faixa horária despencou da casa dos 40 pontos para 30.  O roteiro precisa avançar por mais de 150 capítulos. E o texto não pode perder o fôlego com um ritmo que precisa ser mais acelerado. Esse será o grande desafio da nova aposta da emissora platinada.

“Amor de Mãe” precisa ter a “pegada” de uma novela. Até aqui, mais parece uma supersérie transportada para a faixa das nove da noite.

Fabio Maksymczuk